Desfile carnavalesco em defesa da luta antimanicomial ‘colore’ o centro de BH

UFMG se uniu aos movimentos sociais para celebrar o Dia Nacional da Luta Antimanicomial

 

Evento teve a participação de estudantes, professores e técnicos administrativos da Universidade | Foto: Júlia Ramos/Proex

Em clima de festa e alegria, multidão ocupou as ruas da capital para exigir uma sociedade livre de manicômios | Foto: Júlia Ramos

A partir da temática “Do rio ao mar, somos os povos que navegam em confluência contra o genocídio para a justiça triunfar”, o cortejo que integrou a programação da 12ª Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG “coloriu” as ruas do centro de Belo Horizonte na tarde de sexta-feira, dia 17 de maio. 

O desfile foi coordenado pela escola de samba Liberdade Ainda que Tam Tam e celebrou o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.

O evento contou com a participação de estudantes, professores e técnicos administrativos da UFMG, que se uniram a representantes de movimentos sociais, ativistas, artistas, profissionais da área de Saúde, pacientes de Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e seus familiares e lideranças políticas, como a deputada federal Célia Xakriabá (Psol). 

Diversas baterias foram formadas no deslocamento da Praça da Liberdade (concentração) até a Avenida Afonso Pena. Os participantes, com fantasias e adereços carnavalescos, empunhavam faixas e cartazes em defesa de direitos dos cidadãos em situação de sofrimento mental e de outras pautas no campo dos direitos humanos. 

Luta antimanicomial, antirracista e antifascista

Foi declarada parceria entre o Fórum Mineiro de Saúde Mental (FMSM) e os movimentos sociais de Belo Horizonte. Na leitura da carta redigida pelas lideranças, foi relembrada a importância da luta antirracista e antifascista para o movimento antimanicomial. Manifestações a favor do Sistema Único de Saúde (SUS) também foram realizadas e, ao final do discurso, aplausos e gritos de apoio ganharam destaque em meio à multidão. 

O próprio samba-enredo do desfile foi marcado pela defesa de ideais políticos, inclusive intercontinentais. Versos como “não vamos morrer de crueldade no Brasil ou na Palestina” e “nunca mais genocídios e hospícios” revelaram essa intencionalidade da canção. Muitos manifestantes vestidos de verde, vermelho, branco e preto – declararam apoio à comunidade palestina e distribuíram bandeiras e adesivos contra o genocídio no oriente médio. 

Evento teve a participação de estudantes de diversos cursos da Universidade | Foto: Júlia Ramos

O cortejo teve a participação de estudantes da UFMG dos cursos de Psicologia, Ciências Sociais, Jornalismo, Design, entre outros. A professora do departamento de Psicologia Deborah Rosária Barbosa ressaltou que “a Universidade é tradicionalmente aliada do movimento antimanicomial e desse desfile que marcou o encerramento da 12ª Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG”. 

Outras informações estão disponíveis no site do evento.

Júlia Ramos | Assessoria de Comunicação da Proex