UFMG e IFNMG intensificam ações em prol dos direitos dos povos indígenas

Parceria firmada enfrentará as violações em Minas Gerais

 

Reconstrução de escola na comunidade indígena Xakriabá conta com o apoio da UFMG e IFNMG | Foto: PMMG

Parceria firmada entre a UFMG e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais (IFNMG) buscará desenvolver, nos próximos cinco anos, ações no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão, com o objetivo de apoiar povos indígenas que se deparam com casos concretos de violação de seus direitos.

A parceria intensifica esforços conjuntos já empenhados em prol da efetivação desses direitos, como vem ocorrendo em relação ao apoio à reconstrução da Escola Estadual Indígena Xakriabá, na Aldeia Barreiro Preto, no município de São João das Missões, norte de Minas. A escola, no dia 23 de junho de 2021, foi alvo de um incêndio criminoso, que atingiu, de forma significativa, suas instalações.

Por exigir processos complexos, expertise e atuação de diferentes áreas, a reconstrução da unidade mobiliza a UFMG e IFNMG em apoio aos representantes da comunidade indígena. Esse acompanhamento técnico seguirá nos próximos dois anos, prazo previsto para a recuperação material do equipamento escolar, cuja obra é financiada pelo governo de Minas Gerais.

O apoio ao povo Xakriabá foi fruto de articulação da Pró-reitoria de Extensão da UFMG, por meio da Universidade dos Direitos Humanos (UDH), docentes da Escola de Arquitetura e da Faculdade de Educação (FaE), IFNMG e representantes da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), entre outros parceiros.

Outro caso que mobiliza ambas as instituições é o quadro complexo enfrentado pelo povo Maxakali. Uma rede com participação da UFMG e IFNMG acompanha e avalia a situação de famílias da etnia, que, em outubro de 2021, passaram a ocupar terras públicas em Teófilo Otoni (MG).

O objetivo das instituições federais de ensino é ainda propor diagnósticos mais detalhados e circunstanciados sobre os casos de violações e desenvolver ações em rede com a participação de órgãos públicos, Organizações não Governamentais (ONG’s), agentes locais, entre outros atores.