4° Festival de Verão da UFMG

Sentidos do Conhecimento

Universidade Federal de Minas Gerais

12 a 16 de fevereiro - Carnaval 2010
Escola de Arquitetura da UFMG
Rua Paraíba, 697 - Funcionários - Belo Horizonte

Notícias

Bergman e Antonioni ganham espaço em oficina sobre cinema

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010


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Bergman e Antonioni: afinidades fortuitas?

São muitas as coincidências que rondam os cineastas Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni. Além da profissão, ambos começaram a ganhar notoriedade no final da década de 50, trataram densamente de temas como morte e solidão em suas obras e faleceram no mesmo dia, em 30 de julho de 2007. “E a relação entre eles é ainda mais profunda”, afirma o professor do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Cedeplar) João Antônio de Paula. “Ao longo de suas obras, os dois foram muito enfáticos ao tratar dos problemas da alma humana, cada um à sua maneira”.

O trabalho desses dois mestres do cinema é o tema da oficina O cinema de Bergman e Antonioni para o Festival de Verão 2010 da UFMG, organizada por João Antônio. Amante de cinema, o professor de história econômica explica que escolheu esses diretores pela “singularidade de suas obras, que discutem temas mais atuais do que nunca, como a alienação”.

Durante o curso, serão exibidos e comentados dois filmes de cada cineasta. Do sueco Ingmar Bergman, foram escolhidos A fonte da donzela (1959) e Através de um espelho (1961), ambos vencedores do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Segundo João Antônio, essas duas películas representam bem a temática da obra de Bergman, que busca inspiração nas tradições religiosas e é repleta de referências teatrais e filosóficas.

Do italiano Antonioni, serão exibidos O eclipse (1962) e O deserto vermelho (1964). “Eles marcam a transição do 'preto e branco' para o 'colorido' no cinema de Antonioni, o que é muito importante para entender a estética visual marcante que ele empregava em suas obras. Antonioni era um verdadeiro pintor do cinema”, afirma João Antônio.

A oficina acontece entre os dias 13 e 16 de fevereiro na Escola de Arquitetura e é aberta a qualquer pessoa interessada em cinema e arte.

Confira a sinopse dos filmes que serão exibidos:

A fonte da donzela (Jungfrukällan)
Drama, 1959, 85 min
Direção: Ingmar Bergman
Sinopse: Na Suécia, século XIV, um casal de cristãos pede que sua filha Karin (Birgitta Pettersson) vá à Igreja acender velas para a Virgem Maria. No caminho, a jovem é violentada e assasinada por dois pastores, que, depois do crime, pedem abrigo na casa dos pais da garota.

Através de um espelho (Såsom i en spegel)
Drama, 1961, 89 min
Direção: Ingmar Bergman
Sinopse: Os problemas mentais de Karin (Harriet Andersson) começam a se agravar durante as férias de sua família em uma ilha distante, enquanto as relações entre seu pai, seu marido e seu filho se tornam cada vez mais complicadas.

O eclipse (L'Eclisse)
Drama, 1962, 118 min
Direção: Michelangelo Antonioni
Sinopse: Vittoria (Monica Vitti) é uma jovem tradutora que termina seu romance com o escritor Riccardo (Francisco Rabal) e começa a ter um caso com Piero (Alain Delon), mas encontra dificuldades para manter o novo relacionamento.

O deserto vermelho (Il Deserto Rosso)
Drama, 1964, 120 min
Direção: Michelangelo Antonioni
Sinopse: Giuliana (Monica Vitti) é liberada do hospital após uma tentativa de suicídio e sente alienada em relação ao mundo. Em meio a seus dilemas pessoais, ela conhece Zeller (Richard Harris), um amigo de seu marido que se mostra profundamente interessado nela.

O Cinema de Bergman e Antonioni
Período: 13 a 16 de fevereiro
Horário: 8h às 12h30
Local: Escola de Arquitetura
Vagas: 20
Público-alvo: pessoas interessadas nas interrelações entre cinema e cultura e as artes em geral

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