Sistemático: Edição 1158 – 22/05/2003


Notícias



DIRETOR DA ATI PARTICIPA DE REUNIÃO DA RNP

O Diretor de Tecnologia da Informação, prof. Márcio Luiz Bunte de Carvalho, esteve, nos dias 19 e 20 de maio, em Natal/RN, participando do 4o. Workshop RNP2, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa. O evento foi realizado em conjunto com o 21o. Simpósio Brasileiro em Redes de Computadores (SBRC).

Com o objetivo de promover a interação entre os grupos de pesquisa nacionais em inovação tecnológica na área de redes, o workshop teve a participação dos mesmos nos grupos de trabalho da RNP e nos subprojetos do Projeto Giga. O projeto Giga, parceria da RNP com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), prevê a criação de uma rede experimental de convergência tecnológica de redes IP e redes ópticas WDM, com capacidade de transmissão de até 10 Gbps.

O evento foi organizado em duas áreas temáticas: engenharia de redes (qualidade de serviço, multicast, IPv6, IP sobre redes ópticas etc.) e aplicações avançadas em redes (ensino a distância, vídeo digital, telefonia IP etc.).

Entre as atividades do evento, foram apresentados vários artigos técnicos, selecionados por uma comissão do programa. Um dos artigos, “A Receita do Grude”, foi apresentado pelo diretor do LCC, prof. Osvaldo Sérgio Farhat de Carvalho, sobre a experiência da UFMG na implementação do Grude.

FORMULÁRIOS DE ISENÇÃO DO VESTIBULAR JÁ ESTÃO NA AGÊNCIAS DO CORREIO

A Copeve – Comissão Permanente do Vestibular da UFMG – já distribuiu para o correio os formulários para os pedidos de isenção da taxa de inscrição ao Vestibular de 2004, com período de postagem de 26 a 30 de maio/03.

A expectativa é de 60.000 candidatos à isenção, contra os 35.000 do último vestibular.

A avaliação dos questionários será feita pela FUMP e a digitação da grade de respostas será realizada pela empresa Engesoft.

O CECOM é o responsável pelo acompanhamento, processamento e emissão dos resultados e os responsáveis são João Carlos Lages e Rogério Soares Pinheiro, da DAS.

A divulgação do resultado está marcada para a primeira semana de agosto/03.

CECOM DESENVOLVE BANCO DE DADOS USANDO O APPROACH

A Divisão de Atendimento e Consultoria criou, utilizando o programa Approach, um banco de dados para armazenar as informações sobre hardware e software dos micro-computadores da Rede Administrativa. O Approach é um programa que faz o gerenciamento de bancos de dados simples e faz parte do pacote SmartSuite, desenvolvido pela Lotus e utilizado em vários órgãos e unidades da UFMG. O SmartSuite é um dos componentes do padrão de software adotado pelo CECOM para uso nos micros ligados à Rede Administrativa.

Com esse banco de dados, vai ser possível conhecer o patrimônio de hardware e software existente na Rede Administrativa, além de facilitar o acesso aos dados de configuração de todos os microcomputadores, como processador, capacidade do HD e licenças de softwares instalados, o que simplificará o processo de manutenção destes equipamentos. A Rede Administrativa é formada pela Reitoria, Biblioteca Universitária, Unidade Administrativa 3 (DAP e DRH), Unidade Administrativa 2 (Sast e DPFO), DSG, Campus 2000 e Imprensa Universitária.

Para obtenção dos dados necessários ao banco, cada órgão receberá, nos próximos dias, um formulário relativo a cada endereço de rede alocado para aquele órgão, que deverá ser preenchido e devolvido à DAC. Junto com o formulário, será entregue também um roteiro para o preenchimento correto dos campos de informação.

O desenvolvimento da aplicação e a coordenação do processo de levantamento das informação estão a cargo de Eugênio Pacelli Pereira de Souza.

CECOR AJUDA A RECUPERAR NOTEBOOK DO CECOM

O notebook Toshiba Satellite Pro 425CDT utilizado pela DRC – Divisão de Redes de Comunicação – em suas atividades de suporte aos equipamentos da Rede UFMG, está sendo atualizado com o auxílio do CECOR – Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis, da Escola de Belas Artes.

