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Nº 1827 - Ano 39
01.07.2013

Resposta ao desafio de expandir

Nova superintendência assumiu gestão da manutenção e infraestrutura dos campi

Da redação

Quando anunciou, em fevereiro de 2011, a criação da Superintendência de Infraestrutura e Manutenção (SIM), o reitor Clélio Campolina atribuiu a medida a uma resposta ao processo de expansão de vagas na graduação e ao crescimento das atividades de pesquisa e extensão. “Nesse contexto, torna-se extrema prioridade adequar a infraestrutura da UFMG aos novos desafios que a própria Universidade, por demanda da sociedade, vem colocando a si mesma”, justificou o reitor em comunicado à comunidade universitária.

Dois anos depois, os números ostentados pela Superintendência, vinculada diretamente ao gabinete do Reitor e com status de Pró-reitoria, confirmam o acerto da decisão. Responsável pelo planejamento e execução da manutenção e infraestrutura nos campi, a SIM cumpriu cerca de 30 mil ordens de serviços apenas em 2012 e deverá executar outras 40 mil até o final deste ano.

Essas ordens vão desde serviços mais simples, como a troca de uma lâmpada ou de um apagador elétrico até reformas e obras novas. Estão sob a gestão da SIM cerca de 190 empreendimentos – em curso ou planejados. “Temos um bom nível de atendimento, com serviços acompanhados por meio de relatórios mensais e bem embasados do ponto de vista estatístico”, avalia o superintendente Márcio Ziviani, que é professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG.

Coexistência de modelos

“O atual Reitorado abriu várias frentes de obras”, diz o professor Ziviani. E isso ocorreu em um contexto de mudanças nos modelos de gestão de empreendimentos. O superintendente de Infraestrutura e Manutenção explica que no passado a maior parte das obras eram executadas por interveniência da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep). Recentemente, esse modelo passou a coexistir com o de obras licitadas. “A atual legislação determina que as fundações de apoio só podem trabalhar com obras de laboratório”, justifica o professor.

Entre as obras tocadas a partir de licitação estão a do CAD 3; a dos anexos das escolas de Belas-Artes e de Música; a da ampliação da Escola de Enfermagem e a do prédio do Centro de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT). Já empreendimentos como os anexos do ICEx e da Química, a expansão do Centro de Pesquisas em Ciências Agrárias, em Montes Claros, e o Setorial 1 contam com a gestão da Fundep. “O Setorial é um caso à parte, pois a obra já estava em andamento quando a lei entrou em vigor”, ressalta Márcio Ziviani.

Isabella Lucas
Anexo do Departamento de Química é um dos empreendimentos em curso no campus Pampulha
Anexo do Departamento de Química é um dos empreendimentos em curso no campus Pampulha

Linha de produção

A criação da SIM é, em si mesma, resultado de uma obra de reengenharia gerencial. Da Pró-reitoria de Administração, ela herdou o Departamento de Manutenção e Infraestrutura (Demai), enquanto da Pró-Reitoria de Planejamento foram incorporados o Departamento de Obras e a área de orçamento. Já a parte de projetos é compartilhada com a Proplan, que manteve o Departamento de Planejamento Físico e Projetos (DPFP). Enquanto o DPFP continua cuidando de questões relacionadas ao planejamento físico do campus (Plano Diretor e escolha de áreas para as edificações) e dos anteprojetos executivos, o Departamento de Projetos da SIM é responsável pelos projetos executivos e acompanhamento e fiscalização das obras. “Temos uma linha de produção sob a mesma estrutura. Recebemos o anteprojeto do DPFP e fazemos o nosso projeto executivo. Em seguida este é orçado e, por fim, vai para o Demai e para o Departamento de Obras para ser executado”, detalha o professor Marcio Ziviani.