Literatura e Cultura

As oficinas da Área “Literatura e Cultura” têm a finalidade de levar técnicas e temáticas literárias ao conhecimento de um público maior, proporcionando, assim, uma mediação entre o trabalho acadêmico e o público interessado. Indo além dos conceitos tradicionais da literatura enquanto domínio de autores consagrados, as oficinas em questão romperão com as fronteiras convencionais da literatura, inserindo-a num âmbito cultural de cada pessoa. Os participantes terão oportunidade de se iniciar, com o apoio de escritores e professores, na prática e na teoria, ensaiando não apenas os primeiros passos da criação literária, mas familiarizando-se, também, com alguns aspectos teóricos. Haverá um enfoque especial na relação entre literatura e cinema, dois tipos de narrativa que se complementam e se fecundam mutuamente, denunciando a tradicional fronteira entre ambas como obsoleta.

Coordenadora

Maria Antonieta Pereira (UFMG) - professora de Literatura Comparada e Teoria da Literatura na Faculdade de Letras da UFMG. Autora dos livros No fio do texto - a obra de Rubem Fonseca; Ricardo Piglia y sus precursores; A rede textual de Ricardo Piglia. Co-autora de vários livros e artigos de crítica literária, publicados no Brasil e no exterior. Pós-doutorado na Universidade de Buenos Aires, dentro do projeto Margens e resíduos culturais, com apoio da CAPES (Brasil) e da SECYT (Argentina). Coordenadora do Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão A tela e o texto e do projeto Literatura, rede e saber contemporâneo (vinculado ao Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares/UFMG).

Subcoordenador

George Otte (UFMG) - Nasceu na Alemanha, em 1958. Estudou Letras Germânicas e Românicas na Universidade de Trier, concluindo o curso com uma dissertação sobre o autor mexicano Carlos Fuentes. Emigrou para o Brasil em 1985, onde se naturalizou em 1991. Desde 1987, é professor na área de alemão; desde 1995, também na de teoria da literatura na Faculdade de Letras da UFMG. Defendeu tese de doutorado sobre Walter Benjamin em 1994. De 1999 a 2002, foi chefe do Departamento de Letras Anglo-Germânicas. Realizou projeto de pós-doutorado na Universidade Humboldt de Berlim, de abril de 2003 a março de 2004. Tem vários artigos publicados sobre Walter Benjamin.

OFICINAS DE INICIAÇÃO

MATERIAL DIDÁTICO: A MPB NA SALA DE AULA

Desenvolver habilidades na leitura e na produção de textos, usando a música popular brasileira como ponte para os estudos literários. Conceito de leitura e escrita. O papel do autor, do texto e do leitor na produção e na recepção de textos. A MPB na sala de aula: produção de materiais didáticos de leitura e produção de textos, usando a música popular.

Professora Carla Vianna Coscarelli (UFMG)

Professora da Faculdade de Letras da UFMG desde 1995. Mestre e doutora em Estudos Lingüísticos pela FALE/UFMG (1993 e 1999, respectivamente). Autora dos livros: Coscarelli, Carla Viana. Livro de Receitas do Professor de Português. Belo Horizonte, Autêntica: 2003. Coscarelli, Carla Viana (Org). Novas Tecnologias, Novos Textos, Novas Formas de Pensar. Belo Horizonte, Autêntica: 2002. Coordenadora do projeto Redigir, curso à distância de leitura e produção de textos (FALE/UFMG, em atividade desde 1999).

Público-alvo: estudantes de Letras e outros interessados pela inserção do texto da música popular brasileira em atividades didáticas do Ensino Fundamental e Médio, que tenham concluído o segundo grau.
Vagas: 25
Período: 19 a 23 de julho
Horário: 9h30 às 12h30 e 14h30 às 17h30
Preço: R$ 50,00

PALAVRA FALANTE: INTRODUÇÃO À PERFORMANCE POÉTICA

A oficina Palavra Falante organiza-se como um espaço interdisciplinar de pesquisa e criação que tem os seguintes objetivos: (1) o preparo vocal/corporal do performer a partir do treino da percepção; (2) a compreensão do corpo como “mídia primária”; (3) a exploração das dimensões oral, cênica e plástico-visual da palavra; (4) o uso da voz como elemento composicional.

Mais que apenas falada, a palavra, nesta oficina, é tomada enquanto um elemento que se funde, organicamente, com o sujeito que a pronuncia – o falante. Todo o trabalho se dá através da realização de exercícios individuais e coletivos e da análise de exemplos extraídos de diferentes épocas e contextos estético-culturais, como mitopoéticas africanas e ameríndias, sound poetry, poesia concreta, ficção experimental e outros.

