Sistemático: Edição 1169 – 21/08/2003


Notícias



BLASTER AFETA FUNCIONAMENTO DE MICROS

Na última semana, a Internet foi atacada pela praga W32.Blaster.Worm (que também é conhecido por outros nomes como W32/Lovsan.worm.a, Win32.Poza.A, WORM_MSBLAST.A, W32/Blaster-A, W32/Blaster e Worm.Win32.Lovesan). Essa praga ataca os micros que utilizam os sistemas operacionais Windows NT, 2000, XP e 2003 Server, que não tenham aplicado a correção liberada pela Microsoft desde 16 de julho. Ela afeta suas configurações de segurança. As máquinas infectadas não respondem aos comandos – a tela congela e uma mensagem avisa que o computador está desligando. Porém, os estragos provocados no equipamento infectado não são tão grandes, pois o Blaster não destrói arquivos.

Por seu estilo e propagação, que se dá de forma bastante diferente da maioria das pragas de computador, o Blaster é qualificado como sendo um verme (ou, no inglês, worm). Ele infecta máquinas Windows remotamente, explorando uma falha na interface Remote Procedure Call (RPC) do sistema. Ao contaminar o PC, ele instala o arquivo MSBlast.exe, que realiza varreduras na Internet e contamina outros micros. Nesta procura por outros endereços vulneráveis, ele torna as conexões de rede lentas.

Além de abrir a máquina para controle externo, o Blaster está planejado para executar ataques de DDoS – negação de serviço distribuída – contra o site Windows Update, da Microsoft, de onde partem as atualizações do Windows. Esses ataques consistem no uso das máquinas contaminadas, como zumbis, para bombardear o alvo com solicitações, a fim de tirá-lo do ar.

Entretanto, o ataque em massa ao Windows Update, previsto para ocorrer no último final de semana, não deu em nada. Uma falha no Blaster, que deveria comandar o ataque, permitiu que a Microsoft fizesse uma manobra simples para neutralizar a ação do invasor. O Blaster contém, em seu código, instruções para que as máquinas invadidas ataquem o site WindowsUpdate.com. No entanto, o endereço real do site é windows update.microsoft.com. Ou seja, solicitações ao Windows Update eram redirecionadas para essa segunda URL.

Para abortar o ataque, a Microsoft simplesmente anulou o endereço para o qual o Blaster apontava, sem prejuízo para a continuidade do serviço. Assim, o site encontra-se em plena atividade. Além disso, como o sistema de atualização embutido no Windows aponta para o endereço real, os downloads automáticos também não foram afetados.

Na UFMG, o Blaster infectou vários micros da rede administrativa, deixando as conexões instáveis e lentas. O CECOM, por meio da Divisão de Atendimento e Consultoria (DAC), montou um esquema de aplicação das atualizações dos sistemas operacionais 2000 e XP, disponibilizadas pela Microsoft, e que corrigem as falhas de segurança, nos equipamentos da rede administrativa. Nos micros já infectados, também é aplicada uma vacina que localiza e remove o Blaster.

Orientação sobre esses procedimentos foi encaminhada pela DAC aos Agentes de Informática das redes locais das Unidades da UFMG e aos órgãos da Administração Central.

Devido à grande confusão provocada por esta praga, muitos usuários assumiram tratar-se de um problema da rede local administrativa. Assim, chegaram várias solicitações de serviço no atendimento telefônico do CECOM, com queixas quanto ao funcionamento da rede que, na verdade, diziam respeito à ação danosa do Blaster.

Sabendo que é difícil para os usuários perceberem e qualificarem devidamente o problema que os impede de acessar os recursos de rede, mais uma vez o CECOM reforça a recomendação de que se tenha atenção quanto à imediata comunicação do problema através do ramal 4009. Agindo desta forma, é possível não só agilizar o processo de acompanhamento dos casos, como também esclarecer as dúvidas que surgem.

