Gestão administrativa

Atualmente, a UFMG conta com mais de 32 mil estudantes de graduação, 12 mil de pós-graduação e 1.400 na educação básica; mais de 3.000 servidores docentes e 4.300 servidores técnico-administrativos, além de milhares de usuários e colaboradores eventuais. A Universidade abriga, em quatro campi (dois em Belo Horizonte, um em Montes Claros e outro em Tiradentes), 20 unidades acadêmicas, uma escola de educação básica e profissional (com três centros), dois hospitais universitários, dezenas de órgãos suplementares e complementares, um sistema unificado de bibliotecas, abrangendo as diversas áreas do conhecimento e uma rede de museus. A nossa universidade é, assim, maior do que 90% dos municípios brasileiros. No entanto, observamos um descompasso entre o crescimento vertiginoso na área acadêmica da Universidade, verificado nos últimos anos, e a capacidade de acompanhar este desenvolvimento nas áreas administrativa e de infraestrutura. Isso, somado à sobrecarga de trabalho e à desinformação, contribui para o adoecimento físico e mental de profissionais e estudantes da comunidade.

No âmbito administrativo, destacamos as seguintes linhas de ação:

  • Desenvolver um Planejamento Estratégico de longo prazo, a fim de nortear decisões sobre infraestrutura, expansões, aplicação de recursos e políticas acadêmicas e administrativas, tendo em vista a Universidade que queremos.
  • Elaborar um novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) que reflita os novos desafios acadêmicos, políticos, socioeconômicos e ambientais, a fim de se assegurar a excelência do ensino, pesquisa e extensão, a internacionalização efetiva, as igualdades de oportunidades e a modernização e compartilhamento de infraestruturas da universidade.
  • Ampliar, por meio de um sistema de rede, a interação e articulação da UFMG com as instituições públicas de ensino e pesquisa parceiras.
  • Reconhecer o papel estratégico das fundações de apoio, de cultura e de assistência estudantil ligadas à UFMG e, por meio de um diálogo permanente, zelar pelo cumprimento das exigências legais, almejando uma gestão transparente com equilíbrio financeiro, voltado ao apoio de suas atividades precípuas.
  • Propor a elaboração participativa de uma política integrada de comunicação, articulada com as unidades, voltada para a interlocução interna e com a sociedade, para dar maior visibilidade e divulgação dos programas, projetos e atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas na UFMG.
  • Reconhecer e divulgar o Parque Tecnológico de Belo Horizonte como um patrimônio estratégico que permite a interface entre o conhecimento gerado na UFMG e sua aplicação produtiva pelas empresas, promovendo desenvolvimento local e regional.
  • Implementar uma gestão de pessoas mais efetiva na UFMG, na qual as pessoas estejam em primeiro lugar e sejam valorizadas e respeitadas nos seus saberes e fazeres, ativando processos com eficiência e eficácia.
  • Avaliar a implantação inicial da organização do trabalho em turnos ininterruptos, com jornada especial de 30 horas para servidores técnico-administrativos, a fim de se corrigir distorções, aprimorar o processo e estudar a ampliação para setores e unidades onde este regime se fizer adequado.
  • Criar um dispositivo institucional de escuta qualificada especializada em questões de gênero, de orientação sexual e étnico-raciais na UFMG.
  • Promover campanhas explícitas que promovam direitos de minorias e combatam todos os tipos de violência e violações de direitos destes grupos.
  • Garantir manutenção da qualidade e da abrangência da assistência estudantil e buscar novas fontes de financiamento para sua ampliação.
  • Promover um sistema integrado de saúde física e mental de servidores docentes e técnico-administrativos, discentes, terceirizados e colaboradores na UFMG.
  • Aprimorar ações que garantam oportunidades de inclusão e acessibilidade para a entrada, permanência e participação das pessoas com deficiência na UFMG.
  • Atualizar o Plano Diretor da UFMG, de forma que organize os campi e operacionalize as diretrizes contidas no novo PDI.
  • Implementar um programa de qualidade em infraestrutura, visando à otimização das condições de habitabilidade, planejamento e dinamização do andamento das obras e melhoria da manutenção das estruturas físicas dos campi.
  • Criar um sistema suplementar de serviços, tais como novas opções de restaurantes, lanchonetes e cafés, para melhorar a qualidade de vida e a boa convivência nos campi.
  • Estabelecer estratégias de mobilidade e de transporte intra e inter campi, com criação de ciclovias, passeios adequados e agradáveis para pedestres e buscar soluções para estacionamentos e para a redução do trânsito nos
  • Capacitar e aparelhar adequadamente os agentes de segurança, criando uma rede viva de cuidadores voluntários, na qual o conceito de segurança vá muito além de segurança patrimonial, mas, principalmente, que inclua a biossegurança e o cuidado com as pessoas.
  • Levantar os modelos de segurança adotados nas universidades públicas para, com o auxílio de especialistas na área na UFMG, subsidiar a discussão com a comunidade sobre as formas de acesso e o tipo de segurança mais adequado a cada campus da UFMG.
  • Buscar, com o apoio dos servidores dos diversos setores administrativos, uma atualização dos procedimentos e processos de trabalho, tornando-os mais leves, profissionais, eficazes e transparentes para a comunidade.
  • Atualizar e aperfeiçoar os sistemas de informação administrativo e acadêmico, buscando novas soluções criativas, com predominância de internet cabeada estruturada de alta velocidade e uma rede Wi Fi robusta, condizente com as necessidades de uma universidade da responsabilidade da UFMG no século XXI.
  • Viabilizar a implantação, difusão e aplicação de big data (bases de dados disponíveis nos registros administrativos e nas redes sociais), como ferramentas estratégicas para a gestão acadêmica e administrativa, para a avaliação de políticas públicas e iniciativas de ensino, pesquisa e extensão em todas as áreas de conhecimento que dependam de dados que estejam disponíveis em rede.
  • Valorizar o Hospital das Clínicas como unidade fundamental da UFMG, que, junto com o Hospital Risoleta Tolentino Neves, exerce papel relevante no ensino, na pesquisa e na extensão da Universidade, bem como na assistência à saúde da população.
  • Participar, em conjunto com a direção do Hospital das Clínicas, das negociações com a presidência da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e com os ministérios da Saúde e da Educação, de maneira articulada com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), para mitigar os conflitos gerados pela convivência de diferentes organizações de trabalho nesta unidade.