Professor Ricardo Aleixo (BH)

Poeta, músico, performer e artista visual. Integra a Cia. SeráQuê? e a Sociedade Lira Eletrônica Black Maria, da qual é também diretor artístico. Publicou os livros Festim, A roda do mundo (incluído na lista de obras do vestibular 2005 da UFMG), Quem faz o quê?, Trívio e Máquina zero. É editor e programador visual. Foi curador das duas edições do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte (1995 e 2003) e da Bienal Internacional de Poesia (1998). Prepara, com a Sociedade Lira Eletrônica Black Maria, o espetáculo A roda do mundo, baseado nos poemas do livro homônimo.

Público-alvo: poetas, performers, cantores, contadores de histórias, arte-educadores e outros profissionais ou estudantes de áreas afins.
Seleção: Preencher os campos “currículo resumido” e “carta de intenções” do formulário.
Vagas: 20
Período: 19 a 23 de julho
Horário: 9h às 12h e 14h às 17h30
Material do aluno: roupa confortável para a prática de exercícios, bloco de notas, gravador de áudio portátil (de qualquer modelo, desde que em perfeito funcionamento) e 01 fita cassete virgem.
Preço: R$ 50,00

VISSUNGOS: CANTOS AFRO-DESCENDENTES DE MORTE E VIDA

Criar textos poéticos a partir de narrativas orais e cantos afro-brasileiros, em registros sonoros, impressos e fílmicos. O foco principal incidirá sobre os vissungos, cantos de trabalho e de funeral dos quais ainda se podem encontrar remanescentes na região do Serro e de Diamantina.

Professora Sônia Queiroz (UFMG)

Poeta, professora e pesquisadora da FALE/UFMG. Sua pesquisa sobre remanescente de língua africana no interior de Minas resultou no livro Pé Preto no Barro Branco: a língua dos negros da Tabatinga (Ed. UFMG, 1998). Os resultados de sua pesquisa sobre as edições do conto oral no Brasil – enfocando o processo de tradução intersemiótica e intercultural, da performance ao livro impresso e aos produtos multimidiáticos – estão saindo em livro pela Ed. Autêntica, sob o título Na Captura da Voz. Atualmente, coordena o projeto de extensão Quem conta um conto aumenta um ponto, que produz livros e CDs de contos orais gravados no Vale do Jequitinhonha, visando, sobretudo, a sua inserção no ensino fundamental e médio.

Público-alvo: poetas, compositores, professores e estudantes, especialmente das áreas de artes.
Seleção: Preencher os campos “currículo resumido” e “carta de intenções” do formulário.
Vagas: 20
Período: 19 a 23 de julho
Horário: 9h às 12h e 14h às 17h30
Material do aluno: MACHADO FILHO, Aires de Mata. O negro e o garimpo em Minas Gerais. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; [São Paulo]: EDUSP, 1985.
Preço: R$ 50,00

O CAMINHO DAS PEDRAS: INICIAÇÃO AOS PROCESSOS DA PROSA DE FICÇÃO

Observar os diversos pontos de partida (e de chegada) para a prosa e buscar perceber, criticamente, a literatura e seus mecanismos de criação. A oficina investirá na produção ficcional, desvendando os caminhos que o escritor percorre desde o surgimento da idéia até o texto final.

Professor Sérgio Fantini (BH)

Escritor. Publicou os livros Diz Xis, novela, 1991 (Ed. do Autor); Cada um cada um, contos, 1992 (Ed. do Autor); Materiaes, contos, 2000 (Ed. Dubolso); Coleta seletiva, poesia, 2002 (Ed. Ciência do Acidente – reunindo oito livros publicados entre 1979 e 1997). Autor de textos publicados em revistas (Coyote); jornais (Suplemento Literário de Minas Gerais) e em antologias (Contos jovens (Brasiliense, 1987); Novos contistas mineiros (Mercado Aberto, 1988); Salto de tigre (PBH, 1996); Belo Horizonte - a cidade escrita (ALMG, 1996); Miniantologia da minipoesia brasileira (Por Ora, 1998); Geração 90, manuscritos de computador – os melhores contistas brasileiros surgidos no final do século 20 (Boitempo, 2002); Os cem menores contos brasileiros do século (EraOdito/Ateliê, 2004).

Público-alvo: escritores, estudantes de Letras, arte-educadores e demais interessados em compreender os processos de criação da prosa de ficção.
Seleção: Preencher os campos “currículo resumido” e “carta de intenções” do formulário.
Atenção: o aluno aprovado deverá levar um texto de sua autoria para análise, durante a oficina.
Vagas: 15
Período: 19 a 23 de julho
Horário: 9h às 12h e 14h às 17h30
Material do aluno: caneta
Preço: R$ 50,00

QUEM TEM MEDO DO PÓS-MODERNO?

