O projeto piloto: Detecção e quantificação do novo coronavírus em amostras de esgoto nas cidades de Belo Horizonte e Contagem – Monitoramento COVID Esgotos – é coordenado e executado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Estações de Tratamento de Esgotos Sustentáveis (INCT ETEs Sustentáveis) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com o apoio técnico e financeiro da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e apoio técnico da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES) e do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM).

Seu objetivo é monitorar a presença do novo coronavírus nas amostras coletadas em diferentes pontos do sistema de esgotamento sanitário das cidades de Belo Horizonte e Contagem, inseridos nas bacias hidrográficas dos ribeirões Arrudas e do Onça.

Fonte: Portal da UFMG

Com os dados obtidos, é possível saber como está a ocorrência do novo coronavírus por região, o que pode direcionar a adoção ou não de medidas de relaxamento consciente do distanciamento social. Também pode possibilitar avisos precoces dos riscos de aumento de incidência da COVID-19 de forma regionalizada, embasando a tomada de decisão pelos gestores públicos.

“Conhecer a ocorrência do coronavírus dará subsídios à adoção de medidas de relaxamento consciente do isolamento social e ainda pode gerar avisos sobre os riscos de aumento de incidência da Covid-19 de forma regionalizada, embasando a tomada de decisões por parte dos gestores públicos”, afirma o professor Carlos Chernicharo, que é coordenador do INCT ETEs Sustentáveis.

Chernicharo comenta que não há evidências da transmissão do vírus por meio das fezes (transmissão feco-oral), mas, como já foi identificada a presença do vírus nas fezes de indivíduos infectados, o mapeamento dos esgotos pode indicar, por exemplo, áreas de maior incidência da transmissão. O grupo teve acesso a pesquisas internacionais que atestaram a presença do coronavírus nas fezes de pessoas que testaram positivo para a Covid-19.

Segundo a professora Juliana Calábria, subcoordenadora do INCT ETEs Sustentáveis, o mapeamento vai possibilitar inferir a quantidade de pessoas infectadas, uma vez mesmo que pessoas assintomáticas apresentam o vírus nas fezes. “É uma estimativa indireta, e os dados serão cruzados com os das autoridades de saúde, obtidos com os testes clínicos, atuando de forma complementar”, diz Juliana, que está à frente do Laboratório de Microbiologia do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental (DESA) da UFMG.

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