4° Festival de Verão da UFMG

Sentidos do Conhecimento

Universidade Federal de Minas Gerais

12 a 16 de fevereiro - Carnaval 2010
Escola de Arquitetura da UFMG
Rua Paraíba, 697 - Funcionários - Belo Horizonte

Notícias

Biodiversidade mineira poderá ser conhecida de perto

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O estado de Minas Gerais é coberto por quatro biomas – cerrado, mata atlântica, campos de altitude e caatinga –, cada um com suas particularidades. Esse será o foco da oficina Geografia da biodiversidade mineira: uma encruzilhada de biomas, que integra a programação do Festival de Verão UFMG 2010.

O objetivo é abordar a questão da biodiversidade desde a perspectiva geográfica, ou seja, a partir de uma escala de análise que permita estabelecer uma correlação entre os seres vivos, sua organização em ecossistemas e biomas, seus espaços de vida e ocupação e a disposição desses espaços na paisagem.

“Iniciaremos a oficina com uma apresentação teórica, utilizando mapas, fotos, entre outros materiais. Depois visitaremos três dos quatro biomas do território mineiro. Será feita uma travessia da Serra do Cipó, partindo do cerrado, passando pelos campos de altitude, para se chegar à mata atlântica”, explica o professor da UFMG Bernardo Machado Gontijo, que irá ministrar a oficina. Os alunos irão fotografar os locais percorridos e preparar uma apresentação sobre o tema. A caatinga não fará parte do roteiro por motivos geográficos, uma vez que se apresenta no Norte de Minas.

De acordo com o professor, o bioma com maior prevalência é o cerrado, encontrado no Centro, Norte e Oeste do estado. A mata atlântica aparece no Leste e Sul de Minas, com uma ilha de cerrado no meio. “Ambos os biomas estão bastante alterados”, afirma Bernardo. Os campos de altitude, por sua vez, estão presentes em locais como a cadeia do Espinhaço e as montanhas da Mantiqueira.

Bernardo Gontijo salienta que o ser humano precisa se adequar ao que o bioma oferece, mas, por outro lado, modifica o ecossistema com sua ocupação, que segue o modelo comercial agrícola. A derrubada da mata atlântica visa, na maior parte das vezes, ao plantio de café ou pastagem. “Já o cerrado ficou preservado até os anos 1960, quando os agricultores passaram a corrigir a acidez do solo e desmatar os campos a fim de utilizá-los para a agricultura.”

A caatinga, segundo Bernardo, ainda está pouco tocada em função do rigor do clima. “Só é possível praticar a agricultura naquele ambiente seco se houver irrigação artificial, cujo custo é elevado, e ainda assim os agricultores ficam à mercê da irregularidade de chuvas.”

Caminhada

O professor lembra que os participantes da oficina devem ter disposição física e usar calçados e roupas confortáveis e apropriados para caminhadas e acampamento. É aconselhável que os alunos levem lanterna, máquina fotográfica digital (pode ser utilizada em dupla), pen drive, barraca, colchonete, alimentação para dois dias no campo, material de segurança e primeiros socorros, proteção contra sol e chuva.

“A proposta da oficina é demonstrar a riqueza da biodiversidade de Minas Gerais”, finaliza Bernardo.

Formado em ciências biológicas e em geografia, o professor possui especialização em geografia física e análise ambiental, mestrado em estudos latino-americanos e doutorado em meio ambiente e desenvolvimento.

Geografia da biodiversidade mineira: uma encruzilhada de biomas
Vagas: 20
Carga horária: 30 horas/aula
Período: 13 a 16 de fevereiro
Locais de realização e horários: Escola de Arquitetura (dia 13, das 8h às 12h30); Serra do Cipó (saída da Escola de Arquitetura no dia 14, às 7h, com retorno no dia 15, às 19h); Escola de Arquitetura (dia 16, das 14h às 18h30) – transporte gratuito para os deslocamentos

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