4° Festival de Verão da UFMG

Sentidos do Conhecimento

Universidade Federal de Minas Gerais

12 a 16 de fevereiro - Carnaval 2010
Escola de Arquitetura da UFMG
Rua Paraíba, 697 - Funcionários - Belo Horizonte

Notícias

Entender melhor o estresse é a proposta de oficina da área de saúde

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010


Joao_Gabriel_Marques.JPG
João Gabriel: ação e reação

“Eu tenho andado muito estressado”. Hoje em dia, quem nunca ouviu essa frase de um amigo, familiar ou colega de trabalho? A palavra “estresse” foi tão banalizada que se incorporou completamente ao nosso vocabulário cotidiano, apesar de muitas vezes ser empregada de maneira incorreta. Ainda assim, o termo tem motivos para ser tão utilizado: dados da Organização Mundial de Saúde apontam que aproximadamente 90% da população mundial apresenta algum sinal de estresse.

Segundo o médico clínico e professor da Faculdade de Medicina da UFMG João Gabriel Marques, o estresse é um assunto inevitável nos dias de hoje, que exige uma maior discussão para que as pessoas possam entendê-lo melhor. Pensando nisso, ele organizou a oficina O estresse nosso de cada dia para a quarta edição do Festival de Verão da UFMG. “É um curso rápido que pretende esclarecer o que é realmente o estresse, quais reações ele provoca no nosso organismo e o que fazer para combatê-lo”, afirma João Gabriel.

O médico, que também atua como diretor técnico do Sommos – Centro de Promoção da Saúde, instituição médica que desenvolve projetos para melhoria da qualidade de vida, explica que o estresse não é um mal típico dos tempos modernos. “O fato do tema ser discutido mais amplamente hoje não significa as pessoas sejam mais estressadas do que eram antigamente”.

Doença?

Segundo João Gabriel, o estresse não é necessariamente uma doença, mas sim um estado de desequilíbrio. Esse desequilíbrio é causado por estímulos denominados “estressores”, que ocorrem, principalmente, em momentos de grande ansiedade. “O estresse se manifesta em situações de grande tensão ou insegurança, como a exposição a um medo excessivo ou ficar muito tempo desempregado”, exemplifica.

O estresse causado pode, então, resultar em cansaço físico, alergia, dores musculares, dores de cabeça e outros sintomas que variam de pessoa para pessoa. O que faz alguns indivíduos parecerem mais estressados que outros é a capacidade de suportar os estímulos sem manifestar os efeitos negativos. Como os estímulos são recebidos frequentemente, o próprio organismo desenvolve uma capacidade de adaptação, que pode ser alta ou baixa, dependendo do estado de equilíbrio de cada um.

Segundo João Gabriel, é importante entender também que o estresse não pode ser tratado, mas sim controlado. Para isso, cada um deve buscar realizar atividades que lhe são prazerosas, como ouvir música ou praticar exercícios. “O que eu quero passar nessa oficina é a importância de buscar um equilíbrio, de não deixar a balança pender para um dos lados. Espero conseguir trabalhar de uma maneira lúdica os conceitos que envolvem o estresse, facilitando a compreensão dos participantes e ajudando-os a traçar metas para atingirem uma melhor qualidade de vida”, afirma João Gabriel.

O estresse nosso de cada dia
Período: 13 a 16 de fevereiro
Horário: 14h às 18h30
Local: Escola de Arquitetura
Público-alvo: pessoas interessadas em melhorar sua qualidade de vida, cuja escolaridade seja, no mínimo, curso superior em andamento
Vagas: 20

Todas as notícias sobre o 4º Festival de Verão