PRAIA promove ação de vacinação para crianças com autismo

Dia de vacinação sensorialmente gentil acontecerá na EEFFTO, no campus Pampulha da UFMG 

 

O Programa de Atenção Interdisciplinar ao Autismo (Praia/UFMG), com o objetivo de viabilizar e humanizar a vacinação contra Covid-19 de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), realizará no dia 9 de fevereiro, das 8h às 17h30, a ação Vacine bem.

A atividade, que acontecerá no Laboratório de Integração Sensorial (LAIS), na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (campus Pampulha), oferecerá acolhimento para as famílias e crianças, orientação visual e sensorial sobre vacinação, ações lúdicas de integração sensorial e brinquedos, permitindo que crianças com TEA tenham uma experiência positiva com a vacinação.

Podem participar crianças com autismo de 5 a 11 anos que ainda não foram vacinadas. Os pais e responsáveis devem se inscrever neste link até 6 de fevereiro. As vagas são limitadas. É necessário levar a caderneta de saúde da criança, documento de identidade da criança e do responsável.

A iniciativa é oferecida em parceria com o Programa Primeira Infância Plena e o projeto Polo de vacinação contra Covid-19, ambos da Escola de Enfermagem da UFMG. “As atividades propostas visam a redução da ansiedade, melhoria no bem estar, trazendo ganhos físicos e emocionais, aumento na interação social e nas habilidades de comunicação, redução de barreiras comportamentais e diminuição do estresse”, relata a professora Delma Aurélia da Silva Simão, coordenadora do Programa Primeira Infância Plena.

Estudantes dos cursos de Enfermagem, Terapia Ocupacional, Psicologia, Fisioterapia e Educação Física terão a oportunidade de atuar de forma conjunta e integrada, visando um atendimento humanizado de todos os participantes.

O Praia/UFMG é coordenado pelas professoras Ana Amélia Cardoso, do Departamento de Terapia Ocupacional da EEFFTO, e Maria Luísa Nogueira, do Departamento de Psicologia da Fafich.

Atividade adaptada de brincadeiras para crianças autistas realizada, ano passado, pelo Praia na semana das crianças | Reprodução TV UFMG

Importância da vacinação de crianças com TEA 

A professora Delma Simão, do Programa Primeira Infância Plena, explica que apesar de crianças com TEA não representarem grupo de risco para a pandemia, muitas inclusive sendo assintomáticas, os efeitos dela ainda são sentidos. Tanto para criança quanto para a família, a mudança de rotina, a falta de ambientes adequados para educação e desenvolvimento desencadeiam alterações de humor e podem piorar sintomas.

“Outro ponto importante é que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o impacto da alteração de rotina com o distanciamento social afeta o sono de crianças autistas mais do que crianças neurotípicas. Além disso, por terem sensibilidade sensorial diferenciada, essas crianças podem estar mais sujeitas à contaminação, como no caso de colocar coisas na boca, encostar em objetos contaminados, não higienizar as mãos corretamente, entre outros. Pessoas autistas, em geral, têm dificuldades de usar os equipamentos de proteção individual (EPIs) e de manter o distanciamento social exigido pela crise sanitária, tornando-se, assim, ainda mais vulneráveis ao contágio pelo coronavírus”.

Outras informações estão disponíveis nas redes sociais do Praia.

Com informações da Escola de Enfermagem da UFMG