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Revista da Universidade Federal de Minas Gerais
Ano 7, nº 13 - fevereiro de 2008

Entrevista / Ana Lúcia Gazzola

A Universidade Necessária

Luana Aires
Luana Aires

FLÁVIO DE ALMEIDA

Convidada a fazer um exercício de futurologia e imaginar a UFMG daqui a 80 anos, linha-mestra desta edição de Diversa, a professora Ana Lúcia Gazzola (reitora na gestão 2002-2006) achou graça. Pensou um pouco e lembrou os excelentes índices ostentados pela Instituição na graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão. Mas advertiu que a qualidade, embora imprescindível, não se sustenta sem a pertinência social. “Imagino uma universidade necessária, uma instituição da qual o país sentiria muita falta se fechasse as portas”, reflete Ana Lúcia, que atualmente mora em Caracas, na Venezuela, onde fica a sede do Instituto Internacional para a Educação Superior na América Latina e Caribe (Iesalc), organismo da Unesco dirigido por ela e que funciona como uma espécie de “observatório” da educação superior na região.

Nesta entrevista, essa mineira de Três Corações, que diz “morrer de saudades” da UFMG, aborda temas que lhe são caros, como a integração das universidades latino-americanas e caribenhas, por meio da formação de redes de cooperação, e a democratização do acesso ao ensino superior, que, em sua opinião, não macula a excelência, um dos principais valores cultivados em instituições que se pretendem de ponta. “As universidades públicas não podem voltar as costas para um projeto nacional, elas não têm o direito de ignorá-lo”, defende a professora.

DIVERSA - Em artigo recente publicado no jornal O Estado de São Paulo e reproduzido no Boletim da UFMG, o professor de teoria política Marco Aurélio Nogueira, da Unesp, escreveu que falta uma “idéia magnética” para as universidades latino-americanas no século 21 e que essa idéia talvez estivesse relacionada à integração universitária. A senhora concorda com esse ponto de vista?

Eu concordo que a idéia-mestra que deve articular as universidades latino-americanas e caribenhas é a integração e a chamada cooperação sul-sul (entre países do Hemisfério Sul). Só que isso já está acontecendo. Há uma série de programas, como o Mercosul Educativo, que faz uma articulação de países no campo da educação; o Convênio Andrés Bello, que reúne os nove países da região andina; as redes universitárias internacionais na América Latina e Caribe trabalhando dentro do eixo de integração e cooperação, como o Grupo Montevidéu, do qual a UFMG participa; a União de Universidades da América Latina e Caribe; a Corpuca, que reúne as universidades dos países francófonos e a República Dominicana.

Há também uma integração das nossas universidades latino-americanas e caribenhas com universidades de outros continentes. Um bom exemplo é o Grupo Tordesilhas, que reúne instituições do Brasil, Portugal e Espanha. Enfim, há um conjunto muito grande de associações e de redes que trabalham exatamente nessa linha. Além disso, a Unesco desenvolve um grande programa internacional de cátedras na América Latina e Caribe, que absorve quase 18% das cátedras da organização. Várias delas têm exatamente o tema da cooperação. Como a cátedra, recentemente criada na Universidade Federal do Pará, que tem como tema a cooperação universitária para o desenvolvimento sustentável.

Outra rede muito importante é a Unamaz, que reúne todas as universidades da região amazônica. Enquanto isso, o Iesalc, como instituto internacional de educação superior da Unesco, tem como missão criar um fórum de articulação de redes universitárias e de projetos de integração, desenvolver um campo de reflexão e produção do conhecimento e apoiar a elaboração e implementação de políticas públicas no campo da educação superior na região. Um dos principais projetos do Iesalc, apoiado inclusive pela UFMG, é o mapa de educação superior na América Latina e no Caribe, que integrou as universidades, os conselhos de reitores e as redes universitárias. Estamos trabalhando com os governos e universidades para traçar um panorama bem detalhado da educação superior na nossa região.

