Arquivo da categoria: Boletim UFMG

Caminhão Documentos Descarte

Descarte responsável: em nova operação, UFMG eliminou o equivalente a mais de três milhões de folhas de papel

Maria Gabriela Lara

Pela segunda vez neste ano, a UFMG eliminou grande quantidade de documentos. Foram 950,44 metros lineares de material impresso, o equivalente a mais de três milhões de folhas de papel A4. A operação foi realizada neste mês, sob a coordenação da Diretoria de Arquivos Institucionais (DiArq) e do Departamento de Gestão Ambiental (DGA/PRA).

O material, que corresponde a quase o triplo do volume descartado em abril deste ano, é oriundo dos arquivos do Colégio Técnico (Coltec), da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), da Diretoria de Ação Cultural (DAC), do Departamento de Atenção à Saúde do Trabalhador (Dast), do Departamento de Contabilidade e Finanças (DCF), do Departamento de Logística de Suprimentos e de Serviços Operacionais (DLO) e da Pró-reitoria de Pós-graduação (PRPG).

Os procedimentos seguiram a Resolução nº 40 do Conselho Nacional de Arquivos (­Conarq). O órgão integra o Sistema Nacional de Arquivos (Sinar), cuja finalidade é implementar a política nacional de arquivos públicos e privados, visando a sua gestão, preservação e acesso.

A vice-diretora de Arquivos Institucionais, Júnia Terezinha Ramos, destaca a atenção aos trâmites avaliativos antes de tomar qualquer medida em relação a documentos públicos. “Antes dessa eliminação, foi feito todo um trabalho para que não restassem dúvidas de que esses documentos podiam ser descartados.”

Parceria
A Resolução nº 40 do Conarq determina que documentos oficiais sejam destruídos após o descarte, podendo ser fragmentados, de forma manual ou mecânica, pulverizados ou, no caso de documentos digitais, desmagnetizados ou reformatados. Para dar conta do volume gerado, a UFMG firmou parceria com a Associação dos Trabalhadores em Materiais Recicláveis da Pampulha (Astermap). Os documentos são doados para a entidade.

Em abril, os documentos descartados foram levados para a sede da Astermap antes de serem encaminhados para a empresa responsável pela reciclagem do material. Dessa vez, devido ao volume descartado, a UFMG arcou com o transporte diretamente para a empresa. A logística dessa etapa é executada pelo Setor de Resíduos do Departamento de Gestão Ambiental (DGA) da Pró-reitoria de Administração.

Auditório Reitoria Seminário SEI

UFMG adota sistema eletrônico para tramitação de documentos

A UFMG está implantando o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), ferramenta que dá suporte à produção, edição, assinatura e trâmite de processos e documentos. O objetivo é garantir mais celeridade e transparência aos processos da Universidade, além da enorme economia de papel. O SEI foi apresentado na manhã desta terça, 25, à comunidade da UFMG, no auditório da Reitoria, campus Pampulha.

O novo sistema, desenvolvido pelo Tribunal Federal da 4ª Região, e já implantado com sucesso por órgãos da administração pública, rompe com a tramitação linear tradicional e pode envolver unidades diversas, simultaneamente. O SEI possibilita assinatura (por meio de login), acompanhamento remoto e determinação de sigilo para os processos.

“A Universidade vai se beneficiar muito dessa iniciativa, destinada a acelerar e dar mais segurança aos processos. Além disso, a adoção do SEI segue o planejamento estratégico da UFMG, que prevê melhorias geradas por soluções de tecnologias de informação e comunicação”, afirma a pró-reitora de Recursos Humanos, Maria Márcia Machado. Os processos vinculados à Pró-reitoria, em razão de sua capilaridade e de sua visibilidade potencial, serão os primeiros a migrar para o novo sistema.

No próximo mês, serão realizados testes de utilização do sistema, e, em agosto, alguns processos já circularão no novo formato. Dez turmas de servidores dos setores de pessoal, das secretarias gerais e de departamentos farão, na próxima semana (1 a 5 de julho), treinamento com duração de quatro horas.