DRC "TURBINA" CONSULTA AOS DADOS DO VTLS

Ao longo dos últimos meses, a equipe técnica da DRC tem ampliado seus conceitos e técnicas de programação em ambiente Linux, em razão da criação e administração da estrutura de software utilizada nos serviços anti-spam e anti-vírus, nos quais são utilizados programas de software livre.

Com o know-how obtido nestas atividades foi possível liberar, na última segunda-feira, uma nova versão do programa que faz a ligação entre a consulta via web às obras das bibliotecas da UFMG, sediada em um equipamento Linux, com o sistema VTLS, utilizado na administração do acervo. Este novo programa foi desenvolvido visando melhorar o tempo de resposta do sistema e evitar a ocorrência de problemas de travamento. A nova versão, que é uma evolução do programa anterior, foi desenvolvida pelo mesmo autor, o estagiário Leandro Souza Costa, com a orientação do diretor da DRC, Fernando Frota Machado de Morais.

A agilidade que o novo sistema trouxe ao serviço de consultas Web do VTLS, que foi bastante significativa, permitirá que os usuários disponham de um serviço de maior qualidade e que o processo de migração para o novo sistema de informatização da biblioteca, em processo de definição e contratação, se dê de maneira mais tranquila.


Informativo



GENTEWHERE

Ele continua sorridente, gordinho, conversador. Como tem casos para contar! É tanta história, que um dia inteiro não comporta para tanta coisa! O entrevistado da semana é o ex-ceconiano Luiz Henrique Loureiro dos Santos, o Lu, que não se desligou totalmente do CECOM, mantendo até hoje laços de amizade com o pessoal.

SIST: Como você entrou para o CECOM?
LU: Entrei para a UFMG no segundo semestre de 1976, no curso de Matemática. Uma das primeiras disciplinas era Programação de Computadores – Fortran – usando cartão perfurado e o IBM 350/40. Gostei da área e me entusiasmei. No começo do ano de 1977, comecei a fazer cursos de extensão no CECOM e o primeiro foi o de Cobol. Só sei que surgiu uma vaga de estagiário no CECOM e lá fui eu ser estagiário da Divisão de Usuários, logo de cara. A divisão funcionava no subsolo, passando por aquela escadinha, ao lado da sala do IBM, com a chefia no quinto andar. Comecei trabalhando com a Dilma, o Zédu, o Gino, o Marcelo e a Denise Spira, e o chefe da divisão era o Quevedo. Fiquei como estagiário até novembro de 1977, quando teve Concurso Público e passei para o cargo de Programador.

SIST: Continuou na mesma divisão?
LU: Continuei na DU fazendo atendimento aos professores em pesquisas, trabalhando com estatísticas e cálculos matemáticos, questionários sócio-econômicos. Atendia a professores da Letras, Biblioteconomia, História, Ciências Políticas e Veterinária.

SIST: Qual foi o trabalho mais importante nessa época?
LU: Tem diversos trabalhos. Mas me lembro da primeira dissertação de mestrado que trabalhei, que foi a do pessoal do curso de Pós-Graduação em Ciências Nucleares, que demorou uns 4 meses. Foram pilhas e pilhas de formulários e foi o meu primeiro trabalho de programação matemática. Outro trabalho importante foi o SISCO, a tese da Dilma, um dos melhores trabalhos em que estive envolvido. Era uma coisa criativa, tinha que pensar bastante, trabalhar bastante e, principalmente, um trabalho de equipe (eu, Edésio e Denise, além da Dilma, é claro). Outro trabalho foi o ESCOM, muito interessante, que automatizou todos os serviços de coleta e geração de relatórios de utilização do Sistema Burroughs 6700. Era tudo automatizado, desde a coleta de dados até a guarda em fitas magnéticas. Este foi um trabalho desenvolvido por mim e pelo Luiz Ricardo. Aprendi muito com ele.

SIST: Lembra-se das pessoas que passaram pela DU?
LU: Grande parte das pessoas que estão hoje em cargo de direção no CECOM e no DCC, passaram pela DU, como Carlos Alfeu, Márcio Bunte e Rodolfo. Passaram também pela DU: Rogério, Mário Terenzi, Viotti, Edésio, Luiz Ricardo, Solange e Elidimar.

