Líder indígena refletirá sobre direitos dos povos indígenas e relação da humanidade com a ‘mãe terra’ 

Considerado um dos mais destacados ativistas do movimento socioambiental e de defesa dos povos indígenas da atualidade, Ailton Krenak ministrará na segunda-feira, dia 8 de março, a partir das 19h, a conferência Direitos da Terra e de Humanos também, durante a abertura do 9° Congresso Brasileiro de Extensão Universitária (CBEU), que terá como tema Redes para promover e defender os direitos humanos.

Ailton Krenak é considerado um dos mais destacados ativistas da causa indígena (Foto: Facebook)

O evento acontecerá, ao vivo, com transmissão pelo canal canal da Pró-Reitoria de Extensão da UFMG no YouTube e tradução em Libras.

Krenak é também escritor e jornalista, autor do livro Ideias para adiar o fim do mundo lançado em 2019 pela Companhia das Letras. Ele pretende abordar a importância das pautas e causas a favor da proteção desses povos, o contexto de preservação da natureza e floresta brasileiras, além de propor novas formas de relação da humanidade com a terra, a qual chama de ‘a nossa mãe’.

Nascido e morador da aldeia Krenak, na região do vale do Rio Doce, Minas Gerais, etnia que carrega no nome, o conferencista refletirá também sobre a necessidade de haver políticas públicas eficientes para povos originários, as violações a direitos dessas populações, os impactos e as lições da pandemia de covid-19, o atual modelo de desenvolvimento econômico, entre outros temas que norteiam a militância de Ailton desde a sua contribuição, em 1988, para a fundação da União dos Povos Indígenas. O convidado ainda abordará a importância da manutenção do diálogo das Universidades com as aspirações e memória das minorias étnicas.

Em 2016, Ailton Krenak recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Na mesma instituição, atualmente leciona as disciplinas Cultura e História dos Povos Indígenas e Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais, ambas de cursos de especialização. Em 2020, recebeu o Prêmio Juca Pato como intelectual do ano.