Mídia Arte

Da convergência entre meios de comunicação e a prática artística surge a mídia arte ou artemídia. Da fotografia ao cinema digital, passando pelo vídeo e pela arte generativa, as oficinas da área este ano se orientam pela palavra-chave: infiltração. Infiltração nos códigos que originam a imagem (Imagem/Código), nas estruturas de transmissão e de poder dos mídia (Microtransmissão/estação de TV pirata), nas linguagens e práticas artísticas (Linguagens em mutação : Vídeo X Música), nos processos de produção (Cinema de cozinha). Infiltração que pretende alargar os horizontes da arte: fronteiras contemporâneas.

Coordenador

Rodrigo Minelli Figueira (UFMG) - mestre em Sociologia da Cultura e doutorando em Comunicação e Semiótica, da PUC/SP, é professor do Departamento de Comunicação Social da UFMG e dedica-se à pesquisa e experimentação da arte eletrônica, com uma reflexão a respeito das questões referentes às transformações das condições de produção, recepção e percepção de imagens e informações. Atua como curador, consultor, diretor de vídeo, além de coordenar a área de Mídia Arte do Festival de Inverno da UFMG.

Subcoordenador

Rafael Conde (UFMG) - mestre em Artes/Cinema pela Universidade de São Paulo. Além de diretor e produtor independente, Rafael Conde é professor de cinema da Escola de Belas-Artes da UFMG. Entre seus trabalhos em cinema destacam-se: Uakti - oficina instrumental, Musika, O ex-mágico da Taberna Minhota, A hora vagabunda, Françoise, Samba-canção e Rua da Amargura.

OFICINA DE INICIAÇÃO

CINEMA DE COZINHA

Realizar alguns vídeos, cujas características básicas serão a total liberdade criativa, o embate sensorial com a realidade, formas alternativas/experimentais de realização. Durante a oficina, serão também mostrados e debatidos alguns trabalhos da história do audiovisual condizentes com estas características.

Professor Cao Guimarães (BH)

Artista plástico e cineasta. Dirigiu os longas-metragens A alma do osso e O fim do sem fim. Participou de diversas exposições no Brasil e no mundo, tendo sido premiado em festivais nacionais e internacionais. Publicou o livro Histórias do não ver (edição esgotada).

Público-alvo: interessados em artes plásticas, cinema, vídeo e outras formas audiovisuais, que tenham conhecimento básico em práticas audiovisuais.
Seleção: Preencher os campos “currículo resumido” e “carta de intenções” do formulário
Vagas: 15
Período: 19 a 30 de julho
Horário: 9h às 18h
Material do aluno: fitas de vídeo para gravação. Embora não seja obrigatório, é recomendável que o aluno possua câmera de vídeo.
Preço: R$ 120,00

LINGUAGENS EM MUTAÇÃO: VÍDEO X MÚSICA

Refletir sobre o sistema audiovisual contemporâneo, levantando algumas de suas características mais importantes (hibridação de suportes e gêneros, experimentalismo, narrativas não-lineares e conexões com as estruturas típicas do ambiente tecnológico, entre outros) que estão presentes na produção atual de videoclipes. Tratar o videoclipe nessa perspectiva de forma teórica, através do debate e da discussão pautados na produção téorica atual e na prática, com a realização de exercícios. Técnicas de computação, animação, videoarte e experimentalismo fornecem a base para a realização de pequenos videoclipes.

Professor Eduardo de Jesus (BH)

Professor da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC/Minas e membro da Associação Cultural Videobrasil. Doutorando do Departamento de Artes Plásticas da ECA/USP.