Intuitivo e compatível
A implantação do Sistema Eletrônico de Informações é coordenada por comitê formado pelos titulares da Chefia do Gabinete da Reitora, das pró-reitorias de Planejamento e de Recursos Humanos, da Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) e da Diretoria de Arquivos Institucionais (Diarq). Uma comissão técnica foi instituída pelo comitê e, sob a coordenação da vice-diretora do Cecom, está trabalhando na implantação do SEI. Esse processo inclui a preparação dos formulários e documentos que deverão estar disponíveis em meio digital, com a colaboração de integrantes dos três departamentos da PRORH (DAP, DRH e Dast), destacados para cuidar da transição.

O SEI, considerado bastante intuitivo, funciona integralmente no ambiente web. É compatível com os principais sistemas operacionais e navegadores e pode ser acessado por meio de tablets e smartphones. Algumas de suas funcionalidades são controle de prazos, produção de estatísticas, geração de base de conhecimento e modelos de documentos.

A adoção do SEI é consistente com o Decreto 8.539, de 2015, que estabelece o uso de meio eletrônico para tramitação de documentos nos órgãos da União. O sistema foi escolhido como solução no âmbito do projeto Processo Eletrônico Nacional (PEN).

Outras informações estão disponíveis na página do SEI. A apresentação desta terça-feira pode ser assistida no canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) no YouTube.

Prateleira Pastas Arquivo

Eliminar para preservar: operação conduzida pela Diretoria de Arquivos Institucionais descarta legalmente 330 metros lineares de documentos

A UFMG eliminou, na semana passada, cerca de 330 metros lineares de documentos – que correspondem a pouco mais de 1 milhão de folhas – de oito unidades acadêmicas e administrativas. A operação foi conduzida pela equipe da Diretoria de Arquivos Institucionais (Diarq).

Para realizar esse trabalho, o órgão segue regulamentação estabelecida pela Resolução 40, do Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), uma vez que todos os documentos recebidos e produzidos pela UFMG são públicos. O Conarq integra o Sistema Nacional de Arquivos (Sinar), que tem a finalidade de implementar a política nacional de arquivos públicos e privados, visando à sua gestão, preservação e acesso.

De acordo com a arquivista Júnia Terezinha Morais Ramos, vice-diretora de Arquivos Institucionais, é necessário cumprir todos os passos previstos pela resolução para a correta eliminação dos acervos, observando os prazos de guarda e classificação para possível descarte ou preservação. “O artigo 305 do Código Penal é bem claro ao determinar que a supressão de documentos públicos sem autorização é crime passível de reclusão”, alerta a arquivista.

Reciclagem

O processo tem início assim que as unidades enviam para a Diarq as tipologias dos documentos. Esse material é classificado e avaliado com o auxílio da equipe da Diretoria, que acompanha todo o processo. Uma listagem com itens para uma provável eliminação é elaborada e submetida à Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CPAD) da UFMG, responsável pela análise.

“Após a anuência da CPAD, a listagem é encaminhada para assinatura da reitora e, em seguida, para o Arquivo Nacional, que concede a autorização de eliminação”, afirma Júnia Ramos. Posteriormente, um Termo de Ciência de Eliminação de Documentos é publicado no Diário Oficial da União (DOU) e, após 30 dias, caso não haja interesse de algum cidadão por um dos documentos contemplados no termo de eliminação, a massa documental pode ser descartada. “A publicação no DOU visa divulgar a eliminação e assegurar que nenhum agente possa manifestar interesse futuro”, explica Júnia Ramos.

Os documentos eliminados foram encaminhados para a Associação dos Trabalhadores em Materiais Recicláveis da Pampulha (Astermap), que firmou acordo com a Universidade para que sejam destinados apenas à reciclagem. “Conduzimos todo o processo, desde o recolhimento nas unidades até a entrega do material na cooperativa”, esclarece a arquivista.

