Exposição “Frei Vellozo, cientista e editor” inaugura nesta quinta-feira em Tiradentes

O Museu Casa Padre Toledo, do Campus Cultural UFMG em Tiradentes, inaugura nesta quinta-feira, 28, a exposição Frei Vellozo, cientista e editor, que traz à luz um pouco da memória e da obra deste pioneiro da ciência brasileira, em homenagem a sua cidade natal no ano em que se comemora os 300 anos de Tiradentes. A mostra será aberta dentro da programação do 2º Festival de Artes & Tradições de Tiradentes e permanece até dezembro no museu.

Frei Vellozo, cientista e editor é um desdobramento do projeto da pesquisadora Maria das Graças Lins Brandão, iniciado em 2017, no âmbito do Programa Professor Residente em Tiradentes. A professora da UFMG realizou uma revisão minuciosa da obra Flora Fluminensis, escrita no século 18 pelo Frei, e considerada a primeira obra de botânica do país.

A partir do trabalho de recuperação de dados e imagens das quase duas mil espécies vegetais registradas na obra, Maria das Graças identificou 371 plantas úteis e medicinais, cujas informações, atualizadas e organizadas, serão reunidas em livro. O projeto ainda gerou atividades de divulgação científica nas escolas das redes municipal e estadual da região.

Frei Vellozo
Nascido na antiga Vila de São José, atual Tiradentes, o frei José Mariano da Conceição Vellozo (1742-1811) foi um dos mais importantes cientistas de sua época. Como naturalista autodidata, chefiou expedições botânicas entre 1783 e 1790, a pedido do Vice-Rei do Brasil, Dom Luís de Vasconcelos. Ao longo de oito anos, Frei Vellozo e sua equipe realizaram um extenso levantamento da flora da Capitania do Rio de Janeiro e de partes de São Paulo. O trabalho resultou em sua obra monumental, Flora Fluminensis, que traz a descrição de 1.639 espécies de plantas, publicada após a sua morte.

Entre 1790 e 1809, Frei Vellozo viveu em Lisboa, onde se associou a vários empreendimentos editoriais e foi diretor da Tipografia do Arco do Cego (1799-1801). Como editor, dedicou-se à difusão da literatura científica de seu tempo, especialmente em sua vertente aplicada.
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SERVIÇO
Exposição Frei Vellozo, cientista e editor
Abertura: 28 de julho de 2018
Local: Rua Padre Toledo, 190 – Centro – Tiradentes /MG
Horário de visitação: de terça a sexta, de 10h às 17h; sábado, de 10h às 16h30; domingo, de 9h às 15h (com fechamento da bilheteria sempre 30 minutos antes)

Seminário discute vida e obra de Frei Vellozo, primeiro botânico brasileiro

76fa606655217a16750b4bcfdd678cab_15289928052022_40989902Pesquisadores da UFMG e da Universidade Federal de São João del Rey (UFSJ) vão abordar a vida e a obra do frei Mariano da Conceição Vellozo (1742-1811), no próximo dia 29, em seminário que compõe a programação do 2º Festival de Artes & Tradições de Tiradentes.

Aberto ao público, sem necessidade de inscrição, o Seminário Frei Vellozo: cientista tiradentino do século 18 será realizado das 9h às 12h, no Centro Cultural Sesiminas Yves Alves, em Tiradentes. Na conferência, a professora Maria das Graças Lins Brandão, aposentada da Faculdade de Farmácia da UFMG e professora visitante da UFSJ, apresentará aspectos da sua pesquisa Plantas úteis e medicinais da obra de Frei Vellozo, desenvolvida como professora residente do Campus Cultural Tiradentes da UFMG.

No trabalho, Graça Lins Brandão identificou 371 plantas úteis e medicinais entre as quase duas mil espécies vegetais descritas por Vellozo em Florae Fluminensis, primeira obra de botânica do país.

Com informações da Agência de Notícias da UFMG

Prorrogadas inscrições para o Programa Professor Residente em Tiradentes

Docentes da UFMG – em exercício, aposentados ou eméritos – têm até 6 de julho para se inscreverem no Programa de Professor Residente no Campus Cultural UFMG em Tiradentes. Eles podem apresentar projetos de ensino, pesquisa ou extensão para serem executados na região durante um semestre letivo (agosto a dezembro de 2018). Para realizar a inscrição, o candidato deve preencher formulário e seguir as instruções constantes na Chamada de Seleção 03/2018, disponível em anexo.

O objetivo do programa é ampliar as atividades da Universidade, aprimorando sua atuação junto à comunidade da região de Tiradentes. Por isso, serão considerados os projetos que incluírem, em seu plano de trabalho, atividades de caráter formativo e/ou colaborativo, abertas à participação da comunidade.

Esta é a segunda edição do programa, lançado em 2017. A primeira participante foi a professora Maria das Graças Lins Brandão, da Faculdade de Farmácia. Ela analisou e revisou as quase duas mil espécies vegetais registradas na primeira obra de botânica do país, datada do século 18. Além de mobilizar diversas atividades com professores e alunos das redes públicas da região, o trabalho resultou na identificação de 371 plantas úteis e medicinais, cujas informações serão reunidas em um livro.

Confira a reportagem que o Boletim UFMG fez sobre o assunto.