Espaço do Conhecimento UFMG promove o Agosto Indígena – Espaço do Conhecimento UFMG
 
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Espaço do Conhecimento UFMG promove a primeira edição do Agosto Indígena, por ocasião do Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado em 9 de agosto.

 

De acordo com o IBGE (Censo 2010) vivem hoje no Brasil 305 povos indígenas, que falam 274 línguas distintas. A população é de 896.917 pessoas, sendo que 324.834 moram nas cidades e 572.083 em aldeias de Norte a Sul do país.

 

Para refletir sobre as questões indígenas, por ocasião do Dia Internacional dos Povos Indígenas, celebrado em 9 de agosto, o Espaço do Conhecimento UFMG promove o Agosto Indígena com programação de atividades formativas voltada para o debate e a apresentação acerca da diversidade cultural dos povos indígenas no Brasil.

 

A professora Karenina Andrade, antropóloga e coordenadora do Núcleo Educativo do Espaço do Conhecimento, antecipa detalhes da programação. “Para o mês de agosto, o museu dedicou toda a sua programação em homenagem a essa data. Contamos  com visitas mediadas, inclusive em Libras, à exposição Mundos Indígenas, cuja curadoria é feita por curadoras e curadores indígenas de cinco povos – Yanomami, Ye’kwana, Xakriabá, Tikmῦ’ῦn (Maxakali) e Pataxoop. Cada curador escolheu um tema a respeito do seus mundos e do seu modo de vida para apresentar ao público visitante. Além disso, teremos no dia 13 de agosto uma oficina organizada pelo Núcleo de Astronomia que consistirá na visão dos povos guarani acerca do céu, das constelação e sua relação cotidiana com esse universo astronômico.”, comentou.

 

Davi Kopenawa Yanomami, um dos curadores da exposição Mundos Indígenas (Foto: Núcleo de Audiovisual do Espaço do Conhecimento UFMG)

 

Outro destaque do Agosto Indígena é a oficina de pintura corporal Ye’kwana. “A oficina contará com uma artista do povo Ye’kwana, estudante indígena na UFMG. Os visitantes terão a oportunidade de pintar o corpo e ouvir um pouco dessas histórias. Também haverá o Educação na Praça com estudantes indígenas, que debaterão com o público a presença indígena na Universidade.”

 

Povos indígenas no Brasil

Segundo estimativas da Fundação Nacional do Índio (Funai), a população indígena em 1.500, quando os portugueses chegaram no Brasil, poderia ser de até 10 milhões de habitantes divididos entre mais de  1.000 povos diferentes. A Funai calcula que cerca de 1.300 línguas eram faladas pelas muitas sociedades que povoavam o Brasil. Atualmente, porém, esse panorama é bem diferente. Com o avanço do garimpo e do desmatamento, os povos originários têm sido encurralados em suas próprias terras. Passados 522 anos, a população indígena foi reduzida a cerca de 0,5% da população brasileira.

 

O Agosto Indígena tem como foco promover reflexões e reafirmar o protagonismo dos indígenas, assim como suas trajetórias de lutas pelo reconhecimento de seus direitos fundamentais, dentre os quais a reparação histórica e cultural que já dura há séculos. O Agosto Indígena é uma ação em consonância com a lei 11.645/08, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade do tema “História e cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Confira a programação do Espaço do conhecimento UFMG, em grande parte gratuita e aberta ao público.

 


 

Exposição Mundos Indígenas

No Espaço do Conhecimento UFMG, os modos de viver, de saber e de cuidar dos povos Yanomami, Ye’kwana, Maxakali, Pataxoop e Xakriabá são apresentados na exposição Mundos Indígenas. Cada mundo indígena é mostrado a partir de um conceito proposto pelas curadoras e pelos curadores: në ropë, weichö, corpo-território, yãy hã mĩy e o grande tempo das águas. Com os mundos indígenas, podemos aprender a coexistir, a interagir com respeito e cuidado. Aprender que existem outros mundos.  É permitido tocar os objetos. 

Dias e horários: terça à domingo, de 10h às 17h (sábado de  10h às 21h)

Público: aberto a todos os públicos

Local: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários.

 


 

Visitas mediadas à exposição Mundos Indígenas – Acessível em Libras 

 

A atividade é uma imersão à exposição ”Mundos indígenas”, acompanhada pelos mediadores do museu e pela intérprete de Libras Dinalva Andrade. A atividade consiste em um diálogo acessível  com o público de diversas idades sobre os povos Yanomami, Ye’kwana, Xacriabá, Maxakali e Pataxoop, que estão presentes na exposição. A “Visita mediada à exposição Mundos Indígenas – Acessível em Libras” é uma ação do Núcleo de Ações Educativas do Espaço do Conhecimento UFMG e integra o projeto Sábado com Libras. A atividade será realizada em português e em Libras.

