Álbum de figurinhas reúne ilustrações de espécies do Parque Estadual do Rio Doce

Produto da extensão da UFMG atua na sensibilização de crianças e visibilidade da unidade de conservação

 

Versão impressa do álbum de figurinhas será distribuído nas escolas da região  | Ilustração: Bruno Assis Fonseca

 

Macaco-prego, onça-pintada, tatu-canastra. Esses são alguns dos animais do Parque Estadual do Rio Doce (Perd) que ‘ganharam vida’ no álbum de figurinhas Tem Bicho no Parque?.

O material, que pode ser encontrado nas versões digital e impressa, é fruto do projeto de extensão De Minas para o mundo: orgulho de viver no Parque Estadual do Rio Doce”, que elabora materiais educativos sobre a conservação da biodiversidade.

O álbum foi lançado pelo Colégio Técnico (Coltec/UFMG) em parceria com funcionários do parque estadual. Ele traz histórias e ilustrações de espécies nativas do local. Foi produzido ao longo de 2021 por estudantes do ensino médio e da graduação da UFMG.

A elaboração contou com a participação dos guardas-parques da unidade de conservação, que compartilharam informações com a equipe sobre os animais mais representativos da área e de maior interesse por parte das crianças, a quem se destina prioritariamente o álbum.

Ao todo, 10 animais estão no material. Além do macaco-prego, onça-pintada e o tatu-canastra, figuram o jacaré-de-papo-amarelo, muriqui-do-norte, jacutinga, piranha-vermelha, perereca-de-capacete, pulga d’água e mapinguari uai

As ilustrações são de autoria do designer Bruno Assis Fonseca e apresentam os animais em seus habitats naturais. Os textos – validados por cientistas que atuam no parque – contaram com revisão de professores do ensino básico e superior que se dedicam à divulgação científica e à educação em ciências. 

A versão impressa será distribuída a estudantes de escolas de educação básica da região.

Visibilidade e sensibilização 

Macaco-prego é uma das espécies que ‘ganharam vida’ nas páginas do álbum | Foto: IEF/MG

O produto se originou de pesquisas realizadas pelo professor do Coltec Daniel Maroneze, no âmbito do seu trabalho de doutorado. “Durante o trabalho de campo no Perd, o então líder dos guardas-parques me relatou o acesso limitado aos resultados das pesquisas ali desenvolvidas”, explica o professor, que é coordenador do projeto.

Maroneze acrescenta que a ação busca ainda “criar interações entre os funcionários do parque, cientistas e estudantes a partir da discussão de pesquisas realizadas na unidade, encorajando-os a atuar como produtores e multiplicadores dos saberes sócio-científico-ambientais”. 

O pesquisador idealizou o álbum de figurinhas com a técnica em Assuntos Educacionais da Pró-reitoria de Extensão da UFMG, Vanessa Cappelle, que é cocoordenadora do projeto. “Vamos agora entregar o álbum às escolas. Acreditamos que ele será fundamental para suscitar práticas pedagógicas voltadas à sensibilização das crianças e permitir uma maior identificação da comunidade com a própria unidade de conservação”, afirma Vanessa. 

A versão impressa foi elaborada com recursos da edição de 2021 do Edital de Produtos da Proex, programa que atua no fomento a produtos extensionistas destinados à educação básica e profissional pública.

Riqueza social, científica e ambiental

O Parque Estadual do Rio Doce (Perd) foi a primeira unidade de conservação legalmente criada em Minas Gerais. De rico valor valor social, científico e ambiental, o parque abriga a maior área contínua de Mata Atlântica do estado e um dos três maiores sistemas de lagos que ocorrem no país. Ele se localiza entre os municípios de Timóteo, Marliéria e Dionísio, no Vale do Rio Doce.

Vitória Alves | Assessoria de Comunicação da Proex