O notebook do CECOM, um Pentium de 133 MHz, contava com um disco rígido de 800 Mbytes, no qual estava instalada a versão 4.2 do Conectiva Linux. Como algumas atividades de manutenção em roteadores Cisco só podem ser feitas de forma automatizada em equipamentos Windows, a DRC estava tentando conseguir uma solução para reinstalar o Windows no equipamento.

O prof. Luiz Souza, do CECOR, cedeu ao CECOM um disco rígido para uso em notebooks com capacidade de 3,2 Gbytes, que tornará possível a instalação dos dois sistemas operacionais no microcomputador. Com isto, um sistema de dual-boot permitirá que o usuário selecione o sistema operacional mais conveniente para a execução de cada tipo de tarefa. O disco rígido, assim como um cartão de rede ethernet, foram retirados de um notebook que sofreu danos na placa-mãe.


Informativo



GENTEWHERE

Após um período tentando encontrá-lo, não é que no início do mês de maio ele apareceu no CECOM para matar as saudades? Não podia deixar passar a oportunidade. Estava na hora de entrevistá-lo. A sua história se mistura com a do Leão e as de muitos ex-ceconianos jurássicos. Dá para escrever um livro, com mil coisas, mil histórias, tantas coisas para rir, tantos projetos realizados. O focalizado desta semana é o ex-ceconiano Laertes Junqueira, um colega e tanto, que participava de tudo no CECOM.

SIST: Conta a sua história ceconiana.
LAERTES: Comecei o estágio no CECOM em 01/09/71, pela Mendes Pimentel, após ter cursado a disciplina Programação de Computadores, da Engenharia Elétrica, ministrada pelo professor Hideki Monaka. Junto comigo vieram a Beatriz Rocha Santos, o Virgílio Moreno Gomes Leite e o Márcio Rennó. No CECOM, já estavam, entre outros, o Leão, a Marise de Abreu, o Clarindo, o Monteiro, o Luiz Affonso, o Renato Mudado, o Alceu, o José Marcos, o Brant e a Angela Lage. Se não me engano, eles entraram em março/71. Os estagiários mais graduados, na época, eram o Ângelo Moura, o Márcio Antônio, o Virgílio Augusto, o Newton Lages e outros, que não me recordo. Mais tarde, em 1973, entraram a lula Lelé, na Comunicação, a Help, a Izilda e a QQ, na Biblioteca. Em 1971, trabalhávamos no corredor ao lado do auditório da Reitoria. Meu orientador de estágio era o Antônio Pedro Lima Santos. O Diretor do CECOM era o prof. Antônio Mendes, e os outros professores que comandavam o CECOM eram o Bauer, na área de Suporte, o Wilson, na área de Tecnologia, o Pacca, na Estatítica e o prof. Nívio Ziviani, na área de Dados. Também já estavam no CECOM o prof. Ivan Moura Campos, o Rainer, a Maria Tereza, o casal Bigonha/Mariza, o João Dantas e o João Jacob. Depois fomos para o quinto andar e trabalhávamos na Geral do Sol. Os estagiários da tecnologia trabalhavam na Geral da Sombra. Programávamos em Fortran IV, PL/I, Cobol e Assembler/360.

SIST: Quando passou para programador? Conta como era a loucura de estudar e trabalhar no CECOM e na Prodemge. Conta como foi professor do curso de Processamento de Dados. Quais alunos do curso pertenceram ao quadro do CECOM?
LAERTES: Virei programador em 1974, com bolsa do convênio BNDES/Funtec. Nessa época, também trabalhava no suporte da PRODEMGE, com o Leão, o Peterson (que também havia sido estagiário do CECOM), e o José Flávio, que havia passado rapidamente pelo CECOM. No CECOM, o Peterson formava com Dejair e Robinho o trio Três Porquinhos. Era meio complicado fazer o curso de Engenharia Elétrica e trabalhar na Prodemge e no CECOM. Na escola, alguns professores não me conheciam, porque eu não era muito frequente e achavam que eu me chamava Salim (apelido dado pelo Ivan, por causa do Jacob, que foi levado para a escola pelo Clarindo ou José Marcos, se não me engano). Nessa época, eu também dava aulas nos cursos de extensão do CECOM e fui chamado para o curso de Processamento de Dados da UFMG. Assim, deixei a Prodemge. Essa fase foi muito interessante! Dei aulas em todos os períodos do curso de Processamento de Dados para uma mesma turma (Fundamentos, Linguagem de Programação, Técnicas de Programação, Técnicas de Análise e Bancos de Dados.). Alguns foram fazer estágio no CECOM (a Cynthia, a Clélia, a Lourdinha Pivete, a Rosilene e a Bia). Como programador, trabalhei na área de Controle Acadêmico e comecei a trabalhar com automação de Bibliotecas.