Público-alvo: estudantes de Comunicação, Belas-Artes e áreas afins, que tenham experiência em processos de edição em plataformas digitais, operação de câmera de vídeo digital e softwares de edição de imagens, e familiaridade com o ambiente audiovisual contemporâneo.
Seleção: preencher os campos “currículo resumido” e “carta de intenções” do formulário, apontando qual o videoclipe preferido e por quê.
Vagas: 20
Período: 19 a 23 de julho
Horário: 9h às 18h
Material do aluno: CD’s de música, fita VHS, fitas de vídeo para gravação. Embora não seja obrigatório, é recomendável que o aluno possua câmera de vídeo.
Preço: R$ 80,00

CINEMA NO PAPEL – OFICINA DE CRIAÇÃO DE ROTEIRO DE CURTA-METRAGEM

Discutir as diferentes linguagens na produção atual do curta-metragem: a ficção, o documentário, além de linguagens híbridas e experimentações. Exibir curtas que explorem essas diferentes linguagens. Desenvolver roteiro de curta-metragem em todos os seus estágios, desde a story line, sinopse, argumento, escaleta, roteiro.

Professor Marcelo Gomes (PE)

Formado em cinema pela Bristol University, na Inglaterra. Escreveu e dirigiu vários vídeos e curtas, dentre eles, Maracatu, Maracatus, vencedor do Festival de Brasília, e Clandestina Felicidade, prêmio da crítica no Festival de Gramado. Co-roteirizou o longa Madame Satã, selecionado para o Festival de Cannes, em 2002. Seu primeiro longa Cinema, Aspirinas e Urubus ganhou o prêmio para desenvolvimento do roteiro, da Fundação Hubert Bals, na Holanda, e da Global Film, nos Estados Unidos. Atualmente, desenvolve o roteiro do filme Deserto Feliz, a ser rodado, no próximo ano, pelo diretor Paulo Caldas.

Público-alvo: estudantes de Comunicação, Belas-Artes e áreas afins; interessados em cinema, vídeo e artes visuais.
Seleção: preencher os campos “currículo resumido” e “carta de intenções” do formulário.
Vagas: 15
Período: 19 a 23 de julho
Horário: 9h às 18h
Material do aluno: papel, caneta e lápis para anotações
Preço: R$ 80,00

OFICINAS DE ATUALIZAÇÃO

A FILOSOFIA DA FOTOGRAFIA

O curso apresenta um panorama das obras, já publicadas no Brasil, que abordam o tema da “Filosofia da Fotografia”. Serão analisados os textos fundamentais de Walter Benjamin, Roland Barthes, Susan Sontag e do filósofo tcheco-brasileiro Vilém Flusser. A obra de Flusser constitui o foco de aprofundamento desse trabalho. O seu livro, Filosofia da Caixa Preta, publicado no Brasil em 1985 e reeditado em 2001, tornou-se leitura fundamental desse que é considerado um dos “profetas das novas mídias” desde a década de 80 do último século. Paralelamente a esses estudos, o curso se desdobra numa oficina cujo objetivo é a realização de um trabalho feito com câmeras digitais, tendo em vista a concretização de um trabalho que possa ser apresentado no formato livro ou painel, ao final das atividades.

Professor Mário Ramiro (SP)

Artista plástico e professor do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da USP. Mestre pela Escola Superior de Arte e Mídia de Colônia, onde pesquisou as relações entre fotografia e novas tecnologias. Ex-integrante do grupo de intervenções urbanas 3NÓS3 (1979-1982), participou ativamente do movimento da arte e tecnologia nos anos 80, produzindo eventos telecomunicativos e esculturas eletrônicas. É responsável pela programação visual da revista ARS, do programa de pós-graduação da ECA/USP e editor do livro Premonitor (2003), juntamente com a artista Katia Prates.

Seleção: preencher os campos “currículo resumido” e “carta de intenções” do formulário.
Vagas: 15
Período: 26 a 30 de julho
Horário: 9h às 18h
Material do aluno: caderno para anotações, régua, estilete, disponibilidade financeira para realizar determinado número de ampliações digitais em papel fotográfico.
Preço: R$ 80,00

IMAGEM-CÓDIGO

As imagens digitais diferenciam-se das produzidas em outros formatos por sua base algorítmica. Isso permite que lhes sejam atribuídos comportamentos e funções. Mapeáveis, clicáveis, programáveis, estão na base das interfaces informatizadas e são o pressuposto da cultura interativa que se populariza com os DVDs e se anuncia na discussão da TV digital. Inserem-se no campo da crítica de mídia e de arte, novas variáveis de análise como a arquitetura de informação e a manipulação de scripts de programação. Nesse curso interrogaremos como se estão modificando o conteúdo e a forma dos produtos da comunicação de massa e da arte baseada em novas mídias. Em resumo, analisaremos suas especificidades e métodos de autoração específicos das imagens algorítmicas, questionando os regimes de visibilidade e de comunicação para que apontam.

