Sistemático: Edição 1209 – 01/07/2004

A UFMG vai inaugurar, no próximo dia 05, a sala com os equipamentos de informática adquiridos com recursos do Portal Universia, com o objetivo de ampliar a inclusão digital da comunidade universitária. A sala fica localizada no 4o. andar do prédio da Biblioteca Universitária e será disponibilizada, em breve, para os alunos da UFMG.

Esta é a segunda sala que vai ser inaugurada no Brasil, sendo que a primeira foi na Universidade Federal de Santa Catarina. O plano é que sejam instaladas salas em várias universidades, todas parceiras do Universia.

O Universia, cujo endereço é http://www.universiabrasil.net/, é um portal que procura divulgar informações para a comunidade universitária e no Brasil já são 60 universidades que dele fazem parte.

Desenvolvido pelo CECOM, ao longo do último trimestre, foi liberado pela Proplan o sistema SIORC, a partir do qual serão controladas atividades da SODS – Secretaria de Órgãos de Deliberação Superior – e do Gabinete referentes a composições, nomeações, comissões especiais, indicações e documentação dos Conselhos Universitário, de Diretores, de Curadores e de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Como a base de dados deste sistema será fonte para o sistema INA, a coordenação de sua especificação esteve a cargo da gerência deste sistema. Inicialmente trabalhou na especificação a Profa. Zélia Maria Oliveira Falcão de Almeida. O sistema foi concluído sob a gerência atual de Luiz Eduardo Corrêa Pereira.

Com a implantação do SIORC, as informações nele lançadas serão automaticamente aproveitadas pelo sistema INA. Desta forma, todas as participações e designações que envolvem os docentes em agrupamentos cujos dados são mantidos pela SODS e pelo Gabinete, não necessitarão mais ser lançados pelos departamentos acadêmicos, racionalizando-se assim o fluxo de informações e o lançamento de dados.

Neste momento, o sistema só estará disponível para uso da SODS. Nos próximos meses, seu uso será estendido ao Gabinete.

No CECOM, estiveram envolvidos nas atividades de desenvolvimento do sistema Carlos Alfeu Furtado da Fonseca e Maximiliano Luiz Souza Guimarães.

Hoje, a ProRH necessita lidar rotineiramente com dados de pessoal que se encontram em bases de dados distintas e que possuem graus diferentes de integração. As bases principais, no caso, são as do sistema SIAPE, mantida externamente à UFMG, e dos sistemas APF e INA, mantidas internamente.

Esta distribuição de bases e sistemas causa, não poucas vezes, situações nas quais ocorrem duplicidade de procedimentos, retrabalho, dados inconsistentes ou redundantes.

Com o objetivo de estabelecer a análise, diagnóstico e uma proposta preliminar de compatibilização destes sistemas e bases de dados, necessária para a adequada coleta de informações gerenciais, foi criado um grupo de trabalho que, até o final do mês de julho próximo, deverá preparar um relatório deste quadro situacional.

Este grupo de trabalho será composto por Elisete Moreira, Antonino Bosco de Andrade e Hélio Raimundo de Carvalho, todos do DAP/ProRH; Ronaldo Araújo Costa e João Carlos Lages, ambos do CECOM/ATI e Luiz Eduardo Corrêa Pereira, da Proplan. A coordenação dos trabalho estará a cargo de Elisete Moreira.

A partir do trabalho deste grupo, será possível à ProRH estabelecer um planejamento para condução de possíveis futuras soluções.

Na próxima semana, de 07 a 09 de julho, estará sendo realizado em Curitiba, no Paraná, o 5o Encontro de Diretores de Órgãos de Tecnologias da Informação e Comunicação das IFES. Este evento será realizado nas instalações da UFPR, cujo reitor, Prof. Carlos Augusto Moreira Júnior, é o coordenador do Grupo de Trabalho de Tecnologias da Informação e Comunicação (GTTIC) da Andifes – Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino.

Representando a UFMG e, no caso, a ATI, estarão presentes Carlos Alfeu Furtado da Fonseca, diretor do Centro de Computação, e Osvaldo Sérgio Farhat de Carvalho, diretor do Laboratório de Computação Científica.

