Intervenções do Campus Cultural UFMG em Tiradentes revela as memórias dos moradores da cidade

Intervenções do Campus Cultural UFMG em Tiradentes revela as memórias dos moradores da cidade

De 7 a 14 de dezembro, a cidade de Tiradentes abriga uma série de intervenções que contam um pouco da memória dos habitantes locais. Resultado do projeto de pesquisa “Lugares Imaginários de Memória”, caixas de som temáticas e postais serão espalhados por cinco bairros da periferia, contando a vida da cidade na voz de seus moradores. Na sexta-feira (7), às 20h, também será inaugurada uma exposição de fotografias no Sobrado Quatro Cantos.

O projeto foi desenvolvido durante cinco meses – entre agosto e dezembro deste ano -, sob a coordenação do professor da Escola de Belas Artes, Carlos Henrique Falci, por meio do Programa Professor Residente no Campus Cultural UFMG em Tiradentes. O objetivo era investigar de que forma as memórias dos moradores da cidade mostram como a comunidade se relaciona com o seu espaço urbano atual, o qual sofreu modificações intensas na passagem do século XX para o XXI. Para isso, entrevistaram moradores de alguns dos bairros mais afastados do centro: Pacu, Mococa, Alto da Torre, Cuiabá, Várzea de Baixo e Cascalho, mesmos locais onde acontecem as intervenções.

Segundo Falci, a cidade experimentou um crescimento intenso da sua atividade turística a partir da década de 80, com modificações profundas na estrutura de ocupação de seus espaços, principalmente na região central. Em função da especulação mobiliária, os moradores mais antigos migraram para a periferia da cidade, onde há menos equipamentos públicos e uma atenção menor em termos de serviços públicos.

Enquanto alguns são relativamente novos, como o Alto da Torre e a Mococa, outros espaços já existem desde a década de 60, quando a cidade ainda não havia experimentado uma mudança mais radical na configuração do centro histórico. “Interessou-nos, desde o princípio, compreender como as pessoas que estão fora do centro vivem dentro dos seus bairros e convivem com a parte histórica da cidade; a partir das suas lembranças, sejam elas mais atuais ou mais antigas”, explica o professor.

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