Circuito Cultural UFMG exibe apresentação virtual do show Cordas Gerais, de Nath Rodrigues

Circuito Cultural UFMG exibe apresentação virtual do show Cordas Gerais, de Nath Rodrigues

A multi-instrumentista, cantora e compositora Nath Rodrigues lança na próxima quarta (29), às 19h, a apresentação virtual de Cordas gerais. O show que já foi apresentado na Argentina, Suíça, Portugal e Itália ganhou uma versão especial para o canal da Diretoria de Ação Cultural da UFMG no YouTube, dentro da série especial do Circuito Cultural UFMG #emcasa. A performance estará disponível em www.youtube.com/culturaufmg. Nath, que também é investigadora das artes cênicas e estudante de Musicoterapia pela UFMG, irá apresentar as canções de seu trabalho autoral em formato solo. Seu primeiro álbum, Fractal, foi lançado em julho de 2019, e conta com participações de Chico César, Luísa Mitre, Vitor Santana e outros nomes da cena musical mineira. O disco foi listado entre os 100 melhores discos da música brasileira no ano de 2019 pela página “Embrulhador”. O currículo da artista inclui, ainda, a participação em coletivos que se conectam à visibilidade das mulheres na cena musical. Um deles é o Coletivo Negras Autoras, grupo de cinco mulheres que mesclam autoria entre teatro e música para (re)criar narrativas sobre a amplitude da mulher negra brasileira. Ela também faz parte do Coletivo Lugar de Mulher, que busca visibilizar mulheres na cadeia musical através de colunas produzidas para rádio e com a produção de webseries.
Circuito Cultural UFMG
O projeto Circuito Cultural UFMG é uma realização da Diretoria de Ação Cultural da UFMG e tem como objetivo potencializar a integração das ações artístico-culturais da universidade. Em função da pandemia, uma programação gratuita, diversificada e de qualidade, será exibida no ambiente digital, promovendo o intercâmbio das expressões culturais locais e regionais com a comunidade artística e acadêmica. Os vídeos foram produzidos pelos próprios artistas, em suas casas, respeitando-se as regras de distanciamento social recomendadas pelos órgãos de saúde. No dia 6 de maio, quem se apresenta pela série é a atriz, cantora, compositora, diretora teatral e poeta, Luísa Bahia.

SERVIÇO
Cordas gerais – Apresentação virtual de Nath Rodrigues
29/04, às 19h
www.youtube.com/culturaufmgNath Rodrigues - Foto Luísa Loes Nath Rodrigues - Foto Luiza Vilarroel

Exposição virtual faz passeio pelas telas da Ópera Tiradentes no Conservatório UFMG

Exposição virtual faz passeio pelas telas da Ópera Tiradentes no Conservatório UFMG