 

Dias e horários: 06/08 e 27/08, às 14h e nos dias 14/08 e 28/08, às 15h

Público: aberto a todos os públicos (até 15 pessoas)

*Nos dias  14/08  e 28/08,  a atividade não será realizada em Libras

 


 

Sessões no Planetário 

INGRESSOS

Inteira: R$ 10,00 e Meia: R$ 5,00, na recepção do museu, emitidos SOMENTE no dia da sessão, sendo a forma de pagamento EXCLUSIVAMENTE  via cartão de débito.

 

Astronomia Indígena com Libras (GRATUITA)

 

Acessível na Língua Brasileira de Sinais, a sessão aborda a perspectiva dos povos indígenas tupis-guaranis sobre o céu. Elaborada pelo Núcleo de Astronomia do Espaço, a sessão traz narrativas que envolvem o Sol, a Lua, os pontos cardeais, as mudanças nas estações, o eclipse lunar e as constelações de Ema, Homem Velho, Veado e Anta.  Esta é uma produção do Espaço do Conhecimento UFMG projeção intercultural, que parte do olhar ocidental para chegar às explicações, às histórias e aos costumes indígenas.

Duração: 40 min

Classificação: livre

Produtor: Espaço do Conhecimento UFMG

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Também serão exibidas as seguintes sessões com temáticas diversas:

Dois Pedacinhos de Vidro

Da Terra ao Universo

Alvorecer da Era Espacial

O Segredo do Foguete de Papelão

Arqueoastronomia Maia

Inconfidências (GRATUITA)

 

*Confira dias, horários e sinopse clicando aqui!

 


 

Espaço Aberto a Educadores  

 

Uma roda de conversa cujo objetivo é ampliar o diálogo do Núcleo de Ações Educativas e Acessibilidade do museu com os (as) professores (as) e educadores (as) que pretendem levar seus alunos ao Espaço ou que apenas querem conhecer as práticas educativas do museu.

 

Dias e horários: 03/08, às 14h e 06/08, às 10h 

Público: professores da educação básica e educadores

Inscrições: https://forms.gle/TLCmzSdc8gnPz51F8

Local: Espaço do Conhecimento UFMG – Praça da Liberdade, 700 – Funcionários.

 


 

Oficina ‘Os Sorielisarb: Quem são os outros?’

 

Quem são os Sorielisarb? Quem são os outros do nosso povo? Qual povo é estranho a nós? Na atividade, iremos conhecer os costumes e crenças de um povo muito próximo de nós e, ao mesmo tempo, desconhecido. Os Sorielisarb estão entre os povos indígenas que vivem no braço direito do Amazonas e no tronco tupi do Rio da Prata e se encontram majoritariamente dentro daquilo que se convencionou chamar de círculo tupi-guarani. A oficina tem como objetivo estabelecer uma reflexão sobre a alteridade e a diversidade dos povos indígenas no Brasil.

 

Dias e horários: 07/08  e 21/08, às 15h 

Público: crianças a partir dos 5 anos, jovens e adultos (até 15 pessoas)

 


 

Oficina ‘Desvendando as constelações Guarani’

 

A atividade consiste na contação de histórias sobre as constelações do povo Guarani. Na atividade são abordados quais os nomes os Guarani dão às suas constelações, o significado dessas representações para esses povos e a relação do céu com o seu cotidiano.

 

Dia e horário: 13/08, às 15h 

Público: crianças, jovens e adultos (até 15 pessoas) 

 


 

Oficina ‘Pintura Corporal Ye’kwana’

Por que os ye’kwana pintam seus corpos? A oficina versará sobre a origem dos grafismos da pintura corporal. Marciane Rocha, artesã ye’kwana e estudante do curso de Antropologia da UFMG, conduzirá uma sessão de pintura corporal utilizando os “carimbos” tradicionais ye’kwana, com pintura de rosto, pernas e braços dos participantes com os padrões gráficos ye’kwana. Durante a oficina, serão contados excertos das narrativas tradicionais ye’kwana, as wätunnä, que versam sobre o tempo das origens do mundo, quando alguns dos desenhos, hoje usados na pintura corporal, foram adquiridos pelos Ye’kwana nas suas interações com os animais.

 

Dia e horário: 20/08 , às 15h

Público alvo: crianças, jovens e adultos (até 15 pessoas)

 


 

Educação na Praça –  “A presença indígena na universidade: desafios para a construção de um diálogo de saberes”

 

Neste ano completam-se dez anos da sanção da lei 12.711 de 2012, a chamada Lei de Cotas. Antes mesmo da sanção dessa lei, diversas universidades, dentre elas a UFMG, criaram programas de vagas exclusivas para pessoas indígenas em cursos de graduação. Todas essas políticas fomentaram o ingresso de pessoas indígenas nas universidades públicas no Brasil. Após uma década, é necessário um momento de avaliação dos impactos dessa presença indígena na academia. Para isso, é fundamental ouvir os estudantes indígenas. O debate contará com três estudantes indígenas de diferentes cursos e períodos, que dividirão com o público reflexões sobre suas trajetórias, experiências e desafios.