A questão do pós-moderno na arquitetura, na literatura, no cinema e nas artes em geral. A pós-modernidade como releitura da modernidade. O fim dos grandes relatos e a fragmentação dos discursos: desconstrução, disseminação, diferença. A desapropriação do lugar do autor e a técnica do pastiche. A teoria como política da alteridade. Arte como cultura: a relação entre o local e o global.

Professor Wander Melo Miranda (UFMG)

Professor titular de Teoria da Literatura na UFMG. É pesquisador 1A do CNPq. Diretor da Editora UFMG. Coordenou o projeto Modernidades Tardias no Brasil (UFMG/Fundação Rockefeller). Coordena o projeto Acervo de Escritores Mineiros (UFMG/CNPq) e o projeto bilateral Brasil/Argentina Margens e Resíduos Culturais (CAPES/SECYT). É editor assistente da revista Margens/Márgenes. Foi professor visitante em universidades da Argentina, dos EUA e da Itália. Autor de Corpos escritos (1992; trad. chilena Cuerpos escritos, 2002), Graciliano Ramos (PubliFolha, 2004), co-organizou Arquivos literários (2003), entre outros.

Público-alvo: artistas, professores e alunos universitários.
Vagas: 20
Período: 21 a 23 de julho
Horário: 9h às 12h e 14h às 17h30
Material do aluno: caderno e caneta
Preço: R $40,00

CONTRA A BANALIZAÇÃO DO SOFRIMENTO: AS FRONTEIRAS ENTRE IMPRENSA, LITERATURA E TECNOLOGIA

Partindo do pressuposto de que a avalanche de informações da imprensa leva à banalização do sofrimento cotidiano das pessoas, procuraremos mostrar como as artes (literatura, vídeo, cinema, web arte) posicionam-se contra essa tendência. A partir de informações da imprensa, os participantes poderão ensaiar a ficcionalização dos fatos veiculados pelos jornais, mostrando, entre outras coisas, que ficção não é mentira – muito pelo contrário... Os participantes poderão também refletir sobre os gêneros híbridos que surgem no mundo contemporâneo (videopoema, conto em vídeo, literatura na web), a partir da mesclagem entre literatura e tecnologia.

Professor Georg Otte (UFMG)

Nasceu na Alemanha, em 1958. Estudou Letras Germânicas e Românicas na Universidade de Trier, concluindo o curso com uma dissertação sobre o autor mexicano Carlos Fuentes. Emigrou para o Brasil em 1985, onde se naturalizou em 1991. Desde 1987, é professor na área de alemão; desde 1995, também na de teoria da literatura na Faculdade de Letras da UFMG. Defendeu tese de doutorado sobre Walter Benjamin em 1994. De 1999 a 2002, foi chefe do Departamento de Letras Anglo-Germânicas. Realizou projeto de pós-doutorado na Universidade Humboldt de Berlim, de abril de 2003 a março de 2004. Tem vários artigos publicados sobre Walter Benjamin.

Professora Maria Antonieta Pereira (UFMG)

Professora de Literatura Comparada e Teoria da Literatura na Faculdade de Letras da UFMG. Autora dos livros No fio do texto - a obra de Rubem Fonseca; Ricardo Piglia y sus precursores; A rede textual de Ricardo Piglia. Co-autora de vários livros e artigos de crítica literária, publicados no Brasil e no exterior. Pós-doutorado na Universidade de Buenos Aires, dentro do projeto Margens e resíduos culturais, com apoio da CAPES (Brasil) e da SECYT (Argentina). Coordenadora do Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão A tela e o texto e do projeto Literatura, rede e saber contemporâneo (vinculado ao Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares/UFMG).

Público-alvo: interessados em produção e recepção de literatura contemporânea, que tenham o segundo grau completo.
Vagas: 15
Período: 26 a 30 de julho
Horário: 9h às 12h e 14h às 17h
Material do aluno: papel e lápis
Preço: R$ 50,00

LITERATURA INFANTO-JUVENIL: O LIVRO INTERIOR

Leitura de textos de literatura infanto-juvenil produzidos por autores “canônicos” na literatura para adultos, tais como Clarice Lispector, Manoel de Barros, Graciliano Ramos, Silvia Plath, dentre outros. Pesquisa sobre o “livro interior” (livro da infância ou livro futurante) de cada um, na tentativa de escrevê-lo, seja “recuperando-o”, seja rasurando-o. Projeção de filmes em que o olhar da criança seja privilegiado. Produção de livros infanto-juvenis (texto e projeto de edição), com base no “livro interior” de cada um.