No Encontro serão debatidos aspectos do interesse às áreas de tecnologia da informação das IFES, tais como, projetos colaborativos, gestão em TI, software livre, parcerias com a RNP etc.

O Sistemático publica, na íntegra, o artigo “A Generosidade compensa?”, de autoria de Sérgio Amadeu, divulgado no endereço www.idph.net/artigos/novaeducacao/a-generosidade-compensa.php. (Colaboração: Eugênio Pacelli Pereira de Souza)

Muitos anos atrás, minha esposa fabricava perfumes artesanalmente. Para descobrir todos os segredos foram necessárias muitas conversas, visitas a diversas pessoas, muitas leituras. Um processo muito desgastante, pois as informações só eram conseguidas a muito custo e, às vezes, obtínhamos até informações erradas.

Entretanto, em uma de nossas visitas à Belo Horizonte, descobrimos uma pequena loja onde o dono nos fornecia todas as informações que buscávamos e até mesmo conhecimentos que nem sabíamos existir. Convidou-nos a visitar sua fábrica, onde nos mostrou os produtos que fabricava e como os fabricava. Não havia pergunta que deixasse sem resposta e, muitas vezes, nos oferecia informação espontaneamente. Esta atitude em muito nos surpreendeu, pois em nossa peregrinação em busca de informação, as pessoas não eram lá muito cooperativas.

Em determinado momento não resistimos mais e confessamos nossa surpresa com tamanha boa vontade em compartilhar tanto conhecimento. A resposta foi não menos surpreendente. O dono da loja nos disse que só começou a vencer na vida a partir do momento em que começou a compartilhar com os demais tudo o que sabia.

Alguns anos depois, descobri na Internet algo não menos surpreendente. Sempre gostei muito de livros de ficção científica e acabei indo parar no site da Editora Baen, muito conhecida pelos fãs do gênero. A Editora Baen disponibiliza gratuitamente para download em seu site diversos livros de autores famosos. Qual a razão para se dar gratuitamente, através da Internet, trabalhos que são o produto principal de uma empresa? Lucro, é claro. Esta explicação encontra-se no próprio website. Um livro de ficção científica, ao ser publicado, vende por volta de 5.000 exemplares no primeiro mês e mantém uma boa média durante o primeiro ano, vendendo no total algo em torno de cinquenta mil exemplares. As vendas são declinantes e por volta do segundo ou terceiro ano vende-se algo em torno de 5, 10 exemplares por mês. O primeiro autor da editora Baen que ousou aderir ao esquema de publicação de sua obra na Internet, para download sem custo, viu as vendas de seus livros crescerem. Não apenas as vendas do livro publicado na Internet, mas do conjunto da sua obra. O livro publicado na Internet conta com a poderosa propaganda boca a boca (ou mouse a mouse). Se o material for de qualidade, a boa notícia espalha-se com uma velocidade inacreditável, trazendo um maior reconhecimento para o autor e sua obra e, conseqüentemente, vendas maiores.

Mas não é só isto. Também no site da editora Baen, encontramos relatos de diversas pessoas que só a partir da publicação dos livros em formato digital conseguiu ter acesso a este material. Deficientes visuais e pessoas com diversos outros tipos de problemas físicos escreveram relatando suas experiências. A obra em formato digital permite que a tamanho da letra seja redimensionado para uma visualização mais adequada, sintetizadores de voz podem ser usados. Um leitor relatou que, devido a problemas ós-seos, não conseguia virar as páginas de livros comuns. Este tipo de uso não havia sido antecipado pelos patrocinadores do projeto na Editora Baen. Por esta razão, as obras são publicadas em diversos formatos, como RTF, texto puro, html e diversos outros, para que o maior número possível de pessoas possa ser contemplado.

Mas provavelmente o exemplo mais eloquente de que a generosidade compensa é o fenômeno do software livre, cuja face mais visível é o sistema operacional Linux. Criado em 1991 por Linus Torvalds, o Linux é hoje, 13 anos depois, um sistema adotado e patrocinado por gigantes da informática como IBM, Dell, HP e muitos outros fabricantes.

A grosso modo, o mundo da informática é hoje dividido entre duas facções. Uma delas defende o lucro acima de tudo e de todos, com o objetivo de impor seus padrões e criar uma dependência asfixiante, e o mundo do software livre.