SIST: Quando passou para Analista de Sistemas? Quais os trabalhos mais interessantes desenvolvidos no CECOM?
LAERTES: Em 1976, passei num concurso para analistas de sistemas e fui para a chefia da Divisão de Suporte ao Desenvolvimento de Sistemas. Nessa época, já estávamos no oitavo andar. A divisão desenvolvia trabalhos especiais, tais como as Estatísticas para o Vestibular, Metodologia para o Desenvolvimento de Sistemas e o SAB – Sistema de Administração de Bibliotecas, que foi um projeto submetido à FINEP para atender à automação da Biblioteca Universitária. O SAB foi o trabalho mais interessante que fiz no CECOM, porque envolvia contatos com outras universidades em todo o País e foi uma época de muita aprendizagem. Participei também da elaboração do Mini-Calco, em conjunto com técnicos da Biblioteca Central, da Fundação Getúlio Vargas e do CNPq.

SIST: Quais as coisas mais engraçadas vividas no CECOM?
LAERTES: O dia-a-dia no CECOM era muito engraçado. Íamos para a Reitoria trabalhar mesmo em fins de semana, porque era super divertido. Havia muita amizade. Tínhamos uma equipe de tênis e jogávamos no CÉU nos sábados (eu, Clarindo, Leão, Peterson). O Leão só ficava na sombra e só tentava acertar a bola se ela fosse exatamente onde ele estava. Ainda tenho a raquete …

(N.R.: A Xina pediu para contar que, quando ela iniciou o estágio no CECOM, o Laertes passou um trote, mandando-a fazer um programa que lesse na impressora e soltasse o resultado na leitora de cartões. E o pior é que ela levou a sério!)

SIST: Quando saiu do CECOM? Conta os lugares em que esteve, os trabalhos desenvolvidos, os cursos que fez.
LAERTES: Saí do CECOM em 1980 e fui para a TELEMIG, onde montei o Centro de Informações e trabalhei na montagem do VideoTexto, a convite do Márcio Valim. Lá, além do video-texto, participei da elaboração da metodologia para o desenvolvimento de sistemas e da montagem do programa interno de treinamento para usuários, que foi um programa muito amplo e com bons resultados, feito em conjunto com a UFMG. Participei também da criação do projeto PSIU, em conjunto com a Secretaria de Administração. Depois, em 1984, voltei para a UFMG. Dessa vez foi para trabalhar no Laboratório de Serviços de Informática, com o prof. Antônio Mendes e o Angelo. O LSI ministrava programas de treinamento para empresas. Em 1986, fui convidado pela Itambé para montar a Assessoria de Suporte Técnico. Fiquei na Itambé até 1998, trabalhando inicialmente com equipamentos BULL e, posteriormente, com equipamentos e softwares IBM. Nessa época, eu trabalhava também na Assembléia Legislativa. Fui aprovado num concurso em 1991 e fui nomeado em 1994. Na Assembléia, onde estou até hoje, montei a Administração de Dados e, atualmente, trabalho na Gerência de Suporte Técnico como Administrador de Dados.

SIST: Tem tido contato com aquela turma do CECOM de antigamente?
LAERTES: Infelizmente, não tenho tido muito contato com as pessoas de antigamente. À medida que o tempo passa os laços vão enfraquecendo, os interesses divergem, a disponibilidade diminui e a gente se distancia dos amigos, e também de partes da nossa própria história. No caso do CECOM há uma particularidade: a gente deixa o CECOM, mas sempre carrega um pedaço! Há algum tempo li uma observação no Sistemático que dizia que ceconiano é uma praga, porque tem sempre um em algum lugar. Isso é verdade! Eu estava perambulando em Praga, “ligeiramente” bêbado, para compensar o frio (cerca de -3 graus), às 2 horas da madrugada, quando alguém berrou meu nome do outro lado da rua. Era um ex-estagiário do CECOM ou um ex-aluno da extensão (o teor alcoólico não me deixou ser muito preciso no reconhecimento). Foi uma situação muito engraçada.