DIVERSA - Como a senhora avalia o atual estágio da integração universitária na América Latina e Caribe?

As universidades de ponta, como UFMG, USP, Unicamp, Federal do Rio Grande do Sul, PUC-Rio e tantas outras, já compreenderam que é preciso internacionalizar e trabalhar em cooperação. Aliás, trabalhar em cooperação é próprio do fazer universitário. A pesquisa e a produção do conhecimento se fazem em rede. Mas precisamos aprimorar as redes institucionais de universidades, que são instrumentos estratégicos.

Em linhas gerais, o estágio da integração não é uniforme. Um aspecto em que nossa região está muito atrasada é o convênio de revalidação recíproca de títulos universitários. A Unesco patrocinou, nos anos 70, a assinatura de convênios regionais para reconhecimento de créditos de estudos e de certificados e diplomas. O convênio da América Latina e Caribe foi assinado em 1974. Mas, logo depois de assinado, alguns países não ratificaram e, mais tarde, o Chile e o Brasil denunciaram o convênio. Hoje esse convênio tem apenas nove países membros. E ele não funciona.

O Iesalc está realizando um estudo detalhado do que já foi feito no âmbito do convênio e de outros mecanismos utilizados na região, como acordos binacionais ou biuniversitários, convênios inter-universitários e binacionais de revalidação de diploma, além das experiências como a do Mercosul e outras já viabilizadas com relativo sucesso na região. O estudo, a ser concluído em breve, será encaminhado aos ministérios da educação dos países da América Latina e do Caribe. Pretendemos retomar a discussão do convênio e avaliar como ele pode ser aperfeiçoado e aplicado.

DIVERSA - A senhora sempre defendeu um processo de internacionalização solidária, capitaneado pelas universidades. A internacionalização, em si, não chega a ser novidade, já que esse processo está na raiz das relações contemporâneas. Ao que parece, o problema está na incorporação da idéia de solidariedade, uma vez que o mundo contemporâneo está fundado mais na competição do que na solidariedade. O que fazer para que a solidariedade tenha o mesmo valor da competição?

Em primeiro lugar, uma coisa não se sobrepõe, necessariamente, à outra, mas elas podem correr paralelamente. Acredito que sempre haverá um grau de competição no campo da produção do conhecimento. Não que essa competição seja necessária, porque há espaço para todos. O brilho de uma instituição ou de um pesquisador não tira de outra instituição ou de outro cientista a possibilidade de também fazer sucesso. Mas há um elemento instigador no fazer intelectual que sempre incorpora algo de competição. Há rankings de universidades no mundo inteiro que trabalham com o conceito de competição e que não incorporam o conceito de solidariedade.

Não que as universidades não atuem de maneira solidária; os rankings é que não se preocupam com essa dimensão. Eles escolhem alguns indicadores, buscam nas universidades o cumprimento deles e estabelecem uma ordenação. Mas o que mais me preocupa é a existência de uma forma de internacionalização da educação extremamente predatória, a internacionalização comercial. Por ela, o provimento de educação por setores transnacionais se faz sem qualquer vinculação com a sociedade onde o curso vai ser oferecido, sem preocupação com os projetos daqueles países e expectativas; uma grande parte desses provedores transnacionais trata educação como um bem de mercado.

Acho que todos os países devem estabelecer, a exemplo do Brasil, agências estatais de credenciamento e avaliação sólidas e competentes, como a Capes e o Inep. Isso é fundamental para garantir que a oferta educacional seja feita de acordo com a lei do país e de acordo com as expectativas e necessidades da sua sociedade. Educação é um bem público, que precisa ser social e culturalmente referenciado. Há países com grande diversidade populacional – indígenas, afro-descendentes e imigrantes – aos quais se impõem enormes desafios sociais. A educação também deve oferecer respostas a eles.

