Uma das vítimas é o cacique Nailton Muniz Pataxó, titulado como doutor Notório Saber pela Universidade

Vítimas do ataque no Sul da Bahia têm estreitas ligações com a UFMG. Na foto, o cacique Nailton Muniz Pataxó. Foto: Teia dos Povos

Em nota à comunidade, a UFMG manifestou indignação com o ataque sofrido pelos indígenas Pataxó Hã-Hã-Hãe, no Sul da Bahia. No comunicado, assinado pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida, a Universidade também expressou sua solidariedade com o cacique Nailton Muniz Pataxó, a quem concedeu, em outubro de 2022, o título de doutor por Notório Saber, e aos seus estudantes indígenas pertencentes à mesma etnia. A ação de fazendeiros terminou com a morte da irmã de Nailton, Maria de Fátima Muniz, conhecida como a Pajé Nega Pataxó. Ela chegou sem vida à unidade básica de saúde da cidade de Potiraguá.

“Expressamos nossa preocupação com a gravíssima situação de violência contra os indígenas Pataxó Hã-Hã-Hãe, que tem se intensificado nos últimos meses. São preocupantes as notícias de que os ataques foram organizados, por meio de mídias sociais digitais, por pessoas e entidades que não apenas desrespeitam continuamente o direito das comunidades indígenas, mas também propagam violência e destruição contra esses povos” diz a nota.

Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, o cacique foi atingido no rim e atendido no Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga. Lideranças de entidades em defesa da causa indígena informaram que ele está estável após cirurgia. Nailton vive na terra Caramuru Paraguassu (BA), em Potiraguá, onde luta pela recuperação dos territórios de onde seus parentes foram expropriados por fazendeiros, além de trabalhar na formação de lideranças políticas do povo Pataxó Hã Hã Hãe.

Leia a íntegra do comunicado em formato PDF.

[Com informações do Portal UFMG e de O Tempo]