A Pró-reitoria de Graduação (Prograd) reuniu a maior parte do material eliminado – aproximadamente 220 metros lineares provenientes de atividades executadas de 1977 a 2015. “Com o descarte legal, evita-se o acúmulo desnecessário de arquivos e abre-se espaço físico para a acomodação dos documentos de guarda definitiva. Eliminamos para preservar”, sentencia Júnia Ramos.

Convocação de outra comissão de avaliação está programada para esta semana. Estima-se que a nova operação de eliminação seja ainda mais vultosa, com 1,3 mil metros lineares de massa de documentos, dos quais 1 mil é proveniente apenas da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve). “Como há todo esse trâmite, da classificação até a publicação no DOU, calculamos que a operação ocorra em julho”, projeta Júnia Ramos.

Digitalização

A arquivista esclarece que a digitalização não é uma solução aplicável para a substituição dos documentos originais. “Esse assunto é sempre posto em pauta. No entanto, a Lei 12.682, de 2012, ainda vigente, estabelece que a digitalização de um documento não exclui a necessidade de guardá-lo em papel”, salienta a vice-diretora de Arquivos Institucionais.

A TV UFMG acompanhou a operação de eliminação dos documentos. Assista ao vídeo:

Prateleiras Arquivo

Esvaziando as prateleiras: política de arquivos estabelece diretrizes para a gestão da massa documental da UFMG

Ana Rita Araújo

Diagnóstico realizado pela Diretoria de Arquivos Institucionais (Diarq) revela que a UFMG tem cerca de 700 salas com massas documentais acumuladas, a maior parte sem critérios adequados. Esse volume corresponde a aproximadamente 24 mil metros lineares ou cem milhões de páginas. Em uma dessas salas estão os registros do movimento diário da contabilidade da Universidade desde a sua criação, em 1927. “Todos os documentos da execução financeira da Instituição, que soma hoje R$ 2 bilhões por ano, em média, incluindo pessoal e compras, ficam guardados aqui”, informa a diretora do Departamento de Contabilidade e Finanças (DCF) da Pró-reitoria de Planejamento, Macilene Gonçalves de Lima.

O acervo do DCF foi escolhido como projeto-piloto da Diarq para o minucioso trabalho que começou com identificação e organização física, com definições do estágio de cada documento e a posterior separação em fases corrente, intermediária e permanente. A equipe de cinco estudantes de graduação em Arquivologia, coordenada pelas arquivistas da Diarq Ana Lúcia da Silva do Carmo e Júnia Terezinha Morais Ramos, passou por estágio no Arquivo Público Mineiro e atualmente está na segunda etapa da atividade. “O simples remanejamento de documentos abriu mais de cem metros lineares de espaço nas prateleiras. Agora vamos avançar para outras etapas”, explica Ana Lúcia.

De acordo com Macilene Lima, as prateleiras vazias nos arquivos do DCF serão rapidamente preenchidas com a demanda represada nas unidades acadêmicas e administrativas. “A solução definitiva vai começar com a implantação de comissões setoriais de avaliação de documentos nas unidades, sob a coordenação da Diarq, para caminharmos para o tratamento e o arquivamento adequado em toda a Universidade”, comenta a diretora, que também integra a equipe de servidores da Diarq.

Mais do que organizar acervos, o trabalho da Diretoria atende à Lei de Acesso à Informação e vai possibilitar que, em médio e longo prazos, arquivos institucionais sejam conhecidos por qualquer pessoa interessada, o que abre vasto campo para pesquisas documentais em diversas áreas. “Quando cada unidade tiver um arquivo setorial, com as orientações técnicas e uma política de arquivos, outros trabalhos como esses poderão ser feitos para avaliar documentação e recuperar a parte histórica”, prevê Ana Lúcia do Carmo.

O desafio que aguarda a Diarq é o mesmo em todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes): atender à lei 8.159, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados. Tabela com critérios de temporalidade e classificação documental para as atividades finalísticas da administração federal – elaborada por grupo de instituições, entre as quais a UFMG – define os procedimentos que devem ser adotados para avaliação e destinação dos documentos, uma vez cumpridos os prazos de guarda estabelecidos.

