Congresso de Inovação e Metodologias de Ensino problematizou a pandemia e seus efeitos no ensino 

O VI Congresso de Metodologias do Ensino Superior e Tecnológico (CIM), organizado por uma comissão da qual a UFMG faz parte, foi  realizado em formato virtual na semana de 21 a 25 de novembro. O evento abordou a temática “O que a pandemia nos ensinou? Dos desafios do ensino remoto à problematização do ensinar-aprender na educação superior e tecnológica”. O assunto norteou os debates e apresentações de trabalhos, assim como as cinco oficinas e nove minicursos oferecidos.

O CIM é um evento interinstitucional, bianual, realizado atualmente por seis instituições federais de ensino: UFMG, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Instituto Federal do Norte de Minas (IFNMG) e Universidade Federal de Catalão (UFCAT). As quatro primeiras edições foram realizadas presencialmente pela UFMG, com organização da equipe da Diretoria de Inovação e Metodologias de Ensino (Giz) da Pró-reitoria de Graduação (Prograd). As duas outras edições aconteceram em parceria com as demais instituições, em formato virtual. 

Ao longo de sua realização o congresso tem sido pautado em  construção coletiva e colaborativa com representação de todas as instituições nas diferentes comissões de modo a constituir um espaço de promoção e fortalecimento das iniciativas institucionais voltadas para formação e aprimoramento das práticas pedagógicas.

Na abertura do evento, o pró-reitor de Graduação da UFMG, Bruno Otávio Soares Teixeira, disse que a parceria com as outras cinco instituições, a partir de 2020, foi uma alegria. “O evento realizado de forma interinstitucional fortalece a relevância de compartilharmos, de uma maneira cada vez mais ampla, vivências de práticas pedagógicas inovadoras que temos desenvolvido em nossas universidades, assim como discussões e ações para formação docente no ensino superior”, falou.

Construção coletiva

Sobre a temática do congresso, o coordenador geral do evento, professor Edivaldo dos Santos Filho, diretor de ensino da Pró-Reitoria de Graduação da UFVJM, reforçou que “a pandemia de Covid-19 trouxe à tona a necessidade de (re)pensar o ensino. Nesse contexto, o CIM agregou discussões importantes acerca da inserção da tecnologia no ensino, das implicações dessas tecnologias nas práticas pedagógicas, nas políticas públicas educacionais, nas relações de trabalho, e em nosso desejo por redes sociais. Além disso, o CIM trouxe reflexões sobre como podemos pensar um ensino híbrido para além de uma perspectiva exclusivamente instrumental”.

Perpassou todas as atividades do congresso uma ampla discussão sobre os efeitos da pandemia nos processos de ensino-aprendizagem e a necessidade de ressignificar os usos das tecnologias a favor de uma conexão humana e solidária.

“Temos falado da perspectiva de usufruir das tecnologias para tornar a presencialidade mais potente, desenvolvermos ambientes mais afetivos e efetivos para uma educação crítica e pertinente,”  reforçou a pró-reitora adjunta de Graduação da UFMG, Maria José Flores durante o encerramento

Programação

A programação contou ainda com a conferência de aberturaTranshumanismo, posthumanismo e implicaciones de la pandemia” ministrada pelo professor Dr. Antonio Javier Diéguez Lucena (Catedrático de Lógica y Filosofía de la Ciencia na Universidad de Málaga – Espanha); oferta de cinco oficinas e nove minicursos; teve a apresentação de 73 trabalhos divididos em 12 grupos grupos de colaboração; além do mosaico debate “Ser humanos em tempos digitais e pandemias: o que nos conecta?” e três apresentações culturais. 

Os temas discutidos nos trabalhos apresentados nos grupos de colaboração podem ser acessados na página do Congresso. Eles tratam da inclusão de pessoas com deficiência ao uso/incorporação das tecnologias usadas na pandemia no ensino presencial.

Com 364 inscrições de professores do ensino superior e tecnológico, técnicos administrativos em educação, servidores da educação básica, estudantes de graduação e de pós-graduação, o congresso tem se consolidado como um importante espaço de formação e troca de experiências e pesquisas sobre a educação superior e tecnológica

No encerramento, a pró-reitora de graduação da UFOP, Tânia Rossi Garbin, convidou a todos para o próximo congresso que será sediado pela Universidade Federal de Ouro Preto em 2024 e reforçou a importância desse tipo de ação coletiva para promoção de uma educação superior superior pública que promova condições de uma permanência e aprendizagem significativa.

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