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Projetos que democratizam a universidade são destaque na 23ª Jornada de Extensão
Atividades voltadas para educação básica, promoção da igualdade racial e humanização do parto e nascimento foram exemplos que contribuem para uma Universidade mais inclusiva e democrática
A abertura do seminário da 23ª Jornada de Extensão da UFMG, na tarde de quarta-feira, dia 8 de maio de 2024, relembrou as vítimas decorrentes das enchentes no estado do Rio Grande Sul e convocou o público a refletir sobre como enfrentar os desastres ambientais provocados pelo homem, as injustiças, as desigualdades sociais.
O evento foi conduzido pelo estudante do curso de Jornalismo da UFMG João Pedro Salles. Foram apresentadas três atividades de extensão da UFMG que atuam na reflexão crítica, conscientização da sociedade e emancipação humana por meio da educação e da democratização da universidade pública. O seminário, prestigiado por estudantes e parceiros envolvidos em projetos de extensão, praticamente lotou o principal auditório do CAD1, no campus Pampulha.
Culturas afro-brasileira e indígena nas escolas
O estudante do 2º período do curso de graduação em História Gabriel Gomes apresentou o projeto Ciclo Permanente de Estudos e Debates sobre Educação Básica, do Centro Pedagógico (CP/UFMG). Por meio do diálogo com escolas de ensino básico de Belo Horizonte, a ação dissemina as culturas afro-brasileira e indígenas. Uma das instituições parceiras do projeto é a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Santa Cruz, da região nordeste de BH, foi representada pela professora Maria de Jesus e pela assistente social Janaina Uiara.
O estudante Gabriel, que é bolsista da atividade, explicou que a iniciativa tem como eixo a formação de professores focados nas relações étnico-raciais. Ele ressaltou a importância da interdisciplinaridade para as ações. “A interação transdisciplinar é fundamental, pois a formação étnico-racial demanda a participação não só das disciplinas de ciências humanas, mas também das de ciências exatas, por exemplo”, disse.
Janaína Uiara, por vez, disse que a iniciativa contribui para o cumprimento das leis federais 10.639/2002 e 11.645/2008, que estabeleceram a obrigatoriedade da inclusão desses temas nos currículos escolares. “Infelizmente, isso ainda não é uma realidade nas escolas. A EMEI Santa Cruz, por outro lado, foi certificada e é hoje exemplo de promoção da igualdade racial”, destacou Janaína.
Saúde da mulher e alfabetização
O projeto de extensão Sentidos do Nascer foi apresentado na jornada pelas estudantes Ryanne Menezes e Gabriela Coelho, respectivamente, dos cursos de graduação em Terapia Ocupacional e Enfermagem da UFMG.
As integrantes do projeto sensibilizaram o público sobre a importância da valorização do parto normal e a redução da cirurgia cesariana no Brasil. “A meu ver, isso é um assunto que diz respeito a todos. A forma como nós nascemos mostra como é a sociedade em que a gente vive”, refletiu Ryanne, em sua exposição.
Outra ação participante da jornada foi o Laboratório de Alfabetização e Letramento (LAL), da Faculdade de Educação (FaE/UFMG), que foi relatado pelas bolsistas Isadora Felipe e Letícia Lima, ambas do curso Pedagogia.
Criado em 2021, o LAL promove eventos, encontros formativos e produz materiais didáticos de alfabetização para estudantes de licenciaturas e professores da educação infantil das redes públicas. “Nós vamos até as escolas promover essas ações e também trazemos os representantes das escolas até a nossa comunidade acadêmica”, explicou Letícia.
A professora Sônia Souza, das escolas municipais Francisca Alves e Dom Orione, ressaltou que o projeto têm contribuído para que as crianças aprendam de forma lúdica. “É encantador o crescimento delas. Essa experiência mostra quão importante e transformador é a interação entre a universidade e a educação básica”, frisou a professora.
“Coração” da universidade
O seminário teve também debate mediado pela pró-reitora de Extensão, Claudia Mayorga, com a participação dos estudantes, comunidades e público.
Claudia salientou que a história da universidade é permeada pela busca por sua democratização, a exemplo do enfrentamento à desigualdade histórica em relação ao acesso ao ensino superior público. Segundo ela, “a universidade se democratizou, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. A universidade que entendemos é aquela que está alinhada com a realidade concreta do nosso país e com a diversidade de sua população. Hoje, esse evento deixou claro que a extensão universitária cumpre um papel fundamental para essa missão. A extensão é o ‘coração’ da universidade”, afirmou.