 

Dia e horário: 27/08, às 10h 

Público: professores do ensino básico e estudantes dos cursos de licenciatura

Número de vagas: 40 (inscrição prévia pelo formulário, com emissão de certificado)

 


 

Papo em Pauta – ‘UFMG Território Indígena: A territorialização que acontece no encontro – Encontro entre saberes e conhecimento científico”

 

Convidadas:

Simone Xakriabá, estudante do curso de Enfermagem da UFMG vinculada ao Programa de Vagas Suplementares para estudantes Indígenas graduada em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais em 2021. Enfermeira da UBSI do Polo Barreiro Preto, Terra Indígena Xakriabá-São João das Missões-MG.

Taís Cruz dos Santos, Tupinikim da Aldeia Pau Brasil, Aracruz, Espírito Santo. Estudante do curso de Medicina da UFMG vinculada ao Programa de Vagas Suplementares para estudantes Indígenas.

 

Mediação: Profa. dra. Livia de Souza Pancrácio de Errico – Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública da Escola de Enfermagem da UFMG, Tutora do Programa de Educação Tutorial – PET – Indígena Conexão de Saberes.

 

Dia e horário: 30 de agosto, às 19h,  ao vivo pelo canal de YouTube do Museu.

Envie comentários e perguntas pelas redes sociais: @espacoufmg

 


 

Descobrindo o Céu – Lives de Astronomia 

 

Descobrindo o Céu | ‘Quantos céus tem no céu?’

Dia e horário: 11/08, às 17h

Em comemoração ao 9 de agosto, o Dia Internacional dos Povos Indígenas. Esta ‘Descobrindo o Céu’ tem como objetivo discutir e mostrar diferentes interpretações da configuração das estrelas no céu por diferentes povos indígenas brasileiros. O público pode esperar uma imersão na cultura estelar de vários povos indígenas, pois o objetivo é mostrar que a astronomia é um assunto que permeia várias culturas há muito tempo.

Onde: Canal de YouTube do Espaço do Conhecimento


 

Descobrindo o Céu | ‘O catálogo Messier’

Dia e horário: 25/08, às 17h

A live irá abordar um pouco da história da construção de um dos catálogos mais famosos de objetos astronômicos de céu profundo, assim como os elementos que o compõem.

Onde:  Canal de YouTube do Espaço do Conhecimento

 


 

Calendário Astronômico (virtual)

 

Descrição:  O Calendário Astronômico 2022-2023 ganha um formato inédito e 100% interativo, preparado pelos Núcleos de Astronomia, Comunicação e Design e Audiovisual do museu. Com uma linguagem que agrada aos fãs das artes digitais e do mundo gamer, o jogo volta no tempo com seu estilo retrô. O conteúdo, didático e animado, é feito para ser acessado preferencialmente pelo celular.

 

Público:  crianças, jovens, adultos e idosos.

Onde: Acesse pelo link bit.ly/calespaco8bit

 

Redes sociais: Instagram: @espacoufmg  /Twitter@espacoufmg / Facebook: espacodoconhecimentoufmg / YouTube: youtube.com/espacoufmg

 


 

O Espaço do Conhecimento UFMG, por meio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. No museu, a programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas, apresentações culturais, palestras e debates. Integrante do Circuito Liberdade, o Espaço é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo do Estado de Minas Gerais. O Espaço integra a Pró-reitoria de Cultura da UFMG (Procult), é amparado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio do Instituto Unimed-BH, viabilizado por mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores e da Companhia Energética de Minas Gerais – Cemig.

 

Sobre o Instituto Unimed-BH

Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$155 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, fundos do Idoso e da Infância e Adolescência, com o apoio de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 6,5 mil postos de trabalho foram gerados e 4,8 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.

 

 

Sobre a Cemig

A Cemig é a maior incentivadora de Cultura em Minas Gerais e uma das maiores do país, investindo em projetos culturais, esportivos e sociais, por meio das leis de dedução fiscal estadual e federal; preservando o patrimônio, a memória e a identidade dos mineiros. Além de incentivar produtores e artistas, o apoio da Cemig traz benefícios diretos à população, que passa a ter acesso aos bens culturais de maneira mais segura e democrática. A experimentação também está aliada ao negócio da empresa que, além de trabalhar com fontes de energia limpas e de matrizes energéticas sustentáveis, busca continuamente a inovação, aliada à pesquisa e ao desenvolvimento.