Professora Lúcia Castello Branco (UFMG)

Escritora e professora de literaturas estrangeiras em Língua Portuguesa, na Faculdade de Letras da UFMG. Autora de diversas obras no campo do ensaio (Literatura e Psicanálise), literatura para adultos (romance e contos) e literatura infanto-juvenil. Doutora em Literatura Comparada pela FALE/UFMG, com pós-doutorado pela Universidade Nova de Lisboa, em 1992, e pela Universidade da Califórnia, em 2002.

Público-alvo: escritores, professores, estudantes de Letras e Belas-Artes e artistas plásticos, que tenham 2° grau completo e idade mínima de 18 anos.
Vagas: 20
Período: 26 a 30 de julho
Horário: 9h às 12h e 14h às 17h30
Material do aluno: caderno, lápis, caneta, objetos da memória (pessoais), livros da infância.
Preço: R$ 50,00

POESIA – VOZ, MÚSICA E PERFORMANCE

Desenvolver a escrita de poesia e também a oralidade. Desenvolver os diferentes atos e espetáculos de emissão criativa do texto literário na contemporaneidade.

Professor Maurício Salles Vasconcelos (UFMG)

Professor de Teoria da Literatura e de Literatura Comparada na UFMG. Seus livros mais recentes são o poema Ocidentes dum sentimental (1998) e as ficções de Stereo (2002). Publicou o ensaio Rimbaud da América e outras iluminações (Estação Liberdade, 2000). Dirigiu o vídeo Ocidentes (2001). É autor de peças teatrais e performances, de que são exemplos: Tesouro transparente (1985); Estação Rimbaud (1986); Por minuto (1989) e Vinis (2003). Fez pós-doutorado na New York University (2000-2001), desenvolvendo uma pesquisa transdisciplinar nas áreas de literatura, filosofia e tecnologia.

Público-alvo: pessoas já envolvidas com a escrita e a leitura de poesia, que tenham concluído o segundo grau.
Vagas: 15
Período: 26 a 30 de julho
Horário: 10h às 13h e 14h30 às 17h30
Preço: R$ 50,00

OFICINAS DE ATUALIZAÇÃO

CINEMATECA SYLVIO BACK

Introdução, estudo e discussão em torno do cinema brasileiro, sua história e atualidade, a partir da obra do cineasta Sylvio Back.

Professor Sylvio Back (RJ)

Cineasta e poeta. Autodidata. Inicia-se na direção cinematográfica em 1962, tendo realizado e produzido, até hoje, trinta e seis filmes - entre curtas, médias e dez longas-metragens: Lance Maior (1968), A Guerra dos Pelados (1971), Aleluia,Gretchen (1976), Revolução de 30 (1980), República Guarani (1982), Guerra do Brasil (1987), Rádio Auriverde (1991), Yndio do Brasil (1995), Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro (1999) e Lost Zweig (2003). Tem editados dezessete livros - entre poesia, ensaios e os argumentos/roteiros dos filmes Lance Maior; Aleluia, Gretchen; República Guarani; Vida e Sangue de Polaco; O Auto-Retrato de Bakun; Guerra do Brasil; Yndio do Brasil; Zweig: A Morte em Cena; e Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro (tetralíngüe).

Público-alvo: preferencialmente universitários ou jovens a partir de 17 anos, que amem o cinema.
Vagas: 20
Período: 24, 25 e 26 de julho
Horário: 9h às 12h e 14h às 17h30
Preço: R$ 40,00

ARGENTINA E BRASIL: OLHOS NOS OLHOS

Refletir sobre diferentes modalidades de relação entre a Argentina e o Brasil desde o século XIX até a atualidade, a partir de quatro problemas teóricos: sujeitos em trânsito, políticas e poéticas dos espaços nacionais, formação crítica de uma cultura nacional e problemas da tradução.

Professora Adriana Amante (Argentina)

Professora de literatura argentina na Universidad de Buenos Aires e diretora acadêmica da Escuela de Creativos. Lecionou na New York University e foi pesquisadora visitante na Univ. of London e na Univ. Nova de Lisboa. É especialista em literaturas argentina e brasileira. Editou Absurdo Brasil. Polémicas en la cultura brasileña e traduziu Memorias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Sua tese de doutorado é sobre A literatura do exílio no Brasil na época de Rosas.
Público-alvo: universitários, professores e artistas que possam ler alguns textos em espanhol.
Vagas: 25
Período: 26 a 30 de julho
Horário: 9h às 12h e 14h às 17h30
Preço: R$ 50,00

 

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