Professora Giselle Beiguelman (SP)

Autora do premiado O livro depois do livro (1999). Entre seus trabalhos mais recentes, destacam-se: Wop Art, para telefones celulares (2001), e arte que envolve o acesso público a painéis eletrônicos, como egoscópio (2002), resenhado pelo New York Times e premiado na 4ª edição do prêmio Sérgio Motta de Arte, Tecnologia e Poética, que envolve Internet fixa e móvel, painéis eletrônicos e um DVD. É professora da pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC/SP, editora da seção Novo Mundo da revista eletrônica Trópico.
Público-alvo: profissionais e estudantes que criem e desenvolvam projetos baseados em imagem e comunicação digital; que tenham familiaridade com softwares de edição, autoração e criação de imagens para internet e DVD.
Seleção: Preencher os campos “currículo resumido” e “carta de intenções” do formulário.
Vagas: 20
Período: 26 a 30 de julho
Horário: 14h às 18h
Material do aluno: levar imagens pessoais já digitalizadas em CD e/ou DVD.
Preço: R$ 80,00

MICROTRANSMISSÃO – FAÇA VOCÊ MESMO UMA ESTAÇÃO DE TV

Aprender a colocar no ar sua própria estação de TV. Construir seu próprio transmissor a partir de um videocassete quebrado. Produzir conteúdos e prepará-los para transmissão. Fazer uma campanha para a estação. O resultado final da oficina será a transmissão ao vivo, na cidade inteira. A proposta é que a estação se mantenha em operação durante o Festival.

Professor Sagi Groner (Holanda)

Nascido em Israel, reside em Amsterdam há 7 anos. Os sistemas de controle da sociedade têm sido para ele objeto de uma quase obsessiva perseguição, duplamente, através da observação e da exposição dos mais “obscuros cantos” de como estes sistemas operam e inventando formas que expressem o anseio de como se ver livre destes. Isto se manifesta algumas vezes através das imagens poéticas em seus vídeos e, às vezes, em instalações sonoras (ruidosas) freqüentemente envolvendo pirataria de uma forma ou de outra (de rádio, pilhagem sonora, poluição sonora); sempre combinando seus interesses no som e sua visão pessoal do mundo em que vivemos. Seus trabalhos para espaços públicos em projetos tais como a “Unidade Pessoal de Propaganda” (Personal Propaganda Unit) e o “BNC-TV” levantam questões sobre as fronteiras entre o público e o privado, e, mais do que dar uma resposta, mostram a possibilidade de se criar nossas próprias experiências.

Professor Alex Fischer (Holanda)

Nasceu em Hamburgo, na Alemanha, tendo estudado na Hochschule Fuer Bildende Kuenste (Escola Superior de Artes Plásticas), em Hamburgo, e na Gerrit Rietveld Academie, em Amsterdam. Vive e trabalha em Amsterdam. Seu trabalho em vídeo abusa da sobrecarga de informação e da crescente produção de material imagético a partir de todo tipo de scanners visuais ao redor do mundo. Ele está à caça de, e pirateando as imagens de um consumidor global produzida pelos filmes, comerciais, pela televisão e pela Internet, assim como produzindo seu próprio material em performances ao vivo ou apenas com banalidades do cotidiano. Baseado em uma estrutura da transmissão de tevê, ele faz “remixing” ao vivo de informação falsificada e real, da notícia local e global, mudando contextos e idéias, criando novas possibilidades e um imaginário renovado.
Público-alvo: artistas de vídeo, jornalistas, estudantes e ativistas em geral.
Seleção: Preencher os campos “currículo resumido” e “carta de intenções” do formulário.
Vagas: 15
Período: 19 a 30 de julho
Horário: 9h às 18h
Material do aluno: um videocassete que possa ser destruído e um kit de solda.
Preço: R$ 120,00

 

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