SIST: Quando passou para o cargo de Analista de Sistemas?
LU: Fui Programador até 1982, quando fiz outro Concurso Público e passei para o cargo de Analista de Sistemas. Continuei na mesma divisão. Nunca saí da DU. E, como analista, continuei fazendo quase o mesmo trabalho.

SIST: Você ainda estava cursando Matemática?
LU: Nesse meio tempo as atividades do CECOM estavam bagunçando os horários para as aulas da graduação. Fui daquele grupo que mais ficava no CECOM e deixava de freqüentar as aulas. Aí, consegui reopção para Estatística, mas não gostei do curso. Então, aproveitei que a Silvana, minha esposa, já estava formada em Biblioteconomia, fiz o vestibular em 1987 para a mesma área e passei.

SIST: Quando saiu do CECOM?
LU: O LCC foi criado e foi feita a divisão dos serviços, saindo do CECOM o atendimento acadêmico. Fui convidado para ir para o LCC, mas não quis ir. Então, o Viotti foi para lá. Tudo isto coincidiu com a ida da Dilma para o Hospital das Clínicas. O Gino, o Marcelo e a Cláudia também foram para o HC e eu fiquei na DU sob a direção do Leão. Depois, a divisão virou Setor de Apoio ao Usuário e eu fiquei na chefia. E, assim, fui eu quem “apagou a luz e fechou a porta do setor”. Nesse meio tempo, recebi um convite da Escola de Biblioteconomia para fazer um trabalho com os professores e coordenar a criação do Laboratório de Tecnologia da Informação – LTI. Aceitei o convite e, em julho de 1988, saí do CECOM. Mas nunca me desliguei do CECOM. Só saí fisicamente.

SIST: Como foi essa mudança?
LU: Houve uma mudança drástica profissional. Na Biblioteconomia, comecei a trabalhar com apoio aos professores nas pesquisas, com pacotes estatísticos, entrada de dados e tabulação. Para o laboratório foram comprados equipamentos e alguns micros. O primeiro grande laboratório da escola tinha 3 micros Prologica (Solution) e 1 DigiRede, rodando Unix. A Biblioteconomia funcionava no prédio da Fundep e fiquei 2 anos naquele prédio. Em 1990, o novo prédio foi inaugurado e fomos para lá. Sou da primeira turma de graduação da Biblioteconomia que se formou no novo prédio.
O convite da escola complementou as atividades escolares e por isto consegui terminar um curso de graduação. O curso ajudou a consolidar uma série de atividades que fazia. O que fazia na prática, foi embasado com a teoria. Entretanto, não sou bibliotecário, sou bacharel em Biblioteconomia.

SIST: Como era o Laboratório da Escola? E quais os trabalhos desenvolvidos?
LU: Quando fui para a Escola, era uma equipe pequena (eu e “eu”) e, quando passamos para o novo prédio, ocupamos uma sala que era 20 vezes maior do que a antiga. Começamos a trabalhar diretamente com automação, dando apoio aos alunos da graduação. E, assim, o Laboratório começou a crescer. Participamos da implantação da Rede UFMG, ainda sob a coordenação do LCC, fizemos toda a parte de infra-estrutura de cabeamento de rede da escola, montagem do servidor de DNS, implementação dos serviços de Internet, Correio Eletrônico, Website. O Laboratório deixou de ser somente para atendimento de professores e alunos e passou a ser gerenciador da área de informática da EB. Nos últimos dois anos, temos trabalhado em conjunto com o LCC no projeto do Grude. A escola serviu de piloto, com um trabalho quase direto na definição de estratégias, normas e funcionamento do Grude. Hoje, o LTI gerencia a rede da escola, atende aos projetos de pesquisa e extensão, contando com duas salas de aula de atendimento aos alunos na parte de computação e dando apoio aos alunos na utilização de computadores. O LTI é também “sala de aulas”, pois o professor dá as aulas lá dentro. E quando não tem aula, os alunos utilizam as salas para seus trabalhos. Em tempo: alguns “medalhões” ex-ceconianos dão aula aqui na Escola. Desta forma, mantenho contato com o Quevedo, o Bauer (que já se aposentou), o Antônio Mendes e o Ângelo.

