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Nº 1827 - Ano 39
01.07.2013
Da redação
Em leilão previsto para setembro, a UFMG vai se desfazer de algumas toneladas de materiais obsoletos, recolhidas nas unidades acadêmicas e administrativas, como mesas, cadeiras, estantes e equipamentos de informática. Pela primeira vez, o descarte de bens patrimoniados será feito de forma centralizada pelo Departamento de Logística e Operações (DLO).
Segundo o diretor do DLO, Antônio de Assis, os objetos recolhidos passam inicialmente por etapa de doação a instituições públicas ou organizações não governamentais cadastradas. “Trata-se de grande benefício social, pois diversas escolas de periferia recebem carteiras e estantes. O que sobra vai para leilão”, comenta. Por pertencerem ao patrimônio da Universidade, os bens seguem regulamento específico para descarte.
O grande volume de itens descartados preocupa os gestores, que elaboraram plano no qual está incluída a construção de galpão no campus Pampulha. “A intenção é manter um fluxo nessa atividade, para evitar acúmulo nas unidades acadêmicas”, explica Assis, lembrando que a vida útil dos bens, sobretudo equipamentos eletroeletrônicos, é cada vez mais curta. Todos os anos, a UFMG descarta nada menos que sete mil computadores, o que equivale a um terço do seu parque em uso. Com vida média de três anos, alguns equipamentos – especialmente aqueles utilizados em pesquisa – podem ficar obsoletos em prazo mais curto.
Enquanto aguardam o leilão, os itens de informática permanecem no prédio do almoxarifado, no campus Pampulha. Outros bens são levados para galpão alugado pela Universidade na região de Venda Nova. “E ainda há prédios, como a Escola de Engenharia, que aguardam o recolhimento de objetos”, acrescenta Antônio de Assis.
A Universidade também possui planos específicos para lidar com cada tipo de resíduo. Para o químico Bruno Lemos, diretor do Departamento de Gestão Ambiental (DGA), a normatização adotada pela UFMG para lidar com resíduos químicos perigosos pode ser considerada modelo e inspirar outras instituições. Ele explica que o manejo, o armazenamento e o transporte de cargas perigosas desafiam instituições de ensino e pesquisa, sobretudo pela diversidade de materiais gerados.
“Desconheço um plano com o nível de rigor e de metodologia do que foi adotado pela UFMG nos últimos anos”, comenta Lemos. Anualmente, a Universidade gera em seus laboratórios 15 toneladas de resíduos químicos perigosos. Ele explica que a normatização adotada na Universidade inclui as etapas de identificação, segregação, armazenamento temporário, coleta, transporte, tratamento e destinação final externa, que é realizada por empresa especializada. “Em prazo curto a UFMG deu um salto de qualidade no gerenciamento desses resíduos”, reitera.
Os resíduos químicos perigosos são produzidos em laboratórios de ensino, pesquisa e extensão de 14 unidades acadêmicas. As que concentram maior percentual são o Departamento de Química, a Escola de Engenharia, o Instituto de Ciências Biológicas, a Faculdade de Farmácia e a Escola de Veterinária, que juntas produzem quase 90% do total.
A destinação final de lâmpadas e baterias também está equacionada na UFMG há alguns anos. Consideradas resíduos perigosos em função do mercúrio presente em seu interior, as lâmpadas fluorescentes também exigem coleta especial. Nos campi Pampulha e Saúde são descartadas mais de 40 mil unidades por ano. O material é recolhido e encaminhado para descontaminação e destinação final de seus componentes por uma empresa especializada. Já as pilhas e baterias consumidas por usuários do campus Pampulha podem ser descartadas em um “papa-pilhas” localizado na agência do Banco Santander, na Praça de Serviços. A partir daí, elas são submetidas a processo de descontaminação.