26 de outubro de 2021
Cerca de 71% da superfície terrestre é coberta por água. Ela é o elemento primordial para o surgimento e existência da vida, e este fator caracteriza o nosso planeta como singular no sistema solar. Os oceanos e mares são responsáveis por garantir que a Terra seja um local habitável, e por isso, assegurar a preservação da vida na água é vital para a humanidade.
Créditos: ONU Brasil
O 14° Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU se relaciona diretamente com o anterior apresentado aqui no Blog do Espaço, pois os oceanos são responsáveis por contrabalancear a mudança global do clima. Saiba mais sobre ele clicando aqui.
Vida na água!
Para além de toda a beleza natural proporcionada pela abundância de água na Terra, sua existência possui um motivo específico e fundamental: a manutenção da vida.
As plantas marinhas, algas e cianobactérias também são responsáveis pela criação de oxigênio, e elas foram e ainda são parte responsáveis por bombear este elemento primordial à nossa respiração.
Créditos: Pixabay (Pexels)
Mudanças!
As metas que cercam o décimo quarto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU são urgentes, pois a atual conjuntura é preocupante. De acordo com a Plataforma 2030, cerca de 40% dos oceanos ao redor do globo estão sendo afetados direta e incisivamente por atividades humanas, como poluição e pesca predatória. Tais impactos, movidos em grande parte pela ganância resultam, principalmente, na perda de habitat e introdução de espécies invasoras em outras ambiências.
Como divulgado pela organização não governamental Greenpeace, os oceanos foram responsáveis por absorver grande parte de toda a poluição de carbono que os humanos produziram nos últimos dois séculos. Entretanto, a situação permanece alarmante, pois a acidificação e a temperatura média das águas segue aumentando quando comparadas aos níveis pré-industriais. Os sistemas naturais apresentam limitações para absorver todo o carbono excedente produzido pela indústria.
É importante ressaltar. A poluição de gases de efeito estufa não é a única problemática a se combater. Isto porque aproximadamente 13 mil unidades de lixo plástico são encontradas em cada quilômetro quadrado do oceano, aponta a plataforma 2030. O problema abrange os mares de todo o mundo.
O mote ”Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável” foi pensado pela Organização das Nações Unidas para garantir o gerenciamento e a proteção dos ecossistemas marinhos e costeiros.
Confira abaixo as metas criadas pela ONU para gerenciar e proteger a vida na água até o ano de 2030:
14.1 Até 2025, prevenir e reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, especialmente a advinda de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos e a poluição por nutrientes;
14.2 Até 2020, gerir de forma sustentável e proteger os ecossistemas marinhos e costeiros para evitar impactos adversos significativos, inclusive por meio do reforço da sua capacidade de resiliência, e tomar medidas para a sua restauração, a fim de assegurar oceanos saudáveis e produtivos;
14.3 Minimizar e enfrentar os impactos da acidificação dos oceanos, inclusive por meio do reforço da cooperação científica em todos os níveis;
14.4 Até 2020, efetivamente regular a coleta, e acabar com a sobrepesca, ilegal, não reportada e não regulamentada e as práticas de pesca destrutivas, e implementar planos de gestão com base científica, para restaurar populações de peixes no menor tempo possível, pelo menos a níveis que possam produzir rendimento máximo sustentável, como determinado por suas características biológicas;
14.5 Até 2020, conservar pelo menos 10% das zonas costeiras e marinhas, de acordo com a legislação nacional e internacional, e com base na melhor informação científica disponível
14.6 Até 2020, proibir certas formas de subsídios à pesca, que contribuem para a sobrecapacidade e a sobrepesca, e eliminar os subsídios que contribuam para a pesca ilegal, não reportada e não regulamentada, e abster-se de introduzir novos subsídios como estes, reconhecendo que o tratamento especial e diferenciado adequado e eficaz para os países em desenvolvimento e os países de menor desenvolvimento relativo deve ser parte integrante da negociação sobre subsídios à pesca da Organização Mundial do Comércio;
14.7 Até 2030, aumentar os benefícios econômicos para os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países de menor desenvolvimento relativo, a partir do uso sustentável dos recursos marinhos, inclusive por meio de uma gestão sustentável da pesca, aquicultura e turismo;
14.a Aumentar o conhecimento científico, desenvolver capacidades de pesquisa e transferir tecnologia marinha, tendo em conta os critérios e orientações sobre a Transferência de Tecnologia Marinha da Comissão Oceanográfica Intergovernamental, a fim de melhorar a saúde dos oceanos e aumentar a contribuição da biodiversidade marinha para o desenvolvimento dos países em desenvolvimento, em particular os pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países de menor desenvolvimento relativo;
14.b Proporcionar o acesso dos pescadores artesanais de pequena escala aos recursos marinhos e mercados;
14.c Assegurar a conservação e o uso sustentável dos oceanos e seus recursos pela implementação do direito internacional, como refletido na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar,, que provê o arcabouço legal para a conservação e utilização sustentável dos oceanos e dos seus recursos, conforme registrado no parágrafo 158 do “Futuro Que Queremos”.
[Texto de autoria de Fernando Silva, assistente do Núcleo de Comunicação e Design]
Para saber mais:
eCycle- Conservar os recursos marinhos
Por que oceanos protegidos nos ajudam a conter as mudanças climáticas
07 fatos que vão alterar sua percepção sobre o tempo!
Destinos turísticos para se conectar com a natureza na RMBH