SIST: Qual o seu cargo no Laboratório de Tecnologia da Informação?
LU: O Laboratório foi criado com uma coordenação acadêmica e durante 3 anos funcionou com uma chefia acadêmica. Eu ficava na parte técnica. Em 1993, o estatuto do LTI sofreu uma modificação e assumi a coordenação. Nessa época, o Lino Alves Campolina veio nos dar apoio, ficando até a sua aposentadoria. Os serviços foram se avolumando e conseguimos um outro funcionário técnico-administrativo, o Wagner, que trabalha aqui até hoje. Mais tarde, veio a Solange, que ficou uns 5 anos no Laboratório.

SIST: Você gosta do trabalho que desenvolve?
LU: Gosto. Ele liga o que fazia antes no CECOM com o que faço hoje. O conhecimento da DU foi trazido para cá e complementado. Não trabalho muito com programação, atuo mais na área de planejamento e administração.

SIST: Tem contato com o pessoal do CECOM?
LU: Mantenho contato estreito com o CECOM, pois a gerência de rede está lá. Faço algumas consultas técnicas e as referências são o Helinho, o Leão, o Frota e a Xina. Sempre que tenho dúvida, sei onde recorrer. E tem também o pessoal do LCC: Sérgio Maurício, Benício, Walter e Cleto, todos ex-ceconianos. Também sou assinante do Sistemático.

SIST: O que dá saudade do CECOM?
LU: Da dupla Lu-Bel, que ficou em 2º lugar no Calibre, que foi um Campeonato de Buraco da Reitoria, ocorrido há 20 anos; as saídas para o Restaurante Cacá para comer lasanha, as festas na casa do Zédu, os trabalhos de madrugada nos vestibulares (com aquele lanche bom), as caronas. Lembro-me de que certa noite eu e Frota ficamos trabalhando até tarde e caiu um temporal. Teve inundação e o Frota resolveu me levar em casa, lá no São Gabriel, no jipe Mancha Negra, sem capota. Já imaginou como chegamos lá, depois de enfrentar tudo isto e mais dois quarteirões de terra!!! Do pessoal que saiu do CECOM, mantenho contato com o Edésio.

SIST: Pretende continuar na área de computação?
LU: Pretendo. O que pretendo profissionalmente é continuar na área de tratamento da informação. Mas não computação pura e simples. Gosto mais da aplicação. Então, quero continuar na área, voltar a fazer o mestrado, investir nesta linha de computação como ferramenta da Ciência da Informação.

SIST: Fale sobre você.
LU: Nasci em Belo Horizonte e sou casado com a Silvana, bibliotecária do Sistema de Bibliotecas da UFMG. Temos três filhos: Fernanda, de 19 anos, cursando Jornalismo na Uni-BH; Gabriela, com 16 anos; e Luiz Eduardo, com 9 anos. Esse ano faço 25 anos de casado (a Dilma e o Beto são meus padrinhos de casamento). Minha vida lá fora está tranqüila. Ultimamente, só sou funcionário da UFMG, não fazendo outro bico, muito caseiro.

SIST: Quer deixar um recado para o pessoal do CECOM?
LU: Continuo ceconiano, não mudei de nacionalidade. Ainda rola sangue ceconiano nas veias e acho que tem muita coisa para se fazer na Universidade junto com o CECOM. E estarei sempre pronto para fazer este trabalho.

Agradecemos ao Luiz Henrique pela entrevista. Como conversou! E se tivéssemos tempo, muitas histórias viriam à tona, muitas lembranças boas de serem recordadas. E ele se lembrou da ida à Luanda para ministrar um curso de SPSS, o pacote estatístico que utilizavam no CECOM, e outras coisinhas mais… Esperamos que ele continue sempre por perto.

