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Nº 1825 - Ano 39
17.6.2013

Um ‘empurrão’ para começar

Programa financia atividades científicas de recém-doutores

Os primeiros anos de qualquer docente na Universidade são fundamentais para o direcionamento da sua carreira, afirma o pró-reitor de Pesquisa, Renato de Lima Santos. “Nesse momento crítico, ele tem dificuldade de acesso às agências de fomento e de captação de recursos para projetos, já que está no início da carreira e não tem experiência nesse processo”, explica. Em tal cenário, o programa da UFMG de apoio a docentes doutores recém-contratados tem se mostrado decisivo.

Ampliado na atual gestão, o programa chegou a 2013 com orçamento aproximado de R$ 2 milhões, contemplando mais de 190 doutores. Pela primeira vez, 150 desses docentes receberam também uma cota de bolsa de iniciação científica. “O valor de custeio, que individualmente pode ser pequeno, para o docente recém-contratado pode ser a diferença entre o engajamento na pesquisa científica ou não”, comenta o pró-reitor.

Outra iniciativa da Pró-reitoria de Pesquisa voltada para o corpo docente tem o objetivo de ampliar a já significativa taxa de doutores, que é de 85% do quadro permanente de professores, para alcançar a totalidade do quadro. Lançado este ano, o programa de iniciação científica para docentes em programa de doutorado leva em consideração que esta etapa de formação, somada às atividades didáticas, pode ser bastante desafiadora.

“Uma forma de estímulo, entre outras que temos trabalhado para desenvolver, é a concessão de bolsas de IC para que esses docentes possam, dentro do próprio doutorado, orientar alunos da graduação e ao mesmo tempo contar com o apoio deles em tarefas de sua pesquisa”, explica Renato de Lima Santos.

Melhoria qualitativa

A UFMG publica atualmente mais de quatro mil trabalhos por ano, mas só a metade está na Web of Science, maior base de dados internacional, já que grande parte é redigida em português. Com o programa de melhoria qualitativa da produção científica, a Pró-reitoria de Pesquisa procura induzir a inclusão gradativa dos trabalhos ainda não indexados internacionalmente na Web of Science e em outras bases de dados internacionais, ao custear tradução e revisão dos artigos científicos por nativos de língua inglesa que sejam da área de expertise do tema em questão.

“Se conseguirmos indexar metade da produção que está fora dessa base, instantaneamente a UFMG sai da quinta ou sexta posição entre as instituições brasileiras em número de publicações, para tornar-se a segunda colocada”, estima Renato de Lima Santos.