SIST: Foi bom visitar o CECOM? Quer deixar um recado para todos?
LAERTES: Na sexta-feira, dia 09/05/03, estive no CECOM, de visita, depois de muitos anos. Está muito diferente, como não poderia deixar de ser. Mas algumas coisas ainda permanecem: a agitação da Lelé, a calma do Leão, a alegria da Beth, a tranquilidade da Beatriz e da Timé. Não sei se por nostalgia ou distração, mas me deu a sensação de estar em casa.

E foi isto mesmo que aconteceu. A conversa na sala do café do CECOM fluiu como nos velhos tempos e as perguntas sobre as pessoas foram muitas. Parecia que o tempo passado havia se encontrado com o tempo presente, não deixando nenhuma brecha para trás. Parecia não haver lacuna nenhuma.

Agradecemos ao Laertes pela entrevista, pelo retorno no tempo com tantas lembranças e pelo presente da presença dele no CECOM.

DICAS DE SITES INTERESSANTES

Adyrus, o caçador de sites, enviou, para os leitores do Sistemático, as seguintes dicas:

– É preciso reviver o passado? O encontro entre dois irmãos traz à tona lembranças da infância e revela que nem sempre é possível esquecer as mágoas com o passar do tempo. Veja esse drama protagonizado por Luiz Fernando Guimarães na página http://www.portacurtas.com.br/index.asp, onde você vai curtir todos os curtas metragens e ficar sabendo dos últimos lançamentos. Não deixe de visitar esta página e fique por dentro de tudo.

– Foi lançada nesta semana, em Inglês, uma página que fala só sobre Albert Einstein.Todo o seu acervo e trabalho estão lá para que possamos saber mais sobre este gênio. Vale a pena conferir o endereço http://www.alberteinstein.info/.

– Para quem gosta de história em quadrinhos, a página da editora Nona Arte (http://www.nonaarte.com.br) traz diversas histórias em quadrinhos no formato PDF que podem ser baixadas de graça. Com títulos variados e diferentes, você pode ler as histórias em série. Será que o Frota ainda é chegado em história em quadrinhos?

– A Bedeteca de Lisboa (http://www.bedeteca.com), única biblioteca pública do país exclusivamente dedicada a ilustração, é um concorrido espaço de irreverência e juventude. Ancorado no Palácio do Contador Mor, nos Olivais, este original equipamento cultural constitui ainda, para além de depositário de um rico espólio bibliográfico, o pólo gerador dos famosos “Salões da Banda Desenhada e da Ilustração de Lisboa”, a mais conhecida galeria de exposições de autores da especialidade e habitual ponto de encontro dos seus cultores.

– Consagrado pela imprensa especializada como o mais consistente festival de jazz da América Latina, num cenário de crescente revalorização desse gênero pelo público mais jovem, a Pernod Ricard do Brasil apresenta a 4ª edição do Chivas Jazz Festival (http://www.chivasjazz.com.br/). O evento vai acontecer de 28 a 31 de maio de 2003, simultaneamente, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O alto nível artístico que marcou as edições anteriores desse festival foi mantido mais uma vez na seleção do elenco, que destaca revelações recentes e ídolos do jazz que nunca se apresentaram no Brasil anteriormente. (Site em Português e Inglês)

– Voltado para educadores que trabalham com adolescentes, mas interessante para qualquer um, o Projeto Século XX1 (www.multirio.rj.gov.br/seculo21/inicial.asp) relaciona assuntos do mundo jovem, música, sexualidade, trabalho, violência, com os temas do novo século: globalização, revolução tecnológica, novas mídias.

– Uma página, que você pode ler em Inglês, Francês e Alemão, que tem dezenas de formatos de imagens de que talvez nunca tenhamos ouvido falar podem ser facilmente visualizados, editados e convertidos com o XNview, é a http://perso.wanadoo.fr/pierre.g/indexgb.html. O programa é gratuito e dispõe de tradução para diversos idiomas, inclusive o nosso Português, além de versões para Windows, Linux, DOS, MacOS e outras plataformas.