A jornada contou com apresentação cultural do Grupo de Percussão da UFMG, sob a coordenação do professor Fernando Chaib, da Escola de Música. A iniciativa atua na democratização da música entre alunos de escolas da rede municipal de Belo Horizonte.
O evento teve ainda a participação da pró-reitora adjunta de Extensão, Janice Amaral, da pró-reitora de Assuntos Estudantis (Prae), Licínia Maria Correa, e de docentes da gestão da Pró-reitoria de Extensão.
Aberta na terça-feira, dia 7 de maio, com duas oficinas na Estação Ecológica, a Jornada de Extensão é promovida anualmente pela Proex e visa incentivar a troca de saberes e experiências entre os participantes, estimular o protagonismo estudantil, dar boas-vindas aos novos bolsistas e voluntários e divulgar a extensão da Universidade para os públicos interno e externo.
Em 2024, a jornada teve como tema Extensão e a democratização da universidade.
Bora matar saudade da edição de 2023
Registros fotográficos da 22ª Jornada de Extensão
Jornada compartilha atividades que impactam a comunidade
Seminário com a presença de estudantes e parceiros externos reafirmou a força da extensão da UFMG
“Porque eu descobri o segredo que me faz humano; já não está mais perdido o elo; o amor é o segredo de tudo; e eu pinto tudo em amarelo”.
O poema, da canção Principia, de Emicida, foi evocado na abertura do seminário da 22ª Jornada de Extensão da UFMG, interpretado pelo Mestre de Cerimônia (MC) do evento João Pedro Salles, que é estudante do curso de Jornalismo da UFMG e participante do coletivo Temporona.
“Tudo que a gente tem é nós e se a gente não for pela gente, quem vai ser?”, provocou João Pedro na abertura.
O seminário ocorreu na quarta-feira, dia 10 de maio de 2023, no auditório nobre do CAD1 (campus Pampulha), com participação de professores, estudantes, técnicos e comunidade externa. Nesse ano, o tema foi: #comunidadepresente: relação da universidade com outros setores da sociedade.
A pró-reitora de Extensão, Claudia Mayorga, explicou que o tema diz respeito à volta do contato das atividades de extensão com as comunidades após o advento da pandemia. “A gente vê concretamente como que os projetos estão colaborando com os diversos setores da sociedade”, disse a pró-reitora.
O vice-reitor da UFMG, Alessandro Fernandes Moreira, reiterou a importância de momentos como esse. “Como é bom ver a UFMG com a natureza dialógica da extensão. A sociedade aprende conosco e a gente aprende com a sociedade”, afirmou.
Comunidade presente e impacto social
Foram apresentadas cinco atividades de extensão premiadas no Encontro de Extensão (evento realizado em 2022).
Uma das representantes da comunidade externa foi Nilmara, participante de curso do Projeto Compartilhado de formação de agentes sociais na RMBH. “Esse ‘abraço’ que esse projeto deu pra gente foi muito importante. No final, posso dizer que aprendi muito nesse curso e posso levar isso para minha vida e minha área de atuação”.
Outro projeto apresentado foi Culthis: Espaço de atenção psicossocial à pessoa presa, ao sobrevivente do cárcere e familiares. “A nossa atuação no Culthis é formada pela demanda que chega até nós pela comunidade. Nosso trabalho é feito pela comunidade para a comunidade”, explicou a estudante de Psicologia Isabela Prado.
A militante antiprisional e mobilizadora social Maria Teresa dos Santos reiterou a importância da iniciativa. “O Culthis é o espaço onde a família do preso se sente acolhida e segura”.
Ela acrescentou: “sempre que procuramos apoio a gente tem. O curso dado foi um divisor de águas. A gente sabe quais são nossos deveres porque o sistema cobra todo dia; mas ninguém fala de nossos direitos. Eu sou muito grata a essa Universidade por abrir as portas pra nós enquanto familiares”.
O Diretor de Pecuária da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Itabira, Igor Nero Kelles, também compartilhou suas impressões sobre o Programa de apoio ao desenvolvimento sustentável da pecuária bovina. “Eu fiquei envolvido diretamente com a turma da UFMG e a gente quis fazer esse convênio por ser uma instituição forte. O produtor já olha pros alunos com um olhar diferente”, afirmou.
O programa teve 58 produtores rurais inscritos e realizou mais de 200 visitas em domicílio.
Arte e cultura
O seminário teve também apresentações de arte e cultura. O grupo Teatre, da Escola de Belas Artes (EBA/UFMG), é um curso de extensão de teatro voltado para pessoas trans. O projeto apresentou uma peça que levou o público à reflexão sobre a invisibilidade enfrentada por essa comunidade. “A gente desenvolve o corpo, desenvolve voz, desenvolve ação”, declarou na apresentação a aluna Morena Maria Fonseca Martins, participante do projeto.