Os dois movimentos são extremamente complexos e suas motivações possuem inúmeras facetas. Seria ingenuidade minha ter a pretensão de querer explicar algo tão amplo em um pequeno artigo como este. Entretanto, gostaria de tentar apresentar alguns fatos e aguçar a curiosidade do leitor.

Em 1985, assisti à uma palestra apresentada por um funcionário da IBM, onde ele defendia que em cinco anos, por volta de 1990, os computadores, em breve, iriam dispensar os seres humanos para sua administração e seriam capazes de realizar a maioria de suas tarefas sozinhos, sem acompanhamento. É claro que isto não ocorreu. Naquela época, os computadores eram usados principalmente em bancos, processamento de folhas de pagamento e alguns outros usos mais especializados. Os computadores, que em 1985 eram privilégio apenas de empresas poderosas, podem ser hoje adquiridos com grande facilidade e estão ao alcance de uma grande parcela da população. Esta universalização trouxe consigo uma aplicação mais generalizada dos computadores em praticamente todos os setores da vida moderna. Não existe hoje uma empresa que não tenha ou pense em ter um website para contato com seus clientes e fornecedores. Universidades publicam sua produção acadêmica na Internet, alunos já fazem suas matrículas de onde estiverem, consultam bibliotecas e muito mais. Consultórios médicos, lojas de material de construção, padarias, lanchonetes, enfim, praticamente em qualquer ponto do setor econômico você encontrará um computador. Enfim, um dos grandes pilares em que se sustenta a sociedade moderna é a informática (computadores e redes).

Dentro deste cenário, volto a confrontar os dois movimentos que criam a inteligência que movimenta os computadores: o movimento do software proprietário e o movimento do software livre. O software proprietário nos entrega programas de computadores que executam determinadas tarefas, porém não nos dizem como os computadores foram instruídos a fazer isto. Em caso de problemas os únicos que podem consertar o erro são os fabricantes. Nós, usuários, não podemos consertar nada. É o mesmo que comprar um carro em que o capô venha soldado. Em caso de problemas temos que mandar o carro para que a fábrica o conserte. Inconcebível, não? Pois então, com os programas de computador que você usa ocorre exatamente o mesmo.

Com o outro movimento, do software livre, o que está em jogo é o desafio de solucionar problemas criativamente, a engenhosidade, ajudar o seu vizinho e, em última instância, o prazer puro e simples. Além do programa pronto para ser executado em seu computador, esta categoria de programas, os programas livres, são distribuídos juntamente com sua receita, o código fonte. O próprio usuário, por si só, ou orientado por outros, pode modificar o programa e redistribuí-lo para quem bem entender. O mais importante é a liberdade de se usar, modificar e distribuir os programas. A liberdade que é recebida não pode ser retirada dos demais. Se eu obtenho um programa livre tenho por obrigação mantê-lo livre, não posso restringir o seu uso.

No livro Segredos e Estratégias de Sucesso da Microsoft, de autoria de David Thielen, logo no início se comenta que a empresa não tem uma definição de missão escrita, mas ao perguntarmos a qualquer um de seus funcionários qual o seu objetivo final, qualquer um deles dará a mesma resposta: conquistar o mundo.

Os tempos certamente mudaram. Para se conquistar o mundo não é mais necessária a mobilização de exércitos, massacres e destruição. Entretanto, a conquista do mundo certamente envolve a dominação e a supressão de liberdades. Esta declaração de missão não escrita certamente traz uma mensagem bastante reveladora.

Estes dois movimentos representam uma situação paradoxal. De um lado uma empresa que praticamente conquistou o mundo da computação, com práticas frequentemente desleais (basta consultar na Internet o histórico dos diversos processos movidos contra ela) e do outro, milhares de pessoas espalhadas pelos cinco continentes criando soluções tecnológicas que hoje fazem frente e até mesmo ameaçam este império, muitas vezes sem ganhar nada por isto, com o simples objetivo de ajudar seu próximo ou pelo simples prazer de criar algo novo.

