O Campus Cultural UFMG em Tiradentes recebe, entre 16 de outubro e 12 de dezembro, a exposição O Assombro do Conhecer, que já foi realizada no Espaço do Conhecimento UFMG, entre maio e julho deste ano. A mostra, que é o resultado de estudos de professores de diversas áreas da UFMG, provoca reflexões sobre os processos de construção do conhecimento, abordando as memórias, percepções e a produção dos saberes compartilhados socialmente.

Apresentada no Sobrado Quatro Cantos (Rua Direita, nº 5), a exposição oferece ao público uma espécie de laboratório de experimentação, no qual o visitante é convidado a interagir com vários aspectos da produção do conhecimento, deixando suas impressões e contribuições registradas.

Labirintos e ilusões, inventários e traduções

De acordo com o coordenador do projeto, Bernardo Jefferson, o foco da exposição é o conhecer humano e suas perspectivas sociais, culturais, linguísticas, biológicas e instrumentais: “Procuramos explorar como se dá o processo que chamamos de ‘conhecimento’, que filtra, limita e direciona tudo o que entendemos sobre o universo e sobre nós mesmos”.

Integrante do grupo de elaboração da exposição, Verona Segantini, explica que O Assombro do Conhecer busca incentivar apropriações dos conteúdos de forma mais livre por parte dos visitantes. “Como a exposição é também um laboratório de experimentação, não queríamos que as explicações tomassem o papel principal, mas que os textos provocassem questionamentos. Habitualmente, os museus são feitos sem que se pergunte ao público o que ele quer ver. Essa exposição é uma forma que criamos para tentar romper um pouco com essa lógica, para que os visitantes possam realmente participar do processo”, conclui.

A exposição, que já  é assinada por Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, Espaço do Conhecimento – DAC, Campus Cultural UFMG em Tiradentes – DAC, DAC e UFMG.

Serviço:

Exposição “O Assombro do Conhecer”

Data: De 16 de outubro a 12 de dezembro

Horários: De terça a sábado, de 10h às 17h

Local: Sobrado Quatro Cantos (Rua Direita, 5)

Entrada franca

Durante a 9ª Primavera de Museus, a exposição fotográfica “Frágil Memória da Pedra – a arte rupestre como herança indígena nos caminhos da Estrada Real”, de Cristiano Lima, estará aberta na Casa de Cultura UFMG, que integra o Campus Cultural UFMG em Tiradentes. O registro fotográfico de grafismos rupestres – desenhos, pinturas e gravuras – tem o intuito de conscientizar a população sobre a importância do patrimônio gráfico-arqueológico existente ao longo da Estrada Real tanto como patrimônio nacional e quanto memória indígena, tendo em vista que os grafismos rupestres são registros de uma organização mental, racional, cultural e estética, deixados propositalmente nas pedras pelos paleoíndios (ancestrais dos indígenas atuais). A exposição estará aberta para visitação até 11 de outubro.

Até 11 de outubro, a exposição “A Urna da Minha Aldeia” estará no Museu Casa Padre Toledo, que integra o Campus Cultural UFMG em Tiradentes. Como parte da programação da 9ª Primavera de Museus, este projeto, coordenado pelos professores Cristiano Lima e Zandra Coelho de Miranda, pretende ser um manifesto pela diversidade cultural humana. A partir da pesquisa de elementos de culturas ceramistas antigas, alunos e professores do curso de Artes Aplicadas da UFSJ, além de ceramistas convidados, puderam confeccionar urnas de cerâmica que atualizam tradições milenares. A exposição dessas urnas contemporâneas propõe uma reflexão sobre os riscos da erosão cultural de comunidades ceramistas tradicionais.

 

Do dia 22 ao dia 27 de setembro, a instalação sonora “Memorial de passagem do canto indígena brasileiro”, do professor Marco Scarassatti (UFMG), esteve no Museu Casa Padre Toledo, como parte da programação da 9ª Primavera de Museus.

Nesta versão foram utilizados cantos das seguintes etnias atendidas no curso de Formação Intercultural de Educador Indígena (Fiei/Fae UFMG): Xakriabá, Pataxó, Maxakali, Pankararu e Guarani. Os ventos da memória sopram os cantos tradicionais das etnias indígenas brasileiras, que puderam ser vivenciada em vibração e ritmo dentro do Museu, que integra o Campus Cultural UFMG em Tiradentes.

O professor Marco Scarassatti possui doutorado em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. Atualmente, é professor da UFMG e possui experiência na área de artes, com ênfase em música.

No dia 26 de setembro, dentro da programação da 9ª Primavera de Museus, aconteceu uma Roda de Conversa com a antropóloga Gláucia Buratto no Museu Casa Padre Toledo, que integra o Campus Cultural UFMG em Tiradentes.

A antropóloga Gláucia Buratto é pós-doutoranda em Linguística pela Universidade Federal de Minas Gerais, e realiza estudos sobre sistemas de crenças e imaginário antropológico, atuando sobre temas como cultura popular, representações sociais e mitologias indígenas. Gláucia participou da Oficina de Ilustração infantil que aconteceu na AMAT, dentro da Primavera de Museus.