A Oficina Tambores de Minas, também da EBA, apresentou duas canções populares, entre elas Maria, Maria, de Milton Nascimento. A oficina contribui para formação musical dos participantes e divulga e valoriza os sons, os ritos, os instrumentos, as danças e as imagens do Congado, propiciando o reconhecimento dos territórios negros.
Educação básica presente
O seminário teve ainda a participação especial de alunos do Fundamental I da Escola Municipal Ulisses Guimarães, que fica no bairro São Pedro, região centro-sul de Belo Horizonte.
Em tom de descontração, o vice-reitor da UFMG, Alessandro, destacou a importância da presença das crianças no espaço da instituição: “Vocês têm um compromisso comigo: vocês vão chegar em casa e falar que tinha um cara ‘magrelo’ na Universidade, que falou que a Universidade é nossa; ela é sim de vocês e de todo mundo. Um dia eu quero reencontrar vocês aqui”.
Homenagem e “alegria da extensão”
A Jornada realizou uma justa homenagem à professora Elza Machado de Melo, do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina, que faleceu na mesma semana.
A pró-reitora Claudia Mayorga lembrou as contribuições de Elza para a extensão da Universidade e seu trabalho na área de políticas para mulheres: “Ela fundou e coordenou um mestrado profissional voltado para a questão da violência contra mulher. Fundou e coordenou um ambulatório para atender as mulheres vitimas de violência”.
Todo o auditório fez um minuto de barulho (literalmente) em homenagem à docente. “Essa alegria é a cara da extensão universitária que a professora Elza deixa como legado”, disse Claudia, emocionada.
Outras informações sobre a Jornada de Extensão estão disponíveis no site do evento.
Giulia Di Napoli | Assessoria de Comunicação da Proex
Mostra de Produtos materializa diversidade e riqueza da extensão da UFMG
Público conheceu cartilhas, instrumentos musicais, jogos, aplicativos, oficinas, entre outros resultados das atividades
Novidade na programação da 22ª Jornada de Extensão da UFMG, a Mostra de Produtos Extensão divulgou 48 produtos.
Estudantes, docentes e técnicos expuseram seus trabalhos no hall do CAD1 (campus Pampulha) na quarta-feira, dia 10 de maio. Visitaram a atividade pessoas da comunidade acadêmica e externa.
Os produtos foram selecionados por comissão avaliadora formada por docentes da Universidade.
Caracterizam-se como produtos de extensão as produções desenvolvidas no âmbito das atividades de extensão, como publicações e produtos de caráter social, cultural, científico ou tecnológico, divulgados e difundidos na sociedade.
Alimentação saudável e inovação
O projeto de extensão Alimentação Saudável, da Faculdade de Farmácia, expôs cartilhas distribuídas em escolas públicas para uma melhor qualidade de vida de crianças.
Bolsista no projeto, Luanna Abreu, do curso de Nutrição, falou da importância da participação na mostra. “Estou muito feliz de estar aqui. Nosso trabalho concilia informação e promoção da saúde”.
A discente contou que participa de visitas semanais do projeto às escolas, a fim de distribuir o material e difundir práticas saudáveis de alimentação. “É muito enriquecedor. A gente tem a chance de exercer a profissão ainda na graduação”, entusiasma a estudante.
Os visitantes conheceram também produtos provenientes de processos inovadores. A professora do Departamento de Química (ICEx/UFMG) Renata Costa Silva Araújo apresentou óleo e carvão obtidos (por pirólise) a partir de resíduos não recicláveis coletados pela Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (CAMAR) de Mariana (MG).
A docente explicou que a ação foi desenvolvida em parceria com colega da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). “Os materiais, que seriam inicialmente descartados, nos serviu de matéria-prima para produção de carvão e óleo sustentáveis. Esses produtos poderão agora ser comercializados pelos catadores”, destacou Renata, ao comentar os potenciais da iniciativa.
Infância, robótica e música
Foto: Eduardo Maia/PROEX
A Mostra de Produtos da Extensão teve a visita de turmas da educação básica de Belo Horizonte. João Marcos Souza, de 10 anos, que é aluno da Escola Municipal Ulisses Guimarães (Morro do Papagaio), conheceu a UFMG pela primeira vez. “O produto de que mais gostei foi o carrinho”, exaltou-se João Marcos.
