Formação em extensão é regulamentada na Universidade

Todos os cursos de graduação contam com percentual mínimo de atividades de extensão no currículo

 

Estudantes de licenciatura ministram aulas no cursinho popular Humanizar, uma das atividades de extensão da Fafich. O preparatório oferece aulas gratuitas para o Enem | Facebook Humanizar

Na UFMG, a integralização mínima de 10% da carga horária dos currículos dos cursos de graduação com atividades de extensão está regulamentada pela Resolução 10/2019 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).

A integralização mínima atende à Resolução 07/18, do Conselho Nacional de Educação, que estabeleceu as diretrizes para a extensão na educação superior brasileira.

Toda a Universidade está, atualmente, realizando ajustes e reformas nas propostas de ensino, que mobilizam atores internos e, especialmente, os órgãos e unidades acadêmicas incumbidos do planejamento e execução das normas de graduação e extensão.

Os colegiados dos cursos de graduação reformulam ou revisam seus respectivos projetos pedagógicos a fim de permitir a inclusão de mais programas, projetos, prestação de serviços, cursos ou eventos de extensão.

Acompanhamento

A UFMG tem uma comissão específica para acompanhar a implementação dessas mudanças, que foi instituída para orientar e apoiar os colegiados na formulação e submissão dos projetos pedagógicos.

A comissão é composta de servidores docentes e técnico-administrativos das pró-reitorias de Extensão e de Graduação. Ela foi instituída em dezembro de 2019, por meio de portaria conjunta, porém, antes disso, o grupo de trabalho já vinha se dedicando à elaboração de estudos, levantamentos e diretrizes e à promoção de encontros e discussões periódicas com a comunidade acadêmica.

Durante a pandemia, os trabalhos da comissão foram realizados a distância, com reuniões com os colegiados de graduação e centros de extensão das unidades acadêmicas, além de produção de material informativo para tirar as principais dúvidas da comunidade.

Ensino e extensão em sintonia

Para a pró-reitora de extensão da UFMG, Claudia Mayorga, a mudança veio para permitir uma inserção maior da Universidade na sociedade. “A tendência é a fortalecimento da atuação da UFMG junto à população, comunidades, movimentos sociais, do diálogo com as políticas públicas, instituições sociais e organizações diversas, discutindo e propondo com a sociedade, soluções para os principais problemas vivenciados em nosso país”, diz. Ela destaca que a resolução “está de acordo com as metas da Política de Extensão da Universidade e fortalece uma dimensão acadêmica e cidadã indispensável à formação de discentes e à articulação integrada e indissociada com o ensino e a pesquisa”.

Segundo a pró-reitora de Graduação da UFMG, Benigna Maria de Oliveira, a regulamentação foi precedida de amplos debates que se estenderam por várias gestões da Universidade e de estudos feitos por grupo de trabalho formado por docentes e técnico-administrativos das pró-reitorias de Graduação e de Extensão. “Levamos em consideração as diretrizes curriculares nacionais, a diversidade das áreas e cursos da UFMG e o mapeamento desenvolvido pela Pró-reitoria de Extensão, o qual concluiu que mais de 80% dos cursos da UFMG já preveem creditação de atividades de extensão, ao passo que outros desenvolvem ações isoladas que não são creditadas por seus colegiados”, explica.

A pró-reitora Benigna também ressalta que as discussões ganharam força com a vigência, a partir do 1º semestre de 2019, das novas Normas Gerais de Graduação da UFMG. Essas regras, segundo ela, regulamentaram e forneceram diretrizes para questões relacionadas ao regime didático-científico dos cursos de graduação, contribuindo, assim, para o processo de flexibilização. “Isso reflete a preocupação permanente da UFMG não apenas com uma formação técnica, mas também ética e cidadã dos nossos estudantes”, conclui a pró-reitora, alertando ainda que o percentual mínimo não poderá ser cumprido somente com atividades nas modalidades curso e evento.

A formação em extensão na UFMG também atende ainda à meta para a educação superior brasileira indicada no Plano Nacional de Educação (PNE 2014-2024) e à recomendação do Fórum de Pró-reitores de Extensão das Instituições de Educação Superior Públicas Brasileiras (Forproex).

Para mais informações e esclarecimento de dúvidas, fale com a Proex pelo e-mail: fomento@proex.ufmg.br