Ex-superintendente do Arquivo Público Mineiro, o coordenador da implantação da Diarq, Renato Venâncio, explica que o aumento exponencial na produção de documentos a partir de meados do século passado, devido, sobretudo, ao avanço tecnológico e à multiplicação de serviços públicos, obriga as instituições – em especial as de educação – a preservar e oferecer acesso público aos seus acervos.

Aprendizado

Satisfeita com a participação no projeto, a estudante Suellen Alves de Melo, do segundo período, comenta que, no Arquivo Público Mineiro, ela e os colegas aprenderam práticas de higienização e de conservação e técnicas avançadas de classificação. “E aqui estamos aprendendo, entre outras coisas, a história da UFMG”, diz. Seu colega Felipe Lena considera enriquecedora a experiência, sobretudo pelo trabalho prático com documentos. “Vemos como é o fazer do arquivista na prática, incluindo algumas surpresas que fazem parte do trabalho. Nessa fase, estamos em uma tarefa mais intelectual, de identificar documentos, as tipologias, mas, no início, o trabalho foi braçal mesmo: carregar os livros contábeis e caixas, organizar e, sobretudo, entender que tudo faz parte do processo”, ressalta Felipe.

A arquivista Júnia Ramos destaca que a Universidade tem condições de dar aos seus estudantes de arquivologia “um fantástico campo de laboratório, com a oportunidade de acompanhar a construção de uma política de arquivos, os instrumentos que vão ser utilizados, documentos históricos sendo resgatados, enfim, participar de tantas etapas é algo único”.

Segundo Macilene Lima, o DCF já tinha um projeto de aprimoramento das condições de guarda, que não era suficiente para disponibilizar o acervo em situação ideal. “Por mais que sejamos organizados, o que fazemos não se compara a esse trabalho especializado feito pelos arquivistas, pois não temos essa competência técnica”, afirma. Ela explica que, sob a orientação da Diarq, o setor dará sequência aos procedimentos definidos como regra. “Quando toda a Universidade tiver um trabalho específico como esse, e o prédio do Arquivo Central estiver construído, muitas salas da UFMG poderão ser usadas para outras finalidades”, diz.

Por uma política de arquivos na UFMG

Ana Lúcia S. do Carmo (*)
Macilene Gonçalves de Lima (**)
Renato Venâncio (***)
Silvana A. Silva dos Santos (****)

Em outubro de 2013 iniciou-se um diagnóstico da documentação da UFMG. Pouca gente sabe, mas a documentação corrente e as massas documentais acumuladas ocupam aproximadamente 600 salas da Universidade. A Diretoria de Arquivos Institucionais da UFMG, criada por portaria da Administração Central em julho do ano passado, tem por objetivo coordenar a implantação da política de arquivos na Instituição. Essa iniciativa tem raízes históricas. Na década de 1970 tentou-se estabelecer um Arquivo Central na UFMG. Esse arquivo chegou a ser implantado, funcionando em um dos andares do prédio da Reitoria. Infelizmente, acabou desativado ainda nos anos 70.

Na década de 1990, foi realizado um diagnóstico de acervo da UFMG, iniciativa que deu origem a projeto piloto na Escola de Farmácia, que deveria ser replicado nas outras unidades acadêmicas e administrativas. O projeto foi implantado com a proposição de manual contendo procedimentos recomendados para preservação do acervo documental e gestão da documentação corrente e intermediária. Contudo, registrou-se, no momento de transição da gestão central, a descontinuidade da iniciativa. Em 2008, a UFMG, pela primeira vez na sua história, promoveu concurso para arquivistas. Desde então, esses profissionais têm constantemente alertado a Administração Central sobre a importância da implantação de uma política de arquivos. Infelizmente, os cursos de Administração e Direito não contam com disciplinas na área de Arquivologia. Em razão disso, há quase sempre um desconhecimento, nos meios administrativos, dos benefícios advindos da gestão de documentos, tanto em termos de racionalização da produção e trâmite desses registros, como também de sua destinação, seja eliminando os que não têm valor probatório ou cultural, seja programando a guarda permanente (ou seja, para sempre) dos acervos de valor histórico, independentemente de seu suporte (papel, digital, película etc.).

