DADOS TÉCNICOS:

Responsável(s):

Maria Aparecida Moura – CPINFO, Belo Horizonte, Brasil.

Data e local: Belo Horizonte, segunda-feira, 07 de novembro de 2012.

Contato: cpinfo@ufmg.br

Realização e disponibilização online:
Maria Aparecida Moura (CPINFO/UFMG)
Débora Bretz  (CPINFO/UFMG)
Filipe Medeiros  (CPINFO/UFMG)
Helton Santos (Núcleo WEB/CEDECOM/UFMG)

Tema(s): Teatro -monólogo, João do Rio, Quarta Doze e Trinta

Idioma(s): português

APRESENTAÇÃO

O monólogo interpretado por Marcus Alvisi e dirigido por Ney Matogrosso mostra a literatura através do teatro e busca encontrar o ponto de equilíbrio entre as palavras impressas e as palavras cênicas.  Trata-se da adaptação para o palco de dois contos do escritor carioca João do Rio, assinada pelo próprio intérprete. O primeiro, ‘Dentro da Noite’,  dá título ao trabalho. O segundo é ‘O Bebê de Tarlatana Rosa’. Em ‘Dentro da Noite’, Rodolfo conta uma história de sadismo ao seu amigo Justino, dentro de um trem, no subúrbio carioca. No segundo, Heitor, numa biblioteca, narra uma história de carnaval absolutamente desconcertante.

Um excelente ator e  um diretor que dispensa apresentações fazem de ‘Dentro da Noite’ um grande espetáculo teatral.

Marcus Alvisi(1954) – Ator
Biografia
Marcus Aurélio de Souza Alvisi (Volta Redonda RJ 1954). Diretor. Destaca-se na direção de comédias, trabalhando seguidamente com o ator Diogo Vilela, com quem monta o monólogo de Nikolai Gogol Diário de Um Louco.
Forma-se em interpretação, 1973, e em direção teatral, 1988, na Universidade do Rio de Janeiro, Uni-Rio. Seu primeiro trabalho profissional, Solidão, a Comédia, de Vicente Pereira, protagonizado por Diogo Vilela, 1991, recebe os prêmios Apetesp e Shell de melhor espetáculo. Em 1992, encena Colombo, de Michel de Ghelderode, com Rubens Corrêa no papel principal e, em 1994, Navalha na Carne, de Plínio Marcos, com Diogo Vilela e Louise Cardoso – em que amplia, na cenografia e na interpretação, as dimensões física e estilística do universo intimista do texto, com resultados próximos à caricatura. Ainda em 1994, dirige Não Se Fuma em Cingapura, de Vicente Pereira, um dos esquetes da coletânea 5 X Comédia. Em 1996, assina O Pedido de Casamento, de Anton Tchekhov. Em 1997, novamente protagonizado por Diogo Vilela, Diário de Um Louco, de Nikolai Gogol, recebe os prêmios Shell e Mambembe de melhor espetáculo. O crítico Macksen Luiz, considerando que o diretor demonstra “sensibilidade afinada” com o texto, observa que ele realiza uma encenação pautada sobre a articulação da emoção: “A encenação parece propositalmente menos densa, numa aparente tentativa de buscar a humanidade da personagem nas suas oscilações emocionais. O diretor não se intimida ao tentar até alguns toques de humor e ensaia, ainda que timidamente, se desprender do realismo. (…) Os dois momentos da personagem – a dissociação da realidade e o confinamento no manicômio – estão bem marcados pelo diretor, que consegue aproveitar a pausa (inclusive para a mudança do cenário) para criar um belo impacto cênico para registrar a transformação do tempo. A iluminação de Marcus Alvisi também marca com desenho detalhista as passagens de tempo (…)”. (1)
Também em 1997, encena La Ronde, de Arthur Schnitzler; Vermelhos Balões Vermelhos, de Eduardo Pavilovsky, e Sangue e Laquê, de Marcelo Bruno. Seguem-se Um Caso de Vida ou Morte – Em Algum Lugar Dentro Deste Vasto Mundo, de Woody Allen, e Boom!, de Luiz Carlos Góes, 1999. Em 2001, monta Tudo no Escuro, de Peter Shaffer; Hamlet, de William Shakespeare, e Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues. Na encenação do texto de Peter Shaffer revela seu conhecimento do tempo cômico, segundo o crítico Macksen Luiz: “A montagem de Marcus Alvisi alcança a fluência para que o vaudeville se concretize cenicamente. A direção se mostra sintonizada com o espírito da comédia, encontrando ritmo que permite que as pausas para o riso (fundamentais num texto de ação e humor) sejam devidamente absorvidas pela platéia. O fôlego do texto é mantido com a administração do tempo da comédia por Marcus Alvisi, que realiza uma boa tradução do humor da peça para o elenco”.(2)
Em 2002, dirige, adapta e interpreta Dentro da Noite, de João do Rio.