Conjunto de obras instaladas no Conservatório UFMG ganha destaque em mostra comemorativa ao 21 de abril e aos 300 anos de Minas Gerais A Diretoria de Ação Cultural da UFMG (DAC) disponibilizou, em seu canal no YouTube (www.youtube.com/culturaufmg), uma exposição virtual que explora as 14 telas da Ópera
Tiradentes, instaladas desde 1926 na Sala de Recitais do Conservatório UFMG. A iniciativa é uma ação conjunta entre o Conservatório, o Campus Cultural UFMG em Tiradentes e o Acervo Artístico UFMG, geridos pela DAC. Os quadros foram encomendados aos pintores Antônio e Dakir Parreiras na época da inauguração do edifício, e retratam cenas inspiradas na ópera do violinista e compositor Manoel Joaquim de Macedo Júnior (1845-1925). O manuscrito da ópera, preservado na Biblioteca da Escola de Música da UFMG, contém 1192 páginas e narra a história sobre a Inconfidência Mineira, ocorrida entre os anos de 1789 a 1792. Além de permitir o acesso ao conjunto de obras durante esse período de quarentena, o vídeo traz informações sobre as cenas da trama, que acontece em quatro atos: A Aspiração, A Conspiração, A traição e Julgamento e Patíbulo. A exposição revela detalhes sobre as obras, cruzando as imagens com as histórias do libreto e da Inconfidência. O trabalho de pesquisa e elaboração da mostra foi conduzido pela coordenadora do Acervo Artístico UFMG, Ana Panisset, a coordenadora do Campus Cultural UFMG em Tiradentes, Verona Segantini, o diretor do Conservatório UFMG, Fernando Rocha, e a servidora do Conservatório UFMG, Letícia Miranda. História Criado em 1925, o Conservatório Mineiro de Música (atual Conservatório UFMG) foi instalado em 1926 no prédio da avenida Afonso Pena, 1534. Neste contexto, encomendou-se ao artista Antônio Parreiras (1860/1937) uma pintura para decoração do auditório. Com a colaboração de seu filho, Dakir Parreiras (1894/1967), ele executou o conjunto de obras que conhecemos hoje: 13 telas instaladas nas paredes laterais e um painel principal, instalado no palco.
Originalmente, as telas eram fixadas à parede com a técnica de marrouflage, sendo removidas em 1965, com a reforma do prédio do Conservatório. Permaneceram guardadas e enroladas na então Prefeitura da UFMG até o final da década de 70. Sob a orientação do restaurador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Geraldo Francisco Xavier Filho, professores da Escola de Belas Artes da UFMG (EBA) iniciaram o processo de recuperação das pinturas. As obras receberam reentelamento à cera, chassi e moldura e foram novamente expostas na Escola de Música, em 1978. Esse processo de restauração repercutiu na constituição do Curso de Especialização em Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis e, posteriormente, na criação do Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Cecor/EBA), pela professora Beatriz Coelho. As obras retornaram ao Cecor 21 anos depois e o novo trabalho de restauração foi coordenado pela professora Anamaria Neves, envolvendo alunos do XIII Curso de Especialização em Conservação e Restauração da EBA. Em 2009, o conjunto foi registrado pelo projeto “Inventário do Acervo Artístico de Bens Móveis da UFMG” coordenado pelo professor Fabrício Fernandino e pela conservadora-restauradora Moema Nascimento Queiroz.
A ópera Boa parte do que se sabe sobre a Ópera Tiradentes foi levantada pela pesquisadora e professora da Escola de Música da UFMG, Patrícia Valadão. Em seus estudos, ela aponta que a composição de Manoel Joaquim de Macedo foi inspirada no libreto intitulado Tiradentes – Ópera Lyrica em Quatro Atos, do escritor e político Antônio Augusto de Lima (1859-1934). Em 1897, o poeta concluiu o libreto e doou uma cópia para o Arquivo Público Mineiro, do qual foi diretor, sendo também publicada na Revista do Arquivo.  A versão para canto e piano da ópera foi concluída por volta de 1908. Com o desejo de orquestra-lá, Macedo partiu para a Europa em 1909, onde participou da Exposição Universal de Bruxelas e de um concerto em benefício das vítimas das inundações de Paris. Porém, devido a 1ª Guerra Mundial, a falta de recursos e a saúde do musicista, a ópera não pode ser apresentada em sua totalidade e Macedo voltou para o Brasil em 1922. A última
tentativa de apresentação da obra completa ainda em vida, se deu com a proposta de financiamento do então presidente Arthur Bernardes, o que acabou não se efetivando em virtude das condições de saúde do autor.
Em 1926, a viúva de Macedo doou o manuscrito ao Estado como forma de homenagear o compositor. No mesmo ano, trechos da obra foram executados pela Sociedade de Concertos Sinfônicos de Belo Horizonte, sob a regência de Francisco Nunes. No ano seguinte, o manuscrito foi temporariamente emprestado à Rádio Inconfidência para execução em seus programas.
Posteriormente, o manuscrito foi transferido para o Conservatório Mineiro de Música e uma cópia feita na década de 1950. Mas foi apenas em 1986 que o manuscrito foi reencontrado pela então diretora da Escola de Música da UFMG, Sandra Loureiro Reis. A ópera foi montada parcialmente em 1992, para a comemoração dos 200 anos de morte de Tiradentes. Desde então, foi reapresentada em diversos eventos na UFMG.

link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EpX_-GLWcNk
Divulgação Exposição virtual - Sala de Recitais - Conservatório. Foto Foca Lisboa