A primeira iniciativa referente à constituição da Diretoria de Arquivos Institucionais (Diarq) data de outubro de 2012, quando portaria do Reitor instituiu comissão para estudar a questão dos arquivos institucionais da UFMG. Tal comissão é formada por Renato Pinto Venâncio (ECI), Ana Lúcia S. do Carmo (arquivista da Fafich), Macilene Gonçalves de Lima (Proplan) e Silvana A. Silva dos Santos (PRORH), e conta com a contribuição de outros arquivistas da instituição, assim como de colaboradores da Escola de Ciência da Informação.

A comissão implantou inicialmente mapeamento preliminar dos arquivos das unidades acadêmicas da UFMG. Devido à ausência de uma política de arquivos, a situação constatada e apresentada em relatório à Reitoria, em janeiro de 2013, foi catastrófica. Em razão das péssimas condições de guarda e acondicionamento da documentação, observou-se o eventual risco de perda de parte da memória institucional. Mais ainda, em vários depósitos improvisados, guarda-se de tudo, inclusive material combustível, com evidente risco de incêndio.

O mapeamento preliminar sensibilizou a Administração Central e, em 10 de julho de 2013, foi instituída a Diretoria de Arquivos Institucionais da UFMG. No sentido de aprofundar o trabalho, foi iniciado, em outubro passado, um diagnóstico geral da documentação, incluindo das unidades acadêmicas e administrativas.

Conforme mencionado, esse levantamento mostra que a UFMG tem cerca de 600 salas com arquivos correntes ou massas documentais acumuladas, a maior parte dos quais sem critérios adequados. Em várias secretarias estão, por exemplo, documentos gerados há décadas que não têm mais uso corrente. O desafio que aguarda a recém-criada Diarq é o mesmo a ser enfrentado por todas as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes): atender à lei 8.159, que dispõe sobre a implantação de uma política nacional de arquivos.

A UFMG vive um fenômeno comum a várias outras instituições contemporâneas. Houve um aumento exponencial na produção de documentos a partir de meados do século passado, devido, sobretudo, ao avanço tecnológico e à multiplicação de serviços públicos, impondo às instituições a tarefa de implementar a gestão de documentos. Para abrigar os acervos de guarda permanente, está prevista a construção de prédio do Arquivo Central. Também será necessária a contratação de profissionais de arquivologia para atuar na Diarq e nas unidades. A UFMG chegou a contar com 10 profissionais, número que hoje está reduzido à metade devido à falta de estrutura e à ausência de uma política de arquivos na Universidade.

Se a gestão for devidamente implementada, conforme determina a legislação federal, uma parcela dessa documentação será de guarda permanente no Arquivo Central, enquanto os documentos sem valor probatório ou histórico poderão ser eliminados. Essa gestão produzirá, inclusive, impacto sobre as atividades acadêmicas, uma vez que a adoção de metodologias de gestão de documentos permitirá a liberação de dezenas, talvez centenas, de espaços para atividades de pesquisa ou ensino. Além disso, contribuirá para o pleno cumprimento da lei de acesso à informação, de novembro de 2011, que tem o propósito de regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas.

Essas inovações dependem, porém, da efetiva implementação da política de arquivos na UFMG, da construção do Arquivo Central e da contratação de arquivistas e de outros profissionais de áreas afins. Em termos práticos, os acervos continuam se perdendo em depósitos improvisados, e a administração universitária em muito deixa de ganhar eficiência pela não implantação da gestão de documentos determinada na legislação federal e seguidamente recomendada pelas portarias do Ministério da Educação.

*Arquivista da Fafich
**Assistente em administração do Departamento de Contabilidade da Pró-reitoria de Planejamento
***Professor da Escola de Ciência da Informação
****Bibliotecária em exercício na Pró-reitoria de Recursos Humanos