O “carrinho” que encantou o pequeno João é conhecido como robô autônomo seguidor de linha, produto presente na mostra desenvolvido por estudantes do Programa de Educação Tutorial da Engenharia Elétrica (PETEE/UFMG).
“Acho muito importante a presença das escolas aqui. As crianças têm contato com robótica e também com outros produtos; é uma mostra bem diversificada”, afirmou o estudante de Engenharia Elétrica Isaias Barbosa, do projeto Cora UFMG (Competição de Robôs Autônomos).
Quem também prestigiou a atividade foi a graduanda em Matemática Rafaela Araújo, que conheceu os trabalhos ao lado de colegas e professora. “Amei vários produtos, como o xilofone e o curta-metragem sobre as crianças na pandemia”, declarou Rafaela, ao referir-se, respectivamente, ao Xilorido, o Xilofone Colorido, apresentado pelo professor da Escola de Música Fernando Chaib, e ao filme Infância em tempos de Pandemia, um dos resultados divulgados pelo projeto de extensão Universidade das Crianças (UC).
Veja a relação completa dos produtos que participaram da mostra.
Oficinas revelam oportunidades e boas práticas na extensão universitária
Participantes da 22ª Jornada de Extensão debateram as possibilidades e o fortalecimento da extensão
A 22ª Jornada de Extensão oportunizou aprendizado e trocas de experiências. Nos dias 8 e 9 de maio, ocorreram oficinas sobre extensão universitária com a participação de estudantes de diversos cursos, além de membros dos CENEX e pessoas da comunidade externa.
Os encontros foram no CAD1 (sala 102). A primeira oficina foi realizada na segunda-feira (8), sob o tema A relação da universidade com a comunidade.
Uma das participantes foi Gabriela Pereira Resende, estudante do curso de Direito da Universidade. Ela destacou que a vontade de saber mais sobre extensão a levou a participar de uma das turmas. “Particularmente, no Direito, eu sinto dificuldade de conhecer as oportunidades e a extensão na prática. A oficina me permitiu conhecer como ela funciona”.
Michelle Gonçalves, caloura do Turismo, contou que estava perdida sobre o que é e como participar da extensão. “No primeiro período, as informações para calouro são meio confusas, então eu queria saber o que é extensão. Eu sempre quis participar de algum projeto”.
Formação em Extensão
A qualificação se mostrou ainda mais necessária no contexto atual de mudança geral nos currículos acadêmicos (denominada, na UFMG, Formação em Extensão Universitária – FEU).
Todos os 91 cursos de graduação da Universidade estão em processo de adequação à normativa que estabeleceu 10% de carga horária obrigatória para atividades de extensão.
No encontro, Glaucinei Rodrigues Corrêa, da Diretoria de Apoio à Gestão da Extensão (DAGE/Proex), esclareceu que cada colegiado determinará o funcionamento da nova norma dentro dos projetos pedagógicos.
Porém, Glaucinei explicou que a proposta é que uma disciplina ofertada possua vínculo com uma atividade de extensão, e os alunos matriculados na disciplina também participem do projeto. “Se ela [disciplina] tem essa atividade vinculada, ela será de Formação em Extensão, e essas horas serão computadas no histórico escolar do estudante”, disse.
Percepções e impacto social
Em dinâmica, os participantes deram contribuições para aprimorar a extensão e relataram percepções e oportunidades descortinadas por essas atividades.
A estudante Jéssica Moreira Alves, de Nutrição, contou como o projeto Brincando e Aprendendo com alimentos mudou suas percepções.
“Eu faço parte de um projeto que mexe com criança dentro de escola e a gente muda os hábitos dos meninos desde cedo e leva muita informação para eles, promovendo saúde. A gente está lá dentro ensinando, mas também aprende através da prática e tem um pouquinho do gosto de vivenciar a profissão”, afirmou. “Na sala de aula aprendi e coloquei em prática no projeto”, concluiu Jéssica.
Paola Carolina Cunha Parreiras, participante do projeto Biblioteca Móvel (Programa Carro-biblioteca), contou emocionada: “Eu consigo ‘ver’ o impacto social do que eu faço quando eu saio com o carro da biblioteca e a gente para na Lagoa da Pampulha e vai entrando gente para poder pegar os livros”.
Quem também compartilhou vivências foi Fabrícia Ribeiro Gontijo, estudante de Pós-Graduação Educação e Docência. Ela ressaltou que a extensão está a serviço não apenas do conhecimento formal. São também importantes os conhecimentos não acadêmicos e tradicionais e o intercâmbio entre a universidade e as comunidades.