DIVERSA - A senhora mencionou afro-descendentes e indígenas, grupos sociais que sempre tiveram dificuldades para freqüentar o ambiente universitário. Como avalia os esforços das universidades públicas para acolher essas minorias?

Temos vários tipos de exclusão (étnica, social, de gênero, de necessidades especiais), que caracterizam grupos aos quais tradicionalmente se negou o acesso à educação superior e aos benefícios que uma formação superior pode trazer. Essa é uma questão que precisa ser tratada como prioridade na agenda da América Latina e do Caribe, onde são baixíssimas as taxas de cobertura pelo ensino superior. A taxa de cobertura do Brasil gira em torno de 15% dos jovens entre 18 e 24 anos. Na Argentina, esse índice é de 40%, mas lá a evasão é muito alta. A média regional em 2003, último ano em que esse tipo de levantamento foi feito, é de 28,5%. Nos países industrializados, a cobertura é de 54,6%.

DIVERSA - A inclusão parece colocar a universidade, principalmente a brasileira, numa encruzilhada, já que aqui o tema se confronta com valores muito caros à cultura universitária, como mérito e qualidade. É possível conciliar qualidade e inclusão?

Eu não tenho a menor dúvida de que é possível conciliar as duas dimensões e, sinceramente, não acho que estejamos numa encruzilhada. Essa é uma questão política e ideológica que precisamos enfrentar. As universidades públicas não podem voltar as costas para um projeto nacional, não têm o direito de ignorá-lo. Elas precisam assumir um compromisso público e social, e ele se explicita primeiramente na busca de uma cobertura de qualidade e se estende com uma cobertura maior e inclusiva.

DIVERSA - É um falso dilema?

Sim. Todos os estudos mostram que os alunos que entram por meio de mecanismos de inclusão – cotas, Prouni e cursos noturnos – apresentam, depois de um semestre, desempenho superior ao dos alunos que entram pela via convencional, o vestibular. É absolutamente possível, e, mais do que isso, provável, que mecanismos bem escolhidos e estruturados de inclusão sejam capazes de oferecer as oportunidades que mudarão a vida das pessoas. Eu não acredito que a universidade esteja numa encruzilhada; ela estaria nessa situação se voltasse as costas ao país e à necessidade da inclusão. Inclusão não significa que a universidade vai abrir as portas para receber toda a demanda; uma universidade não faz apenas formação em graduação.

Uma universidade verdadeira, como a UFMG, tem que fazer pós-graduação, pesquisa de altíssima qualidade, extensão de impacto, precisa estar envolvida com questões do desenvolvimento local/regional. A instituição não pode ser colocada como um grande colégio para atender toda a demanda. É preciso criar um sistema complexo e múltiplo com instituições de diferentes perfis. Agora, as boas universidades devem assumir um percentual maior de alunos do que o absorvido neste momento. Sem deixar que isso afete suas outras responsabilidades.

DIVERSA - Há quem diga que a UFMG ainda é muito tímida em relação aos mecanismos de inclusão...

Eu concordo. Já declarei no Conselho Universitário, junto com o professor Marcos Borato (vice-reitor no exercício 2002-2006), minha posição favorável às cotas. Isso está registrado em ata. Acho que a UFMG poderia experimentar, de forma mais clara e forte, propostas de inclusão. A Universidade também é muito tímida no campo da educação a distância. A nossa gestão deu alguns passos importantes, e o atual Reitorado avançou ainda mais, participando da Universidade Aberta do Brasil e criando os pólos regionais. De qualquer forma, a UFMG está atrasada nesse processo. Hoje, não é possível mais pensar em aumentar a cobertura sem fazê-lo pela educação a distância. A própria educação continuada não se dará mais pela presença física do aluno nas universidades, que precisam se valer das tecnologias de informação.

Lamento que em meu Reitorado, durante a discussão do projeto de licenciatura a distância, tenhamos aprovado as licenciaturas em biologia e química, mas não as de matemática e física, já que é gravíssima a carência de professores nessas duas áreas. Não há maneira de resolver esse problema com cursos presenciais. É necessário um mutirão nacional e a UFMG poderia contribuir mais.