DICAS DE SITES INTERESSANTES

Adyrus, o caçador de sites, enviou as seguntes dicas:

– Um projeto interessante desevolvido pela gigante Microsoft, para estimular o uso da Internet você pode encontrar no endereço www.microsoft.com/brasil/educacional/educador/dicas_robin3.asp. Na verdade são palavras de estímulos para que você perca o medo e navegue sem problemas. Vamos lá, você pode. Lembre-se que é necessário arriscar-se, ser destemido e que nada é impossível!

– Para você que é professor de Inglês, esta é uma boa dica: o site http://www.cyberteacher.hpg.ig.com.br/prof_c_links_tecnicas_de_ aula.htm foi criado com o propósito de formar e informar professores de idiomas. Aqui você vai encontrar: cursos diversos – inclusive curso livre de formação de professores de idiomas; links para ótimos sites de ELT (English Language Teaching), ESL (English as a Second language), EFL (English as a Foregn Language), TESOL (Teaching English as a Second language); links para sites de gramática, exercícios gramaticais e laboratório de audição de Inglês para você aprimorar os seus conhecimentos e indicar para os seus alunos; links com dicas de materiais, exercícios e atividades para uso em sala de aula; dicas de professores experientes da área. E como niguém é de ferro, boa literatura e canal de piadas e notícias para relaxar e informar-se.

– As teses de mestrado e doutorado da UFMG já estão à disposição dos usuários do portal Universia Brasil (http://www.universia brasil.net/ufmg). Inicialmente, o portal estará disponibilizando alguns documentos de produção científica, acadêmica e intelectual da Universidade em formato eletrônico/digital para consulta gratuita dos universitários, professores e interessados pelo assunto. Todos os meses, novas pesquisas serão incluídas na página, que já disponibiliza as teses da Unicamp e, em breve, oferecerá o conteúdo científico de outras instituições de ensino parceiras. (Dica do Cedecom)

– Veja que website espetacular. Você poderá visualisar a Terra ao vivo e on line, através de satélite, em tempo real. Com o mouse, você coloca a seta onde deseja e vai virando o globo, podendo dar um zoom, vendo até mesmo as luzes das cidades. Tem-se uma bela visão do planeta, do clima etc. a partir de vários satélites. As imagens são em tempo real. Podemos ver as luzes acesas à noite e a claridade do Sol dividindo a Terra em dia e noite. Pode ser acessado a qualquer hora, mas por volta das 17:30 e 18:00 h podemos visualizar a noite chegando ao Brasil e as luzes das principais capitais e cidades brasileiras e do mundo! É magnífico! O endereço é: http://www.fourmilab.ch/cgibin/uncgi/Earth?imgsize=1024&opt. (Dica do Johnny)

PLANTÃO INFO

O Plantão Info divulgou, na primeira quinzena de agosto, as seguintes notícias:

Web gratuita chegará às cidades do Fome Zero (11 de agosto/2003) – Até 2006, serão criados pelo menos 1 000 telecentros nas cidades atendidas pelo programa Fome Zero, onde a população poderá entrar na web e usar programas como editores de textos e tabelas e bancos de dados sem pagar nada.
O projeto proposto por Sérgio Amadeu, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), deve seguir o modelo dos 63 telecentros instalados na cidade de São Paulo. Ou seja, o governo federal deverá firmar convênios com entidades civis para a criação dos espaços tecnológicos para a população carente, que poderá contar com a ajuda de monitores e participar de cursos de informática. Amadeu coordenou a instalação dos telecentros paulistanos.
Segundo a Agência Brasil, serão atendidas prioritariamente as pequenas cidades brasileiras atendidas pelo Fome Zero. Cada sala deverá contar com 20 computadores conectados em rede e com softwares livres instalados.
Até o ano passado, o ITI cuidava apenas de ferramentas para certificação digital – o Instituto é a Autoridade Certificadora Raiz da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) – mas passou a coordenar também as iniciativas do país em software livre e inclusão digital. O projeto dos telecentros na região do Fome Zero está sendo desenvolvido em parceria com o Ministério Extraordinário da Segurança Alimentar e Combate à Fome.
Amadeu disse à Agência Brasil que, na Amazônia e nas cidades do semi-árido nordestino, a criação dos telecentros precisará trazer de volta o projeto Gesac, iniciado no governo anterior, com algumas modificações. O Gesac era aquele programa do Ministério das Comunicações que levaria a internet rápida via satélite a pontos remotos do território nacional. Este acesso seria proporcionado em terminais instalados em locais públicos; agora, vai se comunicar diretamente com os servidores dos telecentros.