Gestão da extensão
A oficina Boas práticas para a gestão da extensão nas unidades contou na terça-feira, dia 9, com a participação de coordenadores, secretários e membros dos Centro de Extensão (Cenex) das unidades.
Os participantes partilharam entre si experiências da gestão nas unidades, divulgaram ações bem-sucedidas desenvolvidas e dividiram com os colegas informações relevantes para aperfeiçoar os processos internos. O encontro foi também fundamental para a comunidade se informar sobre as novas normativas da UFMG.
A proposta da Pró-reitoria de Extensão (Proex) é continuar com as oficinas nas próximas edições da Jornada de Extensão, no âmbito das ações em curso de aprimoramento da relação com as unidades.
Giulia Di Napoli |Assessoria de Comunicação da Proex
Oficinas, seminário, mostra de produtos da extensão e muito mais!
A 22ª Jornada de Extensão tem como tema:
#comunidadepresente: relação da universidade com outros setores da sociedade.
Evento vai rolar de forma presencial no campus Pampulha no CAD1.
Teremos as seguintes atividades:
– Mostra de Produtos da Extensão: dia 10 de maio, das 14h às 18h;
– Seminário com apresentações de atividades de extensão e debate público: dia 10 de maio, das 14h às 17h;
– Oficina para estudantes e comunidade: 8 de maio, das 14 às 17h;
– Oficina para CENEX: 9 de maio, das 14 às 17h.
A programação completa está publicada nesta página.
Experiências de protagonismo são compartilhadas por estudantes
Em 2020, participação dos discentes na reinvenção da extensão e desafios da atuação remota nortearam a primeira edição virtual
A 19ª Jornada de Extensão da UFMG acorreu de forma virtual no dia 7 de julho de 2020. A força e protagonismo dos estudantes durante a pandemia da Covid-19, a reinvenção da extensão e o fortalecimento da atuação junto às comunidades orientaram a programação do evento, que contou com transmissão pelo canal do YouTube Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) e tradução em libras pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI).
Comemorando 35 anos de extensão, professores e alunos do Centro de Musicalização Integrada (CMI), da Escola de Música, exibiram uma interpretação especial para o evento da música Sal da Terra, de Beto Guedes. Antes, a diretora do CMI, professora Angelita Broock, apresentou e convidou o público a conhecer as iniciativas de formação musical para crianças e adultos por meio webinários e redes sociais.
A estudante do curso de Publicidade e Propaganda da UFMG, Luiza Nestor, representou a Clínica de Direitos Humanos (CdH), vinculada à Divisão de Assistência Judiciária (DAJ) da Faculdade de Direito. Ela expôs sua experiência na comunicação da Cdh, onde tem contribuído para a aplicação do conceito de litigância estratégica para a defesa e promoção dos direitos da população vulnerabilizada. “É uma forma e meio para a solução de casos gerais de violação de direitos humanos recebidos pela Clínica, em especial envolvendo grupos vulneráveis como a população GLBT e a carcerária”, explicou.
Ao falar de sua participação e dos resultados do projeto de extensão Apoio às Equipes de Saúde da Família no enfrentamento da epidemia do Covid-19 por meio de dispositivos remotos, da Escola de Enfermagem, a doutoranda Isabela de Caux Bueno afirmou que a iniciativa “permite a integração e compartilhamento de experiências entre alunos, professores e serviços de saúde, as quais são fundamentais para novas práticas em saúde e em enfermagem no enfrentamento à Covid-19 em comunidades parceiras”.
Um dos mais antigos programas de extensão da Universidade, o Carro Biblioteca se fez representado pela bolsista e aluna do curso de Biblioteconomia, Luana Bozi. Ela apresentou o projeto Rádio Janela, que durante a quarentena tem levado cultura, contação de histórias e informação sobre Covid-19 a comunidades com dificuldade de acesso à internet. “O projeto surgiu de uma demanda das localidades que eram atendidas presencialmente pelo programa. Em sua maioria, são pessoas carentes e sem acesso, por exemplo, às redes sociais. Elas encontram na Rádio Janela uma maneira de ter acesso à informação, cultura e entretenimento”, afirmou a estudante.
Capacidade inventiva
Os convidados e o público também participaram de debate conduzido pela professora da Faculdade de Odontologia (FAO) e coordenadora do Centro de Extensão da Unidade, Maria Inês Barreiros Sena. Segundo a professora, em meio a vulnerabilidades e iniquidade sociais agravadas pela pandemia, a UFMG tem dado respostas rápidas aos grandes problemas.
“A capacidade de invenção e renovação ficou claro aqui hoje e mostra a qualidade da extensão que é produzