Conferência mundial aprova documento que propõe agenda para as ciências humanas no século 21
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Vice-reitora Sandra Almeida fez apresentação acadêmica na Conferência de Humanidades, na Bélgica. Foto: Luiz Carlos Villalta / UFMG

Vice-reitora Sandra Almeida fez apresentação acadêmica na Conferência de Humanidades, na Bélgica. Foto: Luiz Carlos Villalta / UFMG

 

A Conferência Mundial de Humanidades, realizada de 6 a 12 de agosto na Bélgica, aprovou documento que será discutido pela 39ª Sessão da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em novembro deste ano.

Com o tema Uma nova agenda de humanidades para o século 21, a carta tem o objetivo de contribuir ativamente para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável, com base em abordagem específica e nas competências das humanidades. “O documento é um marco importante porque estabelece propostas relevantes e atuais para todas as áreas e não apenas para as humanidades”, afirma a vice-reitora Sandra Goulart Almeida.

Durante o evento, na cidade de Liège, ela e o professor Luiz Carlos Villalta, do Departamento de História, apresentaram relatos sobre o encontro preparatório Conferência internacional sul-americana: territorialidades e humanidades, realizado na UFMG em outubro de 2016.

De acordo com a vice-reitora, a escolha da UFMG para sediar a prévia sul-americana da conferência global se deu em razão de a Universidade atuar como protagonista em Minas Gerais e no Brasil, assim como outras universidades do estado, nos debates sobre desenvolvimento sustentável e diversidade. “Essas duas temáticas, que são o foco das reflexões e debates, são muito caras à nossa Universidade”, esclarece Sandra Goulart, que foi convidada pelos organizadores da Conferência Mundial para realizar também palestra acadêmica em mesa sobre diversidade cultural.

“A reflexão sobre o lugar que as humanidades devem ocupar no cenário científico contemporâneo é muito importante. A conferência regional, realizada na UFMG, foi muito significativa e gerou impactos positivos nas discussões dentro da Universidade. Mas acredito que também apresentamos contribuições para o debate em nível mundial”, salienta.

Os professores Luiz Carlos Villalta e Fábio Alves, diretor de Relações Internacionais, que integraram com a vice-reitora a missão da UFMG na Bélgica, também tiveram participações individuais em sessões plenárias e mesas-redondas. Alves chama a atenção para a grande visibilidade da UFMG no evento, gerada pela participação da missão administrativa e pela apresentação de trabalhos acadêmicos (palestras dos docentes e pôsteres de alunos). A conferência foi organizada pelo Conselho Internacional para Filosofia e Ciências Humanas (CIPSH) da Unesco.

Cátedra

No âmbito da Conferência, houve reunião para discutir a proposta da Unesco de indução de cátedras na área de ciências humanas. O projeto de cátedra com o tema Territorialidades e humanidades: a globalização das luzes, apresentado pela UFMG, também foi discutido na reunião com John Crowley, responsável por pesquisa e políticas na Divisão de Transformações Sociais e Diálogo Intercultural da Unesco, e Luiz Oosterbeek, secretário-geral do CIPSH.

A cátedra se fundamenta em rede intercontinental que reúne pesquisadores de 11 universidades brasileiras, duas argentinas, duas portuguesas, uma francesa e do Instituto de História Universal da Academia de Ciências da Rússia.

A perspectiva é integrar pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e continentes para desenvolver pesquisas conjuntas, congressos, ações de extensão e de ensino de graduação e de pós-graduação. “Queremos alcançar todos os níveis de ensino, com atividades também em escolas de níveis fundamental e médio, em torno do movimento das luzes – seus efeitos e releituras, ideias e princípios – como fonte de inspiração para o debate sobre as lutas do momento no planeta”, resume Luiz Carlos Villalta, autor da proposta.

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