– Excelente fonte de consulta, o World Flag Database (http://www.flags.net/) traz as bandeiras de todos os países do mundo, estados ou províncias, e de várias organizações internacionais. A página fornece dados como moeda, área e idioma dos países e a principal diferença e as bandeiras com uma boa visualização. (Site em Inglês)

– Inspirada em Voltaire, que diz: “Uma coletânea de pensamentos deve ser uma farmácia onde se encontram remédios para todos os males”, a página http://www.farmaciadepensamentos.com tem a ousadia de lhe oferecer uma farmácia que não trabalha com falsificações (e repudia esta prática), cujos remédios não têm contra-indicação, não causam efeitos colaterais, e não custam nada ao bolso. Os remédios são uma coleção de mais de 18.000 provérbios, inclusive bíblicos, frases, adágios populares, legendas de caminhão etc., de mais de 6.000 diferentes autores, classificados segundo a moléstia a que se destinam, usando como recurso a metáfora de uma farmácia convencional.

O SAMBA DO CARTUCHO DOIDO
O caderno de Informática de “O Globo” publicou, no dia 19/05/2003, matéria sobre o mercado de cartuchos de impressoras no Brasil, de autoria de Elis Monteiro. Carlos Alfeu extraiu trechos da matéria para os leitores do Sistemático.


O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) usou uma expressão cunhada pelo escritor Stanislaw Ponte Preta para definir a situação do mercado de cartuchos no Brasil: “samba do crioulo doido”. Cada fabricante tem sua própria forma de medir a quantidade de tinta de um cartucho (onça e milímetro, por exemplo), e o mercado periférico – aquele que faz propaganda nas bancas de jornal e está presente em lojas de informática e até no delivery via telefone – não oferece segurança ao consumidor. Existem sérias dúvidas quanto à qualidade e procedência da tinta e das embalagens dos “remanufaturados”. O uso de cartuchos alternativos prejudica a impressora? Qual a garantia para quem compra tinta no mercado “cinza”? Por essas e outras questões – e depois de receber denúncias de consumidores de que a tinta original acaba rápido demais -, o instituto decidiu fazer um estudo dos cartuchos a fim de normatizar, em breve, a venda do produto. O prazo para o término das comparações e medições feitas pelo Inmetro é de dois meses. Concluídos os estudos, a minuta contendo resultados e recomendações vai para consulta pública e, definidas as regras, os fabricantes têm seis meses para efetivar as mudanças propostas pelo instituto: a indicação, na embalagem do cartucho, do volume de tinta.
A padronização proposta pelo Inmetro atingirá também o mercado informal: o instituto já está contactando empresas que comercializam remanufaturados (chamados também de alternativos ou recarregados) para legalizar a situação dos produtos. Usar todos os clichês seria insuficiente para explicar a confusão do mercado. Por um lado, as fabricantes de impressoras lançam modelos cada vez mais baratos, o que “seria” bom para o consumidor. Seria, se o preço do cartucho diminuísse na mesma proporção. Em vez disso, às vezes é mais vantajoso comprar uma impressora nova – que traz um cartucho de “brinde” – do que uma recarga original, que não sai por menos de R$ 80, podendo chegar a R$ 200, dependendo da marca.
Segundo algumas das maiores fabricantes de cartuchos originais, a explicação para a confusão é simples: elas ganham mais com a venda de suprimentos do que com a de impressoras. As companhias admitem que o preço do cartucho está alto demais. De acordo com Luís Fernando Tedesco, gerente de marketing de suprimentos da HP – empresa que criou e patenteou a tinta para impressoras -, o elevado preço é fruto de: 1) o produto ser importado e não existir fabricação local; 2) desvalorização do Real; 3) alta taxa de câmbio (dólar alto). – Só para se ter uma idéia: um cartucho que em 1998 custava R$ 48 hoje está saindo por R$ 100. Temos consciência de que os preços estão altos, mas deve-se levar em consideração essas variáveis, que acabam influenciando no preço final do cartucho. – diz Luís. – Um ponto que deve ser avaliado é que as pessoas, impressionadas pelos baixos preços das impressoras, acabam comprando o equipamento errado para sua necessidade. Muitos reclamam que a tinta que compram não dura muito tempo, mas para quem imprime demais a solução é adquirir uma impressora a laser, que usa toner, com duração maior. A afirmação faria todo o sentido, se não fosse por um porém: a impressora a laser é muito mais cara e economizar, pelo menos nesses tempos bicudos, é palavra de ordem.
No caso das impressoras Lexmark, a situação é um pouco mais delicada: o cabeçote da impressora vem no cartucho e não no periférico, o que encarece o produto. Por esse motivo, o preço de um cartucho Lexmark varia, hoje, entre R$ 120 e R$ 155. Para o modelo Z35, o preço dos dois cartuchos (preto e colorido) é R$ 279! Segundo Ricardo Kamel, diretor da divisão de produtos de consumo da Lexmark, o alto preço é decorrente da alta tecnologia: – O cartucho genérico (outro “apelido” do remanufaturado) é mais barato. Mas nossos cartuchos são vendidos em cadeias oficiais de distribuição, que recolhem impostos, pagam direito de uso de shopping, de venda por cartão de crédito, enfim, uma série de encargos que acabam encarecendo o preço final do produto – diz Ricardo. – Constantemente somos acusados de termos os cartuchos mais caros do mercado, mas acredito que com a queda do dólar os preços caiam também.


