Criação da Casa de Cinema Inês Teixeira

O cinema, sobretudo o nacional, deve ser percebido como prática cultural e espaço de encontro, capaz de, sobretudo dentro das escolas, fomentar o diálogo e a articulação – fundamentais para o exercício da cidadania.

A Lei Federal 13.006, de 2014, determina a exibição de 2 horas de filmes brasileiros por mês nas escolas da Educação Básica. Além disso, a produção e fruição de imagens atravessam de forma transversal toda a Base Nacional Curricular Comum (BNCC) e estão contempladas na Política Nacional da Educação Digital (Lei 14.533) de 2023.

Para que o contato as produções cinematográficas ocorra de forma transdisciplinar e em conexão com as histórias e culturas das comunidades escolares, propõem-se, a partir da estruturação da Casa de Cinema Inês Teixeira, uma agenda regular de exibição e debate de filmes na Faculdade de Educação da UFMG.

Valor: R$ 50.000,00 (GND 3) + R$ 250.000,00 (GND 4) = R$ 300.000,00

Coordenação: Prof.ª Clarisse Maria Castro de Alvarenga – Escola de Belas Artes/UFMG


 

Liberdade e cidadania

Relevância: O projeto tem potencial de impactar os índices de alfabetização e letramento de escolas públicas de Belo Horizonte e região, revertendo déficits adquiridos ou agravados pelo período de ensino remoto que ocorreu na pandemia de covid-19. O projeto também pode ter claros impactos na transformação da vida dos(as) estudantes e, consequentemente, na transformação da realidade social.

Abrangência: Estudantes do ensino fundamental de escolas públicas da região metropolitana de Belo Horizonte.

Valor: 231.450,00 (GND3) + 58.800,00 (GND4) = R$ 290.250,00

Visibilidade: A execução do projeto pode auxiliar no embasamento de cursos de formação para professores alfabetizadores na rede de ensino público e na construção de diretrizes mais claras para alfabetização e letramento no Brasil. As diretrizes atuais estão muito aquém das diretrizes de países do mundo e até mesmo da América Latina. Além disso, melhorar a alfabetização contribui para o aumento do IDEB de escolas, o que assegura às escolas acesso a mais verbas, que serão revertidas para uma maior qualidade do ensino.

Coordenação: Prof.ª Viviane Verdu Rico – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas/UFMG


 

Formação política para lideranças e pré-candidatas/os negras e negros

Desde 2014, quando o TSE passou a determinar que dados sobre cor/raça fossem incluídos nas fichas de candidaturas, foi possível dimensionar a sub-representação negra na política. Para as eleições de 2022, duas alterações na legislação prometiam diminuir a sub-representação negra e feminina: 1) a proposta de divisão proporcional de recursos do Fundo Especial de Financiamento de campanha (FEFC); e 2) a Emenda Constitucional 111, que determina que os votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros sejam contados em dobro para fins de distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e do FEFC. Entretanto, seus efeitos ficaram aquém do esperado pela dificuldade dos partidos em recrutar candidaturas negras competitivas e pela pouca experiência política das candidaturas negras que se apresentaram ao pleito. O objetivo deste curso é oferecer aos partidos a oportunidade de formar politicamente candidaturas negras eleitoralmente competitivas e preparar pré-candidatos a desenvolverem campanhas políticas bem-sucedidas.

Público-alvo: Lideranças políticas negras interessadas em concorrer a cargos eletivos e pré-candidatas negras e negros para os cargos de vereança e prefeitura nas eleições de 2024.

Valor: 279.920,00 (GND 3) + 20.000,00 (GND 4) = R$ 299.920,00

Visibilidade: ampliar cooperação junto a lideranças negras influentes e bastante territorializadas em diferentes regiões de Minas Gerais; ajudar legendas partidárias a acessar mais recursos do FEFC e do fundo partidário; construção de redes de colaboração com os futuros mandatos de vereadores/as e prefeitos/as eleitos com a ajuda dos debates discutidos no curso e se fortalecer politicamente no cenário estadual.

Coordenação: Prof.º Cristiano Rodrigues – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas/UFMG


 

Memorial Angelo Machado

Angelo Machado, professor emérito do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, debruçou-se sobre o estudo das libélulas, tendo descrito inúmeras espécies. Dedicou-se, também, à conservação ambiental, atuando em diversas entidades (como a Fundação Biodiversitas), e à publicação de livros de divulgação científica para o público infanto-juvenil, atividade esta que lhe rendeu os prêmios Jabuti de literatura infantil (1993) e o de melhor texto de teatro infantil / SESC-SATED (1996).

Angelo Machado doou, em 2015, para a UFMG o seu acervo científico privado e transferido ao Centro de Coleções Taxonômicas. Trata-se da maior coleção de libélulas da América do Sul, com mais de 35 mil amostras e 1050 espécies identificadas.

A transferência desse acervo para o Instituto de Ciências Biológicas requer uma infraestrutura adequada, solicitada neste projeto, incluindo uma sala climatizada, armários entomológicos e serviço de digitalização dos dados associados às amostras para estudo pela comunidade científica. A história de vida do professor, cientista e escritor mineiro Angelo Machado precisa ser imortalizada, o que pretendemos fazer através do memorial.

Valor: 69.041,00 (GND 3) + 91.723,00 (GND 4) = R$ 160.764,00

Coordenação: Profº. João Renato Stehmann (Coord.)/ Profº. Fernando Amaral Silveira / Biólogo – Instituto de Ciências Biológicas/UFMG


 

Águas em movimento: Rio Jequitinhonha, memórias e infâncias em Coronel Murta e Itaobim

Relevância: realizar de três a cinco mini-documentários audiovisuais, para circulação nas comunidades do Vale do Jequitinhonha e no estado de Minas Gerais. Para isso, vamos fazer uma escuta ampla e profunda das memórias dos lugares com o rio Jequitinhonha, memórias que possuem diferentes ordens (recentes ou antigas) e que constroem sentido para a comunidade. Além disso, registrar e inventariar as infâncias atuais e do passado que correm junto ao rio, nas vivências de crianças de agora, como brinquedos e brincadeiras, a forma como essa infância se relaciona com as águas, evidenciando como o rio Jequitinhonha está vivo no cotidiano e imaginário dessas pessoas.

Abrangência: Integrantes (crianças e adultos) das comunidades de Ouro Fino, Mutuca e Barra de Salinas da cidade de Coronel Murta e da comunidade do São João e São Roque em Itaobim.

Valor: 300.000,00 (GND 3)+ 150.000,00 (GND 4) = R$ 450.000,00

Coordenação: Profº. Carlos Henrique Rezende Falci e prof.ª Alessandra Rosado – Escola de Belas Artes/UFMG