Em 25 de janeiro de 2019, a Barragem I da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, se rompeu. Em 2024, completam-se cinco anos de um dos maiores desastres socioambientais do país, com consequências sociais, ambientais, pessoais e econômicas irreparáveis.
A luta por reparação e pela memória das 272 pessoas mortas em decorrência do desastre segue através das famílias e das associações de atingidos.
Nesse período, a UFMG tem sido parceira dos movimentos que lutam por justiça.
Estudos dos impactos
Na manhã de quarta-feira, dia 24 de janeiro, o Instituto Guaicuy promoveu, o evento “Em busca de respostas: divulgação de dados, estudos e produções elaborados com as pessoas atingidas do Baixo Paraopeba, Represa de Três Marias e Rio São Francisco”.
O encontro, que ocorreu no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG, divulgou estudos ambientais, socioeconômicos e sobre a saúde das pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho.
No evento, também foram lançados o documentário “De Angueretá a Barra do Rio de Janeiro: o rompimento da barragem da Vale para além de Brumadinho” e a revista ilustrada “Cinco anos do desastre-crime da Vale: no curso das águas, a luta por reparação”.
A atividade, que foi transmitida pelo YouTube, ainda prestou homenagem às 272 vítimas.
Direitos e reparação
Também na manhã de quarta-feira (24), a Faculdade de Direito da UFMG contou com um debate sobre a aplicação concreta, nos casos de Brumadinho e Mariana, da recém-aprovada Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB).
Organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB/MG), o evento teve a participação de 300 atingidos da Bacia do Paraopeba e do Rio Doce e de representantes do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública e do governo federal.
Os participantes debateram a PNAB e importância da nova política para a garantia de direitos e de reparação das comunidades atingidas pelo rompimento das barragens da Vale em Brumadinho e em Mariana (nesse caso, em 2015).
Projeto Brumadinho UFMG
Nos cinco anos do desastre de Brumadinho, a UFMG tem ainda contribuído com a recuperação das comunidades pós-desastre, por meio do projeto de extensão Brumadinho UFMG.
O projeto, que é fruto de um Termo de Cooperação Técnica firmado entre a UFMG e a 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Belo Horizonte, é responsável por: estudos e pesquisas para identificar os impactos; avaliação das necessidades emergenciais das populações atingidas; e propostas de recuperação e reconstrução da Bacia do Rio Paraopeba.
A iniciativa é composta atualmente por 67 subprojetos, agrupados em quatro áreas temáticas: Meio Ambiente; Infraestrutura; Socioeconômico; e Saúde da População.
Saiba mais sobre o projeto e a atuação da Universidade no site do projeto.