
Quatro estudantes da UFMG: Lidia Nataly Santos Sousa e Bernardo Mendes de Souza – graduação em História, Ketson Lara da Silva Neres e Camila Freitas Gomes – graduação em Pedagogia, foram aprovados no Programa de intercâmbio “Caminhos Amefricanos” de 2025.
O programa Caminhos Amefricanos: Intercâmbios Sul-Sul – Edições Peru, Angola e República Dominicana, desenvolvido em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR), com a Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Lima, Peru), a Universidade Agostinho Neto (Luanda, Angola) e a Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales – FLACSO (Santo Domingo, República Dominicana), tem como objetivo promover a troca de conhecimentos, experiências e políticas públicas voltadas ao enfrentamento e à superação do racismo no Brasil. Além disso, busca valorizar a História e a Cultura Africana e da Diáspora Africana, contribuindo para a Educação das Relações Étnico-Raciais e possibilitando a realização de intercâmbios internacionais de curta duração.
Conheça um pouco das expectativas desses estudantes:
Camila Freitas Gomes menciona que “já almejava a internacionalização, mas as condições para realizá-la ainda não tinham se alinhado como no ‘Caminhos Amefricanos’, que trata-se de um programa/medida de ação afirmativa, a fim da academia (re)pensar os programas de mobilidade a partir das identidades do seu corpo discente. Além disso, estar em um país africano de língua portuguesa é uma oportunidade de observar as interconexões contemporâneas e alimentar meu arcabouço teórico e crítico sobre a história de Angola. Assim, acredito que essa experiência me permitirá exercer uma futura práxis educadora responsável com a Educação para as Relações Étnico-Raciais e o antirracismo, que é algo basilar na minha trajetória de formação na Educação Superior.”
Lidia Sousa pontua que “ter sido aceita no Programa ‘Caminhos Americanos – Angola’ é a realização do sonho de fazer um intercâmbio que se relaciona com os estudos das relações étnico-raciais, temática com a qual venho trabalhando. Nunca tive a oportunidade de viajar para o exterior e nem mesmo andei de avião. Por isso, quando soube da minha aprovação, no fim da graduação, foi indescritível. Essa é uma conquista que só foi possível por todo apoio que tive na minha trajetória.”
Ketson Neres comenta que “o Programa Caminhos Amefricanos é uma oportunidade de reconexão histórica e ancestral. Mais do que uma experiência acadêmica, é um retorno às raízes. Além do fortalecimento de uma identidade acadêmica e pessoal comprometida com o pensamento contra colonial, com a valorização dos saberes africanos e afro-brasileiros e a construção de pontes entre o Brasil e a África. É um retorno que reafirma meu compromisso de contribuir para uma educação mais justa, plural e enraizada em nossas histórias. ”
Bernardo Mendes conta que “minha trajetória de pesquisa sobre África, escravidão e a formação das periferias brasileiras me preparou para participar desse projeto promovido pelo @ministerioigualdaderacial. É motivo de orgulho ter um governo que reconhece a importância de ações que fortalecem a nação. Agradeço à UFMG e ao Departamento de História pelo apoio e pelas condições que tornaram possível essa participação, com o compromisso de aproveitar cada oportunidade com dedicação e entusiasmo. Conquistas são coletivas — assim como as lutas que as antecedem.”