‘Universidades possuem papel fundamental na luta antimanicomial’, diz Deborah Duprat

Jurista atuante na promoção e defesa dos direitos humanos abriu a 10ª Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG

 

Advogada com atuação em prol de grupos sociais oprimidos, Deborah Duprat fez a conferência no auditório da Reitoria | Foto: Comunicação Proex/UFMG

 

Na conferência A saúde mental e o regime de direitos, Deborah Duprat defendeu a importância das alianças entre os movimentos sociais e a expansão de suas ‘fronteiras’. “Hoje, mais do que nunca, é preciso, sem abandonar a pauta de trazer assuntos negligenciados para a ordem do dia, torná-los visíveis, criar alianças e expandir os movimentos sociais para além de suas fronteiras”, disse.

Duprat foi subprocuradora-geral da República de 2009 a 2013 e notabilizou-se justamente por sua defesa dos direitos de minorias e pela defesa dos direitos humanos, de modo geral. Ela ressaltou o papel essencial que as Universidades exercem na defesa dos direitos humanos e da luta antimanicomial.

“Elas (as Universidades) incorporam, mais do que qualquer outra instituição, a diversidade mediante as ações afirmativas de todos os tipos e as bolsas de permanência; elas são um espaço fundamental de resistência e essenciais na formação de alianças entre os diferentes movimentos sociais”, afirmou. 

Diversidade e luta antimanicomial 

A pró-reitora de Extensão da UFMG, Claudia Mayorga, enfatizou a importância da diversidade no contexto universitário e chamou a atenção para “as trajetórias múltiplas oferecidas pela UFMG, sendo essencial a compreensão de que as pessoas que aqui entram não têm um único caminho a seguir, uma única trajetória a fazer”.

Ela frisou que a luta pela diversidade é constante e indispensável para que a UFMG se torne cada vez mais forte. “Sabemos que a luta para que isso se torne realidade é permanente, mas é importante reconhecer que é possível ser e viver a UFMG com a diversidade de corpos, de histórias, de vidas, de dores e isso nos faz uma Universidade sempre mais forte”.

Em 2022, a Semana de Saúde Mental e Inclusão Social da UFMG comemora 10 anos de evento. Claudia Mayorga relembrou o compromisso histórico da Universidade em prol da luta antimanicomial e disse que “a UFMG é, ela quer ser e vai continuar trabalhando para isto: ser antimanicomial”.

Laura Camey, Claudia Mayorga, Alessandro Moreira, Maria Aparecida Moura e Janaína Dornas na mesa de abertura da 10ª Semana de Saúde Mental | Foto: Comunicação Proex/UFMG

 

A abertura teve a participação também do vice-reitor da UFMG Alessandro Fernandes Moreira, da diretora da Universidade dos Direitos Humanos (UDH), além de Laura Fusaro Camey, representante da Associação dos Usuários de Serviço de Saúde Mental (Asussam) de Minas Gerais, e Janaína Dornas, representante da Comissão Municipal da Reforma Psiquiátrica de Belo Horizonte.

O evento teve transmissão pelo canal na Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) da UFMG no YouTube. Confira o vídeo na íntegra.  

Vitória Alves | Assessoria de Comunicação da Proex