Direito sustentável

Prédio será o primeiro a atender padrões ambientais

Da redação

A nova sede da Faculdade de Direito, no campus Pampulha, deverá ser o primeiro prédio da UFMG a atender aos mais modernos padrões de sustentabilidade. “A ideia é reaproveitar água pluvial e usar energia solar fotovoltaica”, exemplifica o professor Márcio Ziviani.

A obra está estimada entre R$ 80 milhões e R$ 100 ­milhões e deverá ser executada com recursos do Ministério da Educação. “Estamos cuidando da preparação dos memoriais descritivos para abrir processo de licitação. Esperamos que isso ocorra até outubro”, informa Ziviani. Segundo ele, a construção se valerá do Regime Diferencial da Copa (RDC), criado para acelerar a execução das obras da Copa de 2014, e que foi estendido para instituições de saúde e educação.

“A principal vantagem é que tudo ocorrerá em uma só licitação. Depois de apresentarmos o memorial descritivo, a empresa ganhadora fará os projetos executivos, construirá e entregará o prédio pronto”, afirma ele, lembrando que a Superintendência de Infraestrutura e Manutenção instituiu comissão, formada por engenheiros e arquitetos, para acompanhar desde a elaboração dos projetos executivos à execução de obras. O grupo se debruçará sobre aspectos que envolvem arquitetura, hidráulica, eletricidade, estrutura, meio ambiente, manutenção e sustentabilidade.

Soluções construtivas

Com 25,4 mil metros quadrados de área construída, o prédio ocupará área entre a Escola de Música e a Fafich, em esquina da avenida Mendes Pimentel com a rua Eduardo M. Guimarães. O anteprojeto foi elaborado por equipe do Departamento de Planejamento Físico e Projetos (DPFP), sob a coordenação do arquiteto e professor Carlos Alberto Maciel.

A edificação terá quatro pavimentos nos quais se distribuirão 37 salas de aulas, 100 gabinetes individuais, restaurante, biblioteca para 115 mil volumes, áreas acadêmicas, um auditório para 500 pessoas, cinco salas para seminários, espaços administrativos e de apoio, além de estacionamento descoberto.

Segundo a diretora do DPFP, Renata Siqueira, o prédio adotará as mais modernas soluções construtivas existentes. “A estrutura em concreto armado protendido sem vigas, com modulação de 7,80 metros, organizará os pavilhões, que terão vedação e divisões internas executadas com sistemas industrializados, para reduzir o tempo de obra, aumentar a precisão, a qualidade e o desempenho ambiental da edificação e reduzir a geração de resíduos”, detalha a diretora.

Ela acrescenta que as passarelas de ligação entre blocos também foram projetadas em estrutura metálica, com leves apoios intermediários e avarandadas, de modo a ampliar a ventilação natural e a interação visual com a avenida Reitor Mendes Pimentel, pátios e áreas verdes do entorno.

Em obras

Cerca de 190 empreendimentos da UFMG são gerenciados pela Superintendência de Infraestrutura e Manutenção (SIM). Confira algumas obras já iniciadas: