4° Festival de Verão da UFMG

Sentidos do Conhecimento

Universidade Federal de Minas Gerais

12 a 16 de fevereiro - Carnaval 2010
Escola de Arquitetura da UFMG
Rua Paraíba, 697 - Funcionários - Belo Horizonte

Notícias

Participantes fazem balanço positivo de mais uma edição do Festival de Verão

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

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Oficina Linguagem coreográfica do Grupo Corpo foi um dos destaques do do Festival

Depois de cinco dias de atividades e eventos culturais, os participantes da quarta edição do Festival de Verão da UFMG deixam o evento com uma única reclamação: as oficinas deveriam ter mais vagas.

A aposentada Ana Azevedo, por exemplo, foi à Escola de Arquitetura nesta terça-feira, dia 16, assistir aos filmes do Cine 0800 e conferiu alguns shows no Conservatório UFMG, mas desejava mesmo era ter participado da oficina O cinema de Bergman e de Antonioni. “Vim aqui hoje ver o filme ‘Zelig’. É uma oportunidade para quem gostaria de ter feito alguma oficina, mas não pôde se inscrever”, diz.

Já o massoterapeuta Sebastião Clemente de Souza conseguiu uma vaga na oficina O estresse nosso de cada dia, mas mesmo assim reivindicou: “O festival tem que ter mais oficinas, vale a pena”. Para ele, as pessoas que ficam entediadas dentro de casa durante o carnaval estão perdendo um grande evento. “O Festival é uma oportunidade boa tanto para aprender quanto para socializar”, afirma.

O estudante de filosofia Maxwell Silva concorda. Inscrito na oficina A história do corpo na medicina e na arte, ele diz que o Festival é “muito bom, principalmente pela oportunidade de conhecer novas pessoas”. E também lembra que “o próprio conhecimento é sempre muito produtivo”.

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Participantes da Oficina lúdica de ritmos em ensaio geral

Tão produtivo que a aluna da Oficina lúdica de ritmos, Maria Helena Michel, diz que “há muito tempo não se lembra de ter tido um carnaval tão bem aproveitado”. Se dependesse dela, a oficina seria transformada em curso de extensão, com mais vagas. “Está todo mundo aqui adorando, todo mundo pensando em como não perder a vaga no próximo carnaval”, brinca.

Desafios

O coordenador geral do evento, professor Maurício Campomori, admite a possibilidade de ampliar o Festival. “A nossa limitação, na verdade, é o porte que definimos para o evento. Ele foi planejado para ser realizado todo aqui no centro, com o menor número possível de atividades no campus”, explica.

Maurício diz que o balanço é positivo. “O Festival consegue alcançar vários perfis de interesse”, afirma ele, lembrando que o evento já faz parte do calendário cultural de Belo Horizonte.

A coordenadora da área de Ciências da Vida e Saúde, Débora d’Ávila Reis, lembra que o número de vagas já vem aumentando, mas pondera que “é uma proposta do Festival não crescer muito para não perder qualidade”. Para ela, a divulgação também melhorou bastante desde a primeira edição.

As oficinas são divididas em três áreas. Além de Ciências da Vida e Saúde, há atividades ligadas às áreas de Ciências Exatas, da Terra e Tecnologias e de Humanidade, Letras e Artes. Para as próximas edições, o desafio é ampliar a conexão entre elas. “O Festival se baseia no conceito de que o conhecimento não deve ser posto em caixinhas separadas. Ele foi bolado para abranger todas as vertentes do conhecimento", comenta o professor Ricardo Takahashi, um dos coordenadores da área de Ciências Exatas, da Terra e Tecnologias.

Aprendizagem mútua

Não são apenas os alunos que aprendem durante o Festival. Bailarina do grupo Corpo, Cassilene Abranches conta que gostou da experiência de ministrar uma oficina durante o evento, principalmente porque houve participação de leigos nas aulas. “O pessoal se jogou. Achei incrível, porque, como profissional de dança, meu olhar para quem dança já está muito acostumado. E agora eu consegui ver no pessoal que não dança uma outra leitura do que faço”, afirma.

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Alunos seguem instruções da bailarina Ana Paula Cançado

Outra atividade que misturou especialistas e leigos foi a Oficina Lúdica de ritmos. De acordo com Rosana Brito, do grupo Lúdica Música, uma das coordenadoras da oficina, a maioria dos participantes não sabia tocar qualquer tipo de instrumento musical, mas isso não foi impedimento para o bom aproveitamento das aulas. “A gente explora muito a intuição, mais do que a técnica, a teoria. É muito enriquecedor. Você trabalha durante quatro dias com uma turma muito heterogênea e consegue fazer esse pessoal todo subir ao palco e tocar bem, tocar feliz”, avalia.

O coordenador da área de Humanidades, Artes e Letras, Hugo Cerqueira, recomenda todos os professores da Universidade a se envolverem com essa atividade. “É realmente gratificante, dá retorno", conclui.

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