Diversas empresas se estruturam hoje com sucesso a partir da filosofia do software livre. Existem profissionais de grande reputação, disputados a peso de ouro por empresas de renome, e que se dedicam à criação de software livre. Muitos outros embora não remunerados por seu trabalho, dedicam-se também ao software livre pelo prazer que derivam deste trabalho.

Enfim, é perfeitamente possível garantir uma forma de vida digna preservando a integridade moral e valores elevados. Os exemplos citados neste artigo são apenas alguns entre muitos que poderiam reforçar esta mensagem.

A crença de que prosperidade e generosidade são conceitos opostos ainda é bastante comum nos tempos de hoje. Bem, talvez seja a hora de revermos nossos conceitos …

O Plantão Info divulgou a seguinte notícia:

Web ganha campanha mundial de segurança (17 de junho/2004) – “Libertando o Planeta dos Vírus” é o lema da 1ª Campanha Mundial de Segurança na Internet, promovida a partir do dia 17 pela Internet Users Association e pela Panda Software.
A idéia da Worldwide Internet Security Campaign – que vai até 31 de julho e conta com o apoio de entidades, empresas públicas e privadas de 50 países – é oferecer informação, treinamento e soluções para a proteção de PCs em oito idiomas (inglês, chinês, japonês, espanhol, alemão, francês, português e italiano) para os internautas. Entre os recursos oferecidos estão ferramentas gratuitas para verificação e limpeza online do computador e um fórum onde especialistas em segurança responderão às dúvidas sobre vírus, vermes, spams, ataques e outras ameaças.
Segundo os organizadores, trata-se de uma iniciativa aberta onde a contribuição de usuários, companhias e instituições é bem-vinda.
O site da 1ª Campanha Mundial de Segurança na Internet fica em www.worldwide secure.org.

As fotos pertencem à memória recente do CECOM. Foram tiradas no dia 22 de junho/04, na Escola de Ciência da Informação, na defesa pública da dissertação do mestrado de Aleixina Maria Lopes Andalécio.

Após a apresentação, Xina recebeu os cumprimentos dos amigos e colegas que lá estiveram e ofereceu um lanche de comemoração.

As fotos são de autoria do Leão e da Marina.

A apresentação da dissertação

1 – Tiago, 2 – Luiz Henrique, 3 – Jorge, 4 – Carlos Alfeu, 5 – prof. Márcio Bunte, 6 – Geraldo, 7 – Emerson, 8 – Bárbara, 9 – Amália,
10 – Thiago, 11 – Ana Flávia, 12 – Igor, 13 – Jane, 14 – Simone, 15 – Marcus, 16 – Leão, 17 – Gê, 18 – Luzia, 19 – Ana Edith, 20 – Ismênia,
21 – Ana Lúcia, 22 – Silvane, 23 – Lurdinha, 24 – Júlia, 25 – João Batista, 26 – Lu, 27 – Goreth, 28 – Luzia, 29 – Jacqueline, 30 – Dayse
31 – Ana Flávia, 32 – Xina, 33 – Eulino, 34 – Valéria

Vai ser realizado amanhã, dia 02 de julho, o Encontro Julino do CECOM, na residência do Rubens, a partir das 18:00.

O mapa, bem explicativo, já foi entregue aos participantes do encontro, e aqueles que ainda quiserem participar, poderão receber as informações na Redação do Sistemático.

Desta vez, a cesta de recebimento de prendas foi aquém do esperado. Mas, de qualquer forma vai ser montada uma cesta para o bingo. Como não vão ter os jogos de argolas, pescaria, boca do palhaço e corrida do saco, a comissão organizadora da festa está preparando uma surpresa para os participantes. Aguardem!

ANIVERSÁRIOS: “O Sistemático” envia os parabéns para Regina Helena Moura Brandi, hoje, dia 1o de julho; e Geraldo dos Reis, no dia 06. E os parabéns para os ex-ceconianos: Jader de Feitas Batista (ICEx), no dia 1o; Norberto de Souza Lage, no dia 02; Luiz Carlos Campos, Diarley Rone Silva, Paulo César Marciano de Oliveira e Joaquim Coelho da Fonseca Neto, no dia 03; Vânia Maria de Menezes, no dia 05; Ana Lúcia Ribeiro Diniz (DRCA) e Carlos Gonçalves da Cruz (Coró), no dia 07.