DIVERSA - Propomos agora um exercício de futurologia. Como a senhora imagina a UFMG daqui a 80 anos?

A UFMG está numa fase excelente. Tem ótimos indicadores de graduação, pós-graduação e extensão, e possui, em seus quadros, alguns dos cientistas mais citados em publicações internacionais. Também mantém excelentes resultados no Exame Nacional de Cursos, na Avaliação Trienal da Capes. É uma universidade com grande visibilidade internacional. O ranking de Xangai (que apontou a UFMG como uma das 500 melhores universidades do mundo) é um exemplo. Acho, no entanto, que a UFMG deve assumir uma posição mais avançada politicamente. Em certos momentos, ela recusa determinadas tarefas com um discurso aparentemente qualificado, mas que, no fundo, é muito conservador. Essa postura acaba impedindo a universidade de desenvolver experiências pedagógicas e didáticas avançadas.

DIVERSA - A senhora pode dar exemplos?

Dizer, por exemplo, que o curso noturno tem menos qualidade que o diurno e que, por isso, não pode oferecê-lo é uma posição politicamente conservadora, atrasada e elitista. A Universidade também precisa avançar mais na internacionalização e adotá-la como algo estratégico, além de assumir uma posição mais forte em transferência de conhecimento para gerar valor agregado aos processos de produção e serviços no país. E eu espero que, cada vez mais, ela assuma uma posição de liderança nas redes regionais, desenvolvendo mais programas de mobilidade para professores e estudantes e trabalhando, em rede, na constituição de doutorados regionais. Espero que isso caracterize a UFMG nas próximas décadas. A Universidade com que eu sonho deve compreender excelência e pertinência como dois valores articulados.

DIVERSA - A senhora diria que a Universidade está mais avançada na excelência do que na pertinência?

Se usarmos os programas de extensão como indicador de excelência, veremos que ela tem sido extremamente pertinente. Em 2006, mais de três milhões de pessoas participaram de diferentes programas de extensão da UFMG, mais do que a população de Belo Horizonte. Não há outra universidade brasileira com um programa dessa envergadura.
Mas ela precisa assumir mais um papel político. Precisa ter consciência de que nela nascem as lideranças políticas e intelectuais do Brasil. Precisa participar da elaboração e implementação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento nacional. A UFMG que imagino daqui a 80 anos é uma universidade necessária, uma instituição da qual o país sentiria muita falta se fechasse as portas.

Entrevista / Sérgio Pena

Ele está na "filosopausa"

O geneticista Sérgio Danilo Pena, do departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), é um exemplo bem acabado de pesquisador que, ao alcançar a maturidade, decide se abrir para novos horizontes de investigação científica, fenômeno que chama de “filosopausa”.

Nos últimos anos, ele vem estudando a formação e estrutura genética do povo brasileiro, tarefa que mantém interface com várias áreas das ciências sociais, como história, antropologia, demografia e lingüística. Nesta entrevista à Diversa, Sérgio Pena fala sobre a tendência transdisciplinar da ciência, discorre sobre as áreas de fronteira e constata, com pesar, o atraso da pesquisa brasileira em relação à realizada nos Estados Unidos e na Europa.

A ciência do futuro é, necessariamente, transdisciplinar?

O físico Niels Bohr já dizia que era muito difícil fazer previsões, especialmente sobre o futuro... Entretanto, realmente já se percebe uma tendência na direção da transdisciplinaridade, inclusive de natureza epistêmica e metodológica. No passado, as ciências “duras” e as artes e humanidades tinham suas próprias perguntas e suas próprias metodologias. Isto levou por muito tempo à separação dessas duas esferas de atividade, como se fossem dois mundos ou dois líquidos imiscíveis. Hoje vivemos uma situação de promiscuidade crescente. Um exemplo: cada vez mais temos usado a metodologia da genética molecular humana (com ênfase no estudo do DNA) para responder perguntas de história, antropologia social e demografia.

