DADOS TÉCNICOS:

Responsável(s):

Maria Aparecida Moura – CPINFO, Belo Horizonte, Brasil.

Data e local: Belo Horizonte, sexta-feira, 03 de maio de 2013

Contato: colaboratorio@ufmg.br

Realização e disponibilização online:
Maria Aparecida Moura (CPINFO/UFMG)

Camila Mantovani (CPINFO/UFMG)

Débora Mini (CPINFO/UFMG)

Flávia Brandão (CPINFO/UFMG)

Robson Paulo Santos (CPINFO/UFMG)

Rubia  da  Fonseca Duarte (CPINFO/UFMG)

Helton Santos (Núcleo WEB/CEDECOM/UFMG)

Tema(s): Memória , patrimônio material, patrimônio imaterial

Idioma(s): português

APRESENTAÇÃO

Na série Saberes Plurais, artesãos, lideranças comunitárias e cidadãos comuns refletem sobre  a  sua trajetória , visões de mundo, valores, ética, projetos sociais, processo de criação e referências.

Tempo:01:00″

Biografia

Mestra Dona Izabel começou a brincar com o barro muito cedo. Menina ainda, ao lado de sua mãe e de sua avó, que fazia vasilhas. A falta de brinquedos e, principalmente, de bonecas, que eram seu sonho de menina, foi grande motivadora para que ela começasse, tão cedo, sua vida de artesã e artista do barro.

Após o sucesso dos presépios e de suas peças tão bem acabadas e criativas, Dona Izabel começou a fazer as bonecas. Pensava e fazia. Foi aumentando o tamanho, foi experimentando outros tons de barro para enfeitá-las. Foi criando penteados, cor de pele, olhos: azuis, castanhos e negros; vestidos, crianças nos braços, no peito; noivas e noivos. Aos poucos, suas bonecas saíram do Vale e foram habitar outras terras. As mulheres do Vale foram morar “no estrangeiro”, em outros estados e cidades.

Mestra Dona Izabel dividiu sua sabedoria. Ensinou seus filhos a arte do barro. Ensinou e incentivou sua comunidade a transformar o barro em peças. Estimulou as artesãs de Santana do Araçuaí a fundar a Associação dos Artesãos. Hoje, em torno de 38 artesãos vivem do artesanato. Consideram e têm Dona Izabel como a grande mestra que ensinou, incentivou e mostrou um caminho.

Hoje, com 88 anos, ainda trabalha. Em seu ateliê, nos fundos da casa, ao lado de seu forno, estão seus equipamentos de trabalho. Faquinhas e colheres velhas, sabugo de milho, pauzinhos, pequenos quadrados de taboas, tintas de barro (oleio). Continua, agora lentamente, a dar forma ao barro. Transformando-o em personagens, homens e mulheres do Vale do Jequitinhonha.

*Trecho extraído do texto, “Dona Izabel Mendes da Cunha – Mestra Izabel”, de Terezinha Maria Furiati, Produtora Cultural.


 

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