Embratel faz oferta pela Vésper (12 de agosto/2003) – A Embratel deu mais uma cartada para fortalecer sua atuação no mercado de telefonia local. A operadora acaba de liberar um documento de intenção de compra da Vésper, que atua com telefonia local em 17 estados.
A aquisição permitirá que a Embratel ofereça telefonia local em toda a área da Vésper (que engloba 76% da população) e ainda ofereça acesso banda larga via tecnologia CDMA EV-DO.
A sinergia entre as duas operadoras deve gerar economia em custos fixos, nas centrais de atendimento, rede e interconexão de chamadas de longa distância. Apostando nessa economia, a Embratel estima que em 2004 a Vésper gere EBITDA positivo.
A intenção da Embratel é adquirir 100% das ações das duas empresas Vésper. A aquisição deve ser feita sem que a Embratel tenha que fazer reembolso de caixa. A Qualcomm e a Vésper entrarão com um acordo para a venda, acompanhada de leasing das torres de transmissão para levantar fundos para a empresa, com o objetivo de amortizar toda a dívida bancária da Vésper.
A conclusão de toda a negociação está sujeita à autorização do governo.

Teoria do mundo pequeno também é válida na web (12 de agosto/2003) – Quer conhecer o Lula? A fim de bater um papo com o Bill Gates? De acordo com a pesquisa Mundo Pequeno realizada pela Universidade de Columbia, em Nova York, seis e-mails são suficientes para te colocar em contato com essas personalidades.
O estudo traz de volta a teoria do mundo pequeno, realizada em 1967, que diz que seis estágios (SIX Degrees) separam duas pessoas em qualquer lugar do mundo. A intenção da pesquisa atual era justamente usar a internet para comprovar a tese.
Para isso os pesquisadores identificaram 18 pessoas-alvo em 13 diferentes países e pediram aos participantes que enviassem e-mails para seus contatos pedindo informações sobre esses alvos. Os resultados foram curiosos: em média foram necessários de cinco a sete passos para que os participantes chegassem até o alvo desejado.
O estudo ainda procurou saber quais são as barreiras que dificultam o contato entre as pessoas, já que os cerca de 60 000 participantes criaram aproximadamente 24 000 correntes de mensagem, mas menos de 400 atingiram seus alvos.
Segundos os responsáveis pela pesquisa, a maior dificuldade foram as pessoas que se recusaram a participar ou que simplesmente se esqueceram de enviar as mensagens.
Desconsiderando esses “maus participantes”, bastam seis e-mails e você estará teclando com o chairman da Microsoft.

FOTO VIA CELULAR PÕE PRIVACIDADE EM XEQUE

A fotografia sempre foi uma das maiores aliadas dos espiões – no mundo real ou na história da literatura e do cinema. Agora, espiões ou simplesmente xeretas mundo afora têm seu serviço extremamente facilitado pelos aparelhos de telefonia celular que fazem fotografias.

Essa tecnologia, que começa a invadir o mercado nacional, já se transformou em mania no Japão e nos países nórdicos, onde o sistema possibilita a transmissão de dados pelo celular.

A Folha testou o modelo T720 da Motorola, que pode funcionar com as operadoras Tim e Oi (as únicas que oferecem no Brasil o sistema GSM).

Um pequeno adaptador se transforma no “olho” do celular. Observa-se a imagem no visor e, com um simples toque, a fotografia está feita. É muito fácil simular que você está tendo uma conversa ao telefone quando, na verdade, está fotografando alguém ou alguma situação sem que ninguém perceba. Após armazenar a imagem, é possível, no mesmo instante, enviar o arquivo da foto por e-mail ou por mensagens MMS (mensagens instantâneas) com voz e texto para outro telefone.