Notas
1. LUIZ, Macksen. A grandeza humana numa pequena jóia literária. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 13 set. 1997.
2. LUIZ, Macksen. Desencontros e correrias que divertem. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 18 jan. 2001.

Fonte:  http://www.itaucultural.org.br

 

Ney Matogrosso (1941) – Diretor

Biografia

Ney de Souza Pereira nasceu em 1º de agosto de 1941 na pequena cidade de Bela Vista, no Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai. Desde cedo demonstrou vocação artística: cantava, pintava, interpretava.Ainda pequeno, escolheu o caminho do questionamento das reticências do mundo adulto, inconformando-se com seus preconceitos e incoerências.Teve a infância e a adolescência marcadas pela solidão, em parte voluntária – gostava de passar horas seguidas no mato, acompanhado somente por seus cachorros – e por outra parte forçada, pelas constantes mudanças da família, decorrentes das transferências de seu pai militar.
Até completar 17 anos, sua família morou, além de Bela Vista, no Recife, em Salvador, no Rio de Janeiro e em Campo Grande. Quando deixou a casa da família para entrar na Aeronáutica, Ney ainda não fazia idéia do que faria de sua vida. Gostava de teatro e cantava esporadicamente, mas acabou indo trabalhar no laboratório de anatomia patológica do Hospital de Base de Brasília, a convite do primo. Tempos depois, passou a fazer recreação com crianças.
Nessa época, foi convidado para participar de um festival universitário e chegou a formar um quarteto vocal, sob protestos da professora de canto e apesar do regente do coral do qual fazia parte elogiar sua voz especial.
Depois do festival, fez de tudo um pouco, até atuou em um programa de televisão. Também concentrou suas atenções no teatro, decidido a ser ator. Atrás deste sonho, ele desembarcou no Rio de Janeiro em 1966, onde passou a viver da confecção e venda de peças de artesanato em couro. Ney adotou completamente a filosofia de vida hippie.
Neste período, viveu entre o Rio, São Paulo e Brasília, até conhecer João Ricardo, através da grande amiga Luli, que mais tarde tornou-se compositora de alguns de seus maiores sucessos. João procurava um cantor de voz aguda para um conjunto musical. e convidou Ney para ser o cantor do grupo. Ele mudou-se para São Paulo, de encontro a um ano de exaustivos ensaios, que entremeou com a participação em espetáculos teatrais e o artesanato. Começou a se revelar, então, Ney Matogrosso. O nome artístico, ele resgatou na própria família: seu pai tinha Matogrosso no sobrenome.

Fonte: http://www2.uol.com.br/neymatogrosso/trajet01.html

João do Rio (1881 – 1921) ( Autor)

Biografia

João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto (Rio de Janeiro RJ 1881 -idem 1921). Cronista, contista, dramaturgo, jornalista. Filho do matemático positivista Alfredo Coelho Barreto e da dona-de-casa Florência Cristóvão dos Santos Barreto. Inicia a carreira no jornalismo em 1899, e colabora, entre 1900 e 1903, em publicações como O Paiz, O Dia, Correio Mercantil, entre outros, com diferentes pseudônimos. Na Gazeta de Notícias, assina pela primeira vez, em 26 de novembro de 1903, um artigo, O Brasil Lê, com o pseudônimo com o qual se torna conhecido, João do Rio. Mulato, assume uma posição de dândi embranquecido nos meios literários, o que provoca séria polêmica com Lima Barreto (1881 – 1922), também mulato, mas de comportamento ‘engajado’, que o retrata de modo caricato no romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha no personagem Raul de Gusmão. João do Rio estréia na literatura em 1904, com o livro As Religiões do Rio, uma coletânea de reportagens publicadas na Gazeta de Notícias. É eleito para a cadeira número 26 da Academia Brasileira de Letras – ABL, em 1910. Como um flâneur, ele observa as transformações do Rio de Janeiro de então. Na introdução de A Alma Encantadora das Ruas, diz: “Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem”. É essa síntese que alimenta sua obra, fundindo a reportagem e a crônica num gênero único e pouco comum, inventando a imagem do Rio de Janeiro da belle époque. Morre em 1921, de enfarte do miocárdio.

Fonte: http://www.itaucultural.org.br

 

Tempo: 19:47

Sumário

00:25  Importância dos textos de João do Rio
03:54  Direção de Ney Matogrosso
06:23  Parceria artística
11:24  Desafios de direção e criação
15:23  Trabalho de direção
16.:30  João Do Rio

 

Parceria:

Projeto “Quarta Doze e Trinta”

Projeto permanente, realizado semanalmente no auditório da Reitoria da UFMG e na Praça de Serviços, nos meses de março a junho e de agosto a dezembro.
É um programa de entretenimento e de cultura destinado à toda Comunidade Universitária, com apresentações de teatro, música e dança, muitas vezes com pessoas e/ou grupos da própria Universidade.

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One Response to “Entrevista Marcus Alvisi e Ney Matogrosso”

  1. ufmgtube

    09. abr, 2013

    Prezado,
    A entrevista já está disponível.

    Reply to this comment

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