O Departamento de História da UFMG realizou, nos dias 30 e 31 de outubro de 2012, o evento “Ensino de história, arte e cultura africanas e afro-brasileiras”, que contou com a participação de estudantes da UFMG, professores universitários e dos ensinos fundamental e médio. A atividade, organizada pelas professoras Miram Hermeto e Vanicléia Silva Santos, promoveu um debate entre professores da área de prática de ensino de história e duas artistas plásticas, uma brasileira e outra nigeriana, que trabalham com arte negra.
No primeiro dia do evento, a artista plástica e doutoranda em Artes pela Unesp, Renata Felinto, o professor Pablo Lima, da FaE/UFMG, e a artista nigeriana Folashade Ogunlade discutiram o tema “Das leis às práticas: africanidade e cultura visual na educação escolar”, em mesa-redonda coordenada pela professora Vanicléia Silva Santos.
No dia seguinte, a mesa-redonda “A estética africana e afro-brasileira e o ensino de história” reuniu os mesmos participantes da mesa anterior, além do professor Luiz Arnaut, do Departamento de História
Durante o evento, também foi realizada a oficina de artes visuais “Marcas da africanidade”, ministrada pela artista plástica Renata Felinto.
PERFIS DAS ARTISTAS PLÁSTICAS:
Renata Felinto nasceu em São Paulo, Brasil. É bacharel e licenciada em Artes Plásticas e mestre e doutoranda pelo Instituto de Artes da UNESP. Desenvolve pesquisa acerca da produção em artes visuais de negros e mestiços brasileiros e o pensamento estético crítico acerca da história deste segmento populacional. Atua como artista plástica, fotógrafa, pesquisadora e educadora a partir de sua empresa Cubo Preto Ensino de Arte e Cultura, por meio da qual vem desenvolvendo cursos, palestras e exposições que objetivam dar visibilidade à produção de artistas afrodescendentes”.
Folashade Ogunlade nasceu no estado de Kaduna, na Nigéria. Graduou-se no Departamento de artes plásticas e artes aplicadas em Ladoke Akintola University of Technology, Estado de Oyo. Sua prática artística e experiência foram multiplicando depois de sua familiaridade com o famoso nigeriano aquarelista Sam Ovraiti, com quem trabalhou por alguns anos e fez residência artística no Bruce Onobrakpeya Foundation, Estado do Delta. Folashafe aprendeu com alguns grandes mestres da arte nigeriana, como Kolade Oshinowo, Adejumo Olusegun, Ajayi Olu e Bruce Onabrakpeya. Ela já participou de exposições de arte e festivais em algumas partes da África, os quais incluem Abuja e Lagos (Nigéria), Yaoundé (Cameroun) e Lomé (Togo).