Na prática, é possível fotografar e mostrar tal imagem em poucos minutos em qualquer lugar do mundo onde haja um computador. Tal recurso vem intensificar a exposição às imagens vividas pelo homem contemporâneo. Num mundo em que cada vez nos relacionamos mais com as imagens e menos com o real, sobretudo após o advento da internet, a questão que movimenta os estrategistas das grandes empresas é como aumentar a velocidade de circulação das imagens.

Tecnologias como essa reforçam a idéia de um mundo on-line, no qual, em posse de um pequeno aparelho, você poderá informar e ser informado o tempo todo e onde praticamente não será mais possível estar desconectado da aldeia global.

Por enquanto, a tecnologia ainda é incipiente. No modelo testado, a imagem não apresenta muita qualidade, com algumas alterações de cor, pouca definição e arquivo muito pequeno, o que impossibilita a impressão com alguma qualidade num tamanho maior que cinco centímetros.

Transmissão – A transmissão de imagens para um e-mail no modo “urgente” chegou a demorar apenas três minutos. Já no modo “normal”, levou mais de 12 horas. Algumas foram enviadas e nunca chegaram.

Mas, a despeito desses pequenos entraves que a escalada tecnológica deve resolver em pouco tempo, a largada está dada. Neste mesmo instante, você pode estar sendo fotografado sem saber e essa imagem pode estar sendo vista em poucos minutos na Mauritânia.

É justamente a questão da privacidade que está gerando um grande debate no Japão, por exemplo, onde se estuda a proibição do uso dos aparelhos em sanitários públicos e parques de diversão. Há até a inusitada possibilidade de obrigar as empresas a instalar um sinal sonoro que emita um “clic”.

Tão logo a tecnologia permita a geração de arquivos com mais qualidade, uma revolução deverá ocorrer também no fotojornalismo. Onde quer que aconteça algo digno de nota, haverá um batalhão de pessoas com seus incríveis celulares fotografando e espalhando a imagem por todo o mundo. Mais que testemunhas oculares, seremos potencialmente autores das imagens de um mundo que se transforma em alta velocidade. (Eder Chiodetto – Editor de Fotografia da Folha de S.Paulo, 20/08/2003)

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA DO CECOM

Mais uma galeria de fotos tiradas em agosto de 1992, pelo Leão, com a sua primeira câmera digital. Não percam as fotos da próxima semana!

Frota

Gilmar

Gerson

Joãozinho

Mário Lara

Renato Righi

William

Lelé



Há 20 anos…

O Sistemático Ano VII, no. 31, de 25/08/1983, publicou notícias sobre o Plano Diretor de Informática da UFMG, palestra na Biblioteca Central, palestra de José Diz Ramos no CECOM, a entrevista do Leão na seção “Um Pouco de Nós”, entre outras. A notícia que se destacou foi:

DEFESA DE TESE
O analista Hélio Yoshida, da Divisão de Produção, estará defendendo a tese de Mestrado em Ciência da Computação no dia 29 de agosto, às 9:00, sobre o tema “Um processo de ordenação de matriz esparsa em uma configuração desejável”.
A comissão examindora será constituída pelos professores Leônias da Conceição Barroso (orientador), Miriam Lourenço Maia e Newton Ribeiro dos Santos e a defesa de tese terá lugar na Sala de Seminários do Depto. de Física, ICEx.



Eventos



SOCIAIS

ANIVERSÁRIOS: “O Sistemático” envia os parabéns para Maria Beatriz de Souza Pereira Prado, no dia 28. E envia os parabéns para: Eduardo Henrique Lima, hoje, dia 21; Paulo Maia da C. Ribeiro, no dia 23; Luciano de Errico, no dia 24; e Nívio Ziviani (DCC), no dia 27.

NASCIMENTO: Leão é vovô pela quarta vez. Nasceu Samuel, filho de Paulo Ede e Tatiana no dia 19. O Sistemático envia as felicitações.