ROUBO DE SENHAS DE TECLADOS VIRTUAIS

O Informática Terra (www.terra.com.br), de 16/05/2003, publicou matéria sobre programas que roubam senhas de teclados virtuais, transcrita a seguir:

“Nos últimos meses, vários bancos brasileiros aderiram ao chamado teclado virtual. Trata-se de uma nova forma de inserir senhas em transações de Internet Banking. Em vez de o usuário digitar os números, clica com o mouse sobre um teclado numérico visível na tela do computador. O objetivo é aumentar a segurança das transações bancárias, mas a prática tem demonstrado que tal proteção já está sendo quebrada.
O surgimento de teclados virtuais coincide com a avalanche de falsas mensagens de e-mail, que começou a assolar a Internet brasileira a partir de meados do ano passado. Os e-mails são distribuídos aos milhares trazendo nomes de bancos e outras empresas conhecidas, mas com um programa-espião “de brinde”. Um dos bancos que adotou o teclado virtual afirma que “com ele, você fica protegido contra vírus ou programas de captura de senha que possam existir no computador que você está utilizando”.
Isto é válido para os keyloggers tradicionais, que registram apenas o que usuário digita. Mas já estão sendo distribuídos programas de captura não só das teclas, mas também da tela do computador. Isso significa que mesmo os teclados virtuais estão vulneráveis à espionagem.
Nesta semana, circulou pela segunda vez (pelo menos) uma mensagem atribuída à Verisign, uma das maiores empresas de certificação digital do mundo, induzindo o usuário a instalar um falso certificado, cujo link estava disfarçadamente hospedado no provedor Kit.Net, da Globo.com. Obviamente, tratava-se de um arquivo maléfico, que posteriormente foi analisado pelo laboratório ACME! de segurança de redes da Unesp.
Segundo o resultado da análise, o arquivo “certificado_digital.exe” gera outro, de nome MSNBC32.EXE, que por sua vez cria um arquivo texto para guardar “os pressionamentos de teclas, bem como os títulos das janelas ativas”. Estas teclas são correlacionadas com snapshots (registros da tela) feitos ao redor do mouse. Outros arquivos “armazenam imagens de 25×25 pixels em 16 milhões de cores ao redor do cursor, quando o botão esquerdo do mouse é pressionado”.
De acordo com os pesquisadores, “o programa capta imagens e o comportamento do sistema por aproximadamente 400 segundos”. O mesmo comportamento foi encontrado em um arquivo de nome “Desejos.exe”, baixado de um link numa mensagem que também circulou intensamente há alguns dias, contendo falsos cartões virtuais.
O analista de segurança Nelson Murilo confirma que programas com tais capacidades já estão circulando há semanas. Ontem mesmo circulou um spam atribuído à Embratel e que leva a uma página do hpG, cópia fiel da mensagem fraudulenta. A página ainda está no ar e pode ser vista em www.contafacil21.hpg.ig.com.br. Segundo Murilo, o falso programa “Conta Fácil 21” oferecido na página, teoricamente “para consulta de extrato telefônico direto da Embratel”, contém um arquivo capaz de capturar teclados virtuais.
Há mais de dois meses, o programador Marcos Velasco já havia publicado em seu site um artigo com explicações ilustradas de como funciona um captador de imagens usado para roubar senhas de teclados virtuais. O artigo, em formato RTF, pode ser aberto por qualquer editor de textos, e baixado aqui.
O que se vê, portanto, é que segurança não depende apenas de tecnologia, pois esta pode ser quebrada. Segurança é também uma questão de postura. É necessário que o usuário fique atento a e-mails não solicitados, downloads e arquivos desconhecidos em geral e mantenha sempre atualizados programas de proteção (como antivírus, antitrojans e firewall pessoal), além de aplicar as correções periódicas para brechas de seguranças nos softwares do sistema operacional, de navegação e de correio.”

