Seminário discutiu sobre práticas docentes nas licenciaturas

Programação teve palestras, mesa-redonda e oficinas

Oficina Arte, corpo e movimento: vivências do Pibid Artes UFMG – Foto: Jussara Fernandino

Nos dias 1º e 2 de junho, aconteceu, pela primeira vez no formato presencial, o  III Seminário de Práticas Docentes Vivenciadas nas Licenciaturas da UFMG. O evento foi organizado pela Comissão pela Discussão e Elaboração das Políticas de Formação e Continuada de Professores da Educação Básica da UFMG (Comfic) e recebeu 550 inscrições de participantes e 280 inscrições para as 23 oficinas ofertadas (alguns participantes se inscreveram em duas oficinas).

“É preciso de uma aldeia inteira para formar um professor, uma professora, então nós estamos pensando essa aldeia enquanto a UFMG, estamos pensando nessa relação com a Educação Básica e pensamos que nós precisamos dessa articulação da nossa sociedade para que a gente possa fazer essa formação e sustentarmos esses professores e essas professoras”, disse a presidente da Comfic. Álida Angélica Alves Leal, citando um provérbio africano, durante a abertura do evento.

A abertura contou com a presença de gestoras da UFMG e membros da Comfic. Estiveram presentes a pró-reitora adjunta de Graduação, Maria José Flores e a pró-reitora de Extensão, Cláudia Mayorga. E, da Comfic, a vice-diretora do Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação e representante da Secretaria Municipal de Educação na Comissão, Caroline Mendes, a especialista em políticas públicas e gestão governamental pela Escola de governo da Fundação João Pinheiro, da Assessoria de Ensino Superior da Secretaria Estadual de Educação, Ellen Lima e o professor do Colégio Técnico (Coltec) da UFMG e representante da Escola de Educação Básica e Profissional da UFMG (EBAP), Eliezer Costa. Além da presidente da Comissão, Álida Angélica Alves Leal.

Programação

O evento contou com duas palestras: a de abertura, com o tema “Sob o signo da Lei nº. 10.639/03: vivências, avanços e desafios na produção de uma educação antirracista” e a de encerramento, que tratou da “Relação entre Universidade e as escolas de Educação Básica: limites, desafios e possibilidades”. Também teve a Mesa Redonda “Dialogando com profissionais da Educação Básica” que abordou o tema “Violência contra escola”.

A palestra de abertura foi realizada por Luana Tolentino, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFMG e professora de História da Educação Básica desde 2008. O tema foi “Sob o signo da Lei nº. 10.639/03: vivências, avanços e desafios na produção de uma educação antirracista”.

Ela fez um convite aos estudantes de Licenciatura de que não viessem para a Universidade apenas para garantir um diploma e cumprir os créditos nas disciplinas. “Venham para cá, também, para garantir a permanência desse espaço e, mais do que isso, para abrir portas para que mais pessoas como eu, como tantas pessoas que estão aqui nesse auditório, que tiveram muita dificuldade para chegar até aqui, possam estar aqui também”, disse. Segundo ela, é preciso pensar a travessia na Universidade como um lugar de afirmar e garantir direitos, um espaço de fortalecimento da democracia.

A mesa redonda “Dialogando com profissionais da Educação Básica” discutiu o tema “Violência contra escola”.  Ela foi composta pelas professoras Analise da Silva, pedagoga e historiadora e professora da Faculdade de Educação da UFMG, Sílvia Ulisses de Jesus, pedagoga e professora da Educação Básica dos anos iniciais da Rede Municipal de Belo Horizonte e Sabará e Salete Mamedes Bittencourt, graduada em pedagogia e professora da Rede Municipal de Belo Horizonte.

Luciano Campos, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) fez a  palestra de encerramento. Ela tratou do tema  “Relação entre Universidade e as escolas de Educação Básica: limites, desafios e possibilidades”.

Todas elas foram gravadas e estão disponibilizadas no canal do YouTube da Coordenadoria de Assuntos Comunitário (Cac) da UFMG.

O evento contou, também, com 23 oficinas, que aconteceram nos dois dias e trataram de temas variados.

Encerramento

A UFMG, atualmente, com mais de cinco mil estudantes nas 18 licenciaturas que oferece. “Nós temos muita clareza, hoje, na Universidade, que, para cumprir a nossa missão com excelência e relevância social, a gente precisa estender as ações da Universidade para muito além do que aqui é feito em termos de ensino, pesquisa e extensão e, realmente, para dentro das escolas, para o chão das escolas”, disse durante o encerramento, o pró-reitor de Graduação, Bruno otávio Soares Teixeira.

Ele ainda completou que o desafio agora é pensar em ações orgânicas dentro dos cursos que venham melhorar o processo de formação dos futuros professores e, ao mesmo tempo, também, melhorar as experiências de ensino-aprendizagem dos estudantes que estão na Educação Básica e que, em breve, chegarão a UFMG, que tem se tornado cada vez mais inclusiva. “Isso é, para a gente, uma conquista e um valor muito importante”, falou.