No dia 22 de setembro, quinta – feira, acontecerá a próxima Série de Estudos Indianos, das 14h30 às 19h00, no Auditório 4 da FACE da UFMG. 

Esse evento é promovido pelo Centros de Indianos (CEI) da DRI / UFMG, e o tema geral a ser debatido será “ Brasil – Índia: alternativas para um desenvolvimento emancipatório”.
Inicialmente haverá um Grupo de Discussão, das 14h30 às 16h30. Esse grupo será conduzido pelo professor Roberto Luís Monte-Mór (FACE / Cedeplar), coordenador do Centro de Estudos Indianos (CEI) da UFMG, juntamente com o aluno de doutorado Jakob Span (FACE).
No Grupo de discussão serão discutidos os temas da descolonização na América Latina e do pós-colonialismo na Índia, que são temas atuais sobre os quais busca-se um certo paralelismo e discussão das suas implicações contemporâneas para a relação Brasil – Índia.
Das 17h00 às 19h00, a programação continua com a palestra do Prof. Carlos Walter (UFF) intitulada como “Descolonizando o pensamento desde a América Latina/Abya Yala/Caribe: uma perspectiva”.

O Prof. Carlos Walter possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1972), mestrado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985) e doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal Fluminense e Coordenador do LEMTO – Laboratório de Estudos de Movimentos Sociais e Territorialidades. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Social, atuando principalmente nos seguintes temas: Geografia dos Conflitos Sociais, Geografia e Movimentos Sociais, Justiça Territorial e Ecologia Política.

Na palestra, o professor pretende discorrer sobre a ideia de que há uma geopolítica do conhecimento que acompanha a constituição do sistema mundo capitalista moderno-colonial patriarcal. Assim, há um padrão de poder/saber (Anibal Quijano) que habitamos/que nos habita. Essa geopolítica do conhecimento invisibiliza/inviabiliza saberes/práticas de lugares/regiões-povos/etnias/classes ao mesmo tempo em que coloniza o mundo com sua episteme coloca toda a humanidade (em sua diversidade) em risco e, com isso, a vida em sentido forte. Vivemos um momento de perguntas fortes e respostas débeis, o que nos convida a busca outros horizontes de sentido para a vida”.