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA DO CECOM

Voltando no tempo, O Sistemático publica outras fotos do Sistema IBM/360-40, instalado no CECOM em 1970. O IBM funcionou no CECOM até final de 1976. Como o Sistema Burroughs 6700 foi instalado em maio de 1975, o IBM funcionou paralelo a ele, para transferência de todos os sistemas, até o final do ano de 1976.

Para aqueles que não conheceram o IBM/360-40, as características técnicas dele eram: 128K de memória; 1 unidade leitora/perfuradora de cartões, capaz de ler até 1000 cartões por minuto e perfurar 300 cartões por minuto; 1 unidade impressora capaz de imprimir até 1100 linhas por minuto; 2 unidades de disco magnético, cada uma com a capacidade de armazenamento de, aproximadamente, 30 milhões de bytes; e 4 unidades de fita magnética de 800 bpi.

Segundo Renato Righi, ele é o autor das fotos, em data ignorada.


Há 27 anos…
RESCISÃO DE CONTRATO
A UFMG rescindiu, em junho deste ano, o contrato firmado com a Comissão Nacional de Energia Nuclear, que regia a utilização pela mesma do computador IBM/360-40. Com este ato, a UFMG terá condições de transferir para a Universidade Federal de Santa Catarina este computador, em troca do sistema de grande porte B6700, já instalado e colocado à disposição de seus usuários. …
(Boletim Informativo do Centro de Computação da UFMG, v.6, no 2, março/junho 1976
)

Ao fundo: Arnaldo operando unidades de fita. À frente, leitora/perfuradora de cartões. À direita, console de operação e CPU.

Arnaldo montando um disco na unidade

Console acoplado à CPU, unidade de disco e leitora/perfuradora de cartões

Console, impressora e unidade de fita

A CPU com a tradicional placa “Pense” dos IBM, que atualmente se encontra na Redação de O Sistemático.

Leitora/perfuradora e ao fundo a CPU

Impressora e unidade de disco



Há 20 anos…

O Sistemático Ano VII, no. 20, de 19/05/1983, publicou notícias sobre a viagem da diretora do CECOM, Maria Miriam Arruda Salvador, à Canela/RS, para o 20o. ENACUB, erros em fitas magnéticas, 1a. Olímpiada do CECOM, 1o. CALIBRE, entre outras. A notícia que se destacou foi:

SISTEMA FREQÜÊNCIA
Em reunião realizada na última sexta-feira, dia 13, na qual participaram representantes da Divisão de Projetos Administrativos e de Serviços Implantados, foi entregue ao Setor de Controle de Qualidade a execução do Sistema Freqüência.



Eventos



RECITAL DE PIANO

Na próxima terça-feira, dia 27 de maio, às 19:00, acontece no auditório da Escola de Música da UFMG o recital de Mestrado em piano do ceconiano Marcelo Novaes Machado, orientado pelo professor e diretor da EMUFMG, Lucas Bretas.

No programa, obras de J.S.Bach (Suíte Francesa nº 5, em Sol Maior – Allemande, Courante, Sarabande, Gavotte, Bourrée, Loure, Gigue), L.Van Beethoven (Sonata Opus 31, nº 3 – Allegro, Scherzo, Menuetto, Presto con fuoco), F. Mendelssohn (Fantasia Opus 28 – Con moto agitato…Andante, Allegro con moto, Presto).

O concerto terá entrada franca.

SOCIAIS

ANIVERSÁRIOS: “O Sistemático” envia os parabéns para os ex-ceconianos: Wang Kui Ying, hoje, dia 22; Jonas Fernandes Campos, no dia 23; Osvaldo Sérgio Farhat de Carvalho (LCC), no dia 25; Adeíse Lucas Pereira, no dia 26; Walter Guerra (LCC) e Ana Maria da Rocha, no dia 28; e Avair Eustáquio, no dia 29.