Palestra aborda causas e consequências da violência institucional

Participantes se aprofundaram nas violações cometidas pelo Estado na América Latina

 

Palestra esclareceu sobre os fatores que influenciam  a violência institucional Foto Eduardo MaiaProex

Palestra abordou fatores que influenciam a violência institucional | Foto: Eduardo Maia/Proex

Uma das aulas mais aguardadas da Escola de Verão ­- Educação em Direitos Humanos foi sobre violência institutional, que ocorreu na manhã desta quinta-feira, dia 8.

A professora de Direito da Universidad de Valparaíso Inés Robles (Chile) abordou as causas e consequências da violência institucional e os crimes de Estado na América Latina.

A palestrante esclareceu que a violência institucional pode ser conceituada como “violência física, sexual, psíquica ou simbólica exercida abusivamente por agentes, funcionários e funcionárias do Estado no cumprimento de suas funções, incluindo normas, protocolos, práticas institucionais, descuidos ou privações contra uma pessoa ou grupo de pessoas”.

A docente apresentou exemplos históricos e recentes de violências institucionais envolvendo países da região, como Brasil, Chile e Argentina.

Alunos e alunas da escola interagiram com a professora respondendo a perguntas específicas e tiveram a oportunidade de se aprofundarem em questões como repressão policial, mortes decorrentes de intervenções policiais, violência de gênero e opressão contra mulheres, indígenas e afrodescendentes.

Para Inés Robles, “grupos sociais específicos são os que mais sofrem com essas violações e discriminações, que são influenciadas por vários fatores, como etnia, idade, nacionalidade, orientação sexual e identidade de gênero”.

Defesa dos Direitos Humanos

Sensibilizada com a palestra, Raianny Lima, que é negra e estudante do curso de Fonoaudiologia da UFMG, questionou: “Como despertar a humanidade nas pessoas? Nós precisamos nos validar?”.

Inés Robles convocou “cada um dos cursistas a ser defensor dos direitos humanos no dia a dia, conhecendo o outro como outro, nas pequenas lutas, em busca de um mundo distinto e melhor”.

Outra cursista, Luciana Santo da Cruz, pedagoga e técnico-administrativa do Centro Pedagógico da UFMG, disse que a palestra Violencia Institucional y Derechos Humanos e as demais aulas do curso lhe proporcionaram muitos conhecimentos. “São estudos muito ricos com foco no Brasil e outros países que me aproximaram mais do campo dos Direitos Humanos”, afirmou.

Luciana Cruz: conhecer sobre Direitos Humans e aproximar mais desse campo | Foto: Eduardo Maia/Proex

Luciana Cruz: conhecer sobre Direitos Humans e aproximar mais desse campo | Foto: Eduardo Maia/Proex

A Escola de Verão ­- Educação em Direitos Humanos é realizada de 5 a 9 de fevereiro (campus Pampulha, CAD2 , Auditório A2). O curso de extensão é promovido pela Associação das Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM) e a UFMG, por meio da Pró-reitoria de Extensão.

A programação completa está nesta página e Instagram da Proex.

Outras informações podem ser obtidas também pelo e-mail udh@proex.ufmg.br ou pelo telefone (31) 3409-4065