Há algum tempo o senhor transita entre temas da filosofia, além daqueles de sua especialidade. O que o impulsionou para esse diálogo?

Dizem que é comum que, em um determinado ponto de sua maturidade, investigadores das ciências “duras” experimentem uma “filosopausa”. Acho que isto tem a ver com o fato de que muitas vezes a nossa pesquisa é altamente especializada e estuda aspectos muito pequenos e freqüentemente abstratos do mundo empírico. É a síndrome de sentir que estamos trabalhando para saber tudo sobre nada. Assim, é comum observar cientistas em sua maturidade abrirem seus horizontes.

Em alguns casos isso resulta em esforço bem-sucedido. Em outros casos, o resultado é filosofia de segunda classe ou pronunciamentos desastrosos como os de James Watson (um dos autores do estudo do modelo da dupla hélice que determina a estrutura do DNA, com o qual ganhou o Prêmio Nobel em 1962, declarou recentemente que os negros são menos inteligentes que os brancos).

Nos últimos 15 anos, a minha pesquisa tem-se focalizado na formação e estrutura genética do povo brasileiro, trabalho que mantém imbricações com várias áreas de ciências sociais: história, antropologia, demografia e lingüística.

Outro estímulo para um tratamento mais transdisciplinar do tema de genética humana tem sido a minha coluna mensal na Ciência Hoje On-Line, chamada “Deriva Genética”.

Poderia identificar os temas de fronteiras na área biológica?

As fronteiras são muitas e é difícil antever as áreas que serão aglutinadas para formar grandes frentes. Entretanto, acho que vale a pena mencionar duas áreas que mais recentemente têm despontado como importantes focos de atividade e progresso. A primeira, a “biologia de sistemas”, é uma atividade essencialmente anti-reducionista que tenta entender a biologia na perspectiva de redes interagentes em sua globalidade (a terminação “oma” é dada a estas redes).

Assim temos níveis crescentes: genomas, transcriptomas, interactomas, metabolomas, fenomas. A segunda área é a biologia sintética. Há enorme progresso na síntese de formas diferentes de metabolismo, de códigos genéticos alternativos e até de novas formas de vida.

Comparada a outros países, como a UFMG se situa na pesquisa de temas complexos em biologia?

Depende dos países. Dentro do cenário do Brasil, da América Latina e do Terceiro Mundo, nós, da UFMG, estamos indo bem. Mas em comparação com o que está sendo feito nos Estados Unidos e Europa, estamos rapidamente ficando para trás. No meu grupo ficamos satisfeitos quando publicamos artigo descrevendo resultados baseados no estudo concomitante de uma centena de genes. No ano passado um grupo americano estudou simultaneamente 1,5 milhão de regiões do genoma humano. Isto não é só impensável no Brasil, é insonhável.

A estrutura departamental é capaz de abrigar novos modos de fazer ciência?

Não. Acho que a evolução é inevitável na direção de se abolir a estrutura departamental. Se você vendar meus olhos e só remover a venda dentro de um laboratório de pesquisa aqui no ICB, é possível que, apenas pelo exame da estrutura do laboratório e dos equipamentos, eu não consiga dizer se ele é do departamento de Morfologia, Bioquímica e Imunologia, Genética, Microbiologia, Parasitologia ou Farmacologia. Existe uma notável convergência metodológica.

As próprias perguntas científicas já não respeitam barreiras departamentais. Minha pesquisa de populações brasileiras é toda feita no departamento de Bioquímica e Imunologia. Mas, nos últimos anos, eu orientei alunos na pós-graduação de Bioquímica, Morfologia, Farmacologia, Parasitologia e Genética. A única vantagem da estrutura departamental é que ela simplifica o ensino de graduação (que ainda é disciplinar) e a administração, pois introduz certa modularidade.

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