Exposição ‘Desconstrução do esquecimento’ vai receber visitantes até 31 de agosto
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Exposição Desconstrução do Esquecimento. Foto: Lucas Braga/UFMG

Exposição Desconstrução do Esquecimento. Foto: Lucas Braga/UFMG

 

 

Até 31 de agosto, a exposição Desconstrução do esquecimento: golpe, anistia e justiça de transição pode ser visitada no Centro Cultural UFMG, localizado no centro da capital mineira. O objetivo da prorrogação é permitir que um maior número de pessoas visite a mostra, que, em razão de sua relevância, foi incorporada às comemorações dos 90 anos da UFMG, à programação da SBPC Cultura, e agora ao 50º aniversário do Festival de Inverno, datas emblemáticas para a história da Universidade.

Montada em cinco salas da galeria Aretuza Moura, a mostra foi concebida no âmbito do projeto Memorial da Anistia do Brasil e estruturada em três eixos – golpe, anistia e justiça de transição. Outros subtemas também integram a exposição, entre eles as estruturas de repressão, o desrespeito aos direitos indígenas, a articulação das mulheres na luta pela anistia e as políticas de reparação. A exposição reúne obras inéditas de oito artistas, que comporão o acervo do Memorial.

A iniciativa, proposta pela Reitoria em conjunto com a Comissão da Anistia, “é uma demonstração de dever cívico e compromisso institucional da UFMG, que neste ano completa nove décadas de existência”, destaca a vice-reitora Sandra Goulart Almeida, para quem “é preciso recusar o esquecimento e a cegueira que tendem a recair sobre os fatos históricos e cotidianos”.

Sandra Goulart Almeida comenta que a exposição se propõe a relembrar e reviver momentos marcantes e traumáticos da história nacional, como o golpe de 1964, o estado de exceção vivido pelo povo brasileiro, a anistia que se seguiu e a longa construção do processo de reparação da justiça.

A prorrogação das visitações, segundo ela, tem o intuito de ampliar o alcance da mostra, “para que ela possa cumprir, assim, o papel para o qual foi concebida: não deixar que nos esqueçamos jamais”.

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Exposição reúne obras inéditas de oito artistas. Foto: Lucas Braga/UFMG

Momentos

A montagem da exposição no Centro Cultural da UFMG teve lançamento oficial em 28 de junho, quando foram homenageados membros da comunidade universitária que tiveram suas histórias marcadas pela ditadura, entre os quais está o servidor aposentado Irani Campos, que, na cerimônia de inauguração, lembrou ser este “um bom momento para lembrar que é preciso fortalecer uma luta que ainda não acabou. Temos de continuar lutando pela liberdade e pela democracia”.

Volta às aulas

Um dos motivos para a prorrogação, por mais um mês, do período de visitação à exposição é dar condições às escolas de mobilizar grupos de alunos, como já fez a Escola Municipal Herbert José de Souza (Betinho), que levou alunos da educação de jovens e adultos (EJA) na faixa etária de 16 a 55 anos, e a Escola Estadual Olegário Maciel. Ambas de Belo Horizonte.

De acordo com a socióloga Silvana Coser, uma das coordenadoras da mostra, os estudantes têm sido estimulados por documentos e imagens aliados à imersão em ambiente enriquecido por recursos audiovisuais. “A exposição explora os sentidos e revela que fatos políticos e culturais estão entremeados. Os visitantes entram em contato com a história do Brasil de uma forma diferente”, diz a assessoria do gabinete para o Projeto Memorial da Anistia Política do Brasil. Silvana Coser divide a coordenação da exposição com a professora Leda Martins, diretora de Ação Cultural da UFMG.

O agendamento de escolas deve ser feito pelo telefone (31) 3409-8290, em horário comercial. A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 13h.

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