Michelle Dutra (@michelledutra_), graduanda em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi contemplada com uma bolsa de intercâmbio para a Universidade de Cabo Verde (UNICV) por meio do edital “Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul” promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR). 

Com o objetivo de combater o racismo, promover a igualdade racial, desenvolver a cooperação acadêmica entre instituições de ensino superior do Brasil e dos países africanos, latinoamericanos e caribenhos, estabelecendo o diálogo entre as nações que participaram do processo de diáspora africana, “Caminhos Amefricanos” abrangeu discentes e docentes que se autodeclararam pessoas pretas, pardas ou quilombolas. 

Em relato à Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da UFMG, Michelle conta que desde sua aprovação na UFMG, em 2019, ela sonha com a realização do intercâmbio acadêmico e  mencionou que: “como aluna cotista, vi neste edital de mobilidade, a oportunidade de mostrar para o Brasil os resultados de políticas públicas de igualdade e equidade.” 

Michelle também destacou suas expectativas: “[…] este intercâmbio não se limita apenas ao ganho intelectual, mas também ao aprofundamento cultural. Espero mergulhar em um ambiente onde as nuances das questões raciais e culturais são vividas e debatidas a partir de perspectivas locais e históricas. Quero compreender como Cabo Verde, com sua rica herança de diáspora africana e intercâmbios culturais, articula práticas de resistência ao racismo e de promoção de sua identidade cultural. Além disso, almejo participar de diálogos enriquecedores com acadêmicos da UNICV, ativistas e membros da comunidade, para ouvir e aprender com experiências de vida que talvez sejam diferentes das minhas, mas que certamente têm muito a ensinar. Vislumbro também vivenciar a arte, a música, a literatura e a culinária cabo-verdiana como expressões poderosas de identidade e resistência.” 

A estudante iniciará sua mobilidade no mês de dezembro e espera garantir ferramentas práticas e teóricas para contribuir com a luta antirracista em contextos globais e locais. “Será uma honra carregar o nome da UFMG para o continente africano”, concluiu Michelle.

 

Texto por: Luiza Souza (Comunicação DRI)