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Nº 1824 - Ano 39
10.6.2013

Longe, mas presente

Oferta de cursos na modalidade a distância cresceu mais de 300% em cinco anos

Da redação do Caed

Josiane Fonseca, moradora do município de Formiga, é professora há 12 anos. Desde 2011, também é pedagoga, formada pela UFMG, pela graduação a distância. Com a rotina de professora do ensino fundamental e dona de casa, conta que não teria conseguido fazer o curso se não fosse nessas condições. “Foi a realização de um sonho antigo e ainda com a vantagem de ser na UFMG, que tem um ensino excelente”, afirma.

A poucos meses de concluir o curso, ela obteve o primeiro retorno de sua nova formação: foi uma das 17 aprovadas em concurso para pedagogos. Hoje, trabalhando na escola municipal Arlindo de Melo, onde divide seu tempo entre a sala de aula e as orientações pedagógicas, Josiane cursa pós-graduação em Teorias e Práticas da Educação, também a distância, pela Universidade Federal de Alfenas.

Histórias como a de Josiane têm se tornado frequentes nos últimos anos na Universidade, especialmente a partir de 2007, quando a educação a distância (EaD) passa a receber atenção especial. Fernando Fidalgo, diretor do Centro de Apoio à Educação a Distância (Caed) desde 2010, destaca a ampliação da infraestrutura física e do quadro de pessoal, além da expansão dos serviços oferecidos pelo órgão, que criou novos setores, como a Editora Caed. Responsável por administrar, coordenar e assessorar o desenvolvimento de cursos de graduação, pós-graduação e extensão oferecidos pela UFMG na modalidade a distância, o centro, que era uma unidade administrativa vinculada ao Gabinete da Reitoria, passou a ser considerado uma unidade gestora, ligada à Pró-reitoria de Graduação.

A professora Simone Tófani, do Departamento de Química e coordenadora da licenciatura na modalidade a distância, presenciou essa transformação. “A evolução foi muito grande. A organização ficou melhor, e o Caed, mais institucionalizado. A criação da editora facilitou muito a criação dos livros”, avalia.

Universidade Aberta

Outro aspecto a destacar é o aumento da oferta de cursos desde 2008, quando a UFMG aderiu à Universidade Aberta do Brasil (UAB), programa do Ministério da Educação lançado em 2005 com o objetivo de ampliar o acesso à educação superior por meio de recursos a distância. Dos oito cursos ministrados em dez cidades, no primeiro ano de implantação do sistema, a Universidade chega a 115 cursos iniciados ou em andamento em 26 cidades, em 2013, crescimento superior a 300%.

A UFMG mantém parcerias com a UAB e com a Rede Nacional de Formação Continuada (Renafor), vinculada ao MEC, que lhe possibilitam oferecer, em 33 municípios, cinco cursos de graduação, quatro de especialização, nove de aperfeiçoamento e dois de atualização.

Para Wagner Corradi, coordenador da UAB na UFMG e professor do Departamento de Física, a avaliação do programa na Universidade tem sido muito positiva, e parte desse sucesso se deve às gestões anteriores do Caed, comandadas pelas professoras Ione de Oliveira e Maria do Carmo Vila, responsáveis pela estruturação do órgão e por estabelecimento de parcerias com prefeituras para instalação dos polos.

Para além das aulas

As atribuições do Caed/UFMG compreendem ainda o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre educação a distância e a promoção da articulação entre a UFMG e os polos de apoio presencial. Para cumpri-las, duas iniciativas foram propostas pelo Centro: a realização do Seminário Internacional de Educação a Distância, que este ano chega à quinta edição, e o programa de extensão Aproxime-se. O seminário reunirá pesquisadores de renome nacional e internacional e promoverá palestras, mesas-redondas e apresentações de trabalhos. O evento acontece de 2 a 4 de setembro, no campus Pampulha.

Já o programa Aproxime-se, iniciado em março, foi proposto com o objetivo de preencher lacuna relacionada a atividades de extensão voltadas para a EaD e direcionar esforços para que os polos de apoio presencial se constituam em espaços de construção do saber e divulgação da ciência e da tecnologia.

As ações, promovidas nos próprios polos, trabalharão temas como cidadania, valorização de saberes locais, novas tecnologias e relação entre ficção e realidade. Por ora, dez cidades serão contempladas: Araçuaí, Buritis, Campos Gerais, Conselheiro Lafaiete, Corinto, Formiga, Frutal, Governador Valadares, Montes Claros e Teófilo Otoni.

EaD em números

5 cursos de graduação

5 cursos de especialização

10 cursos de aperfeiçoamento

4 cursos de atualização

Polos em 33 municípios mineiros

20.057 vagas ofertadas

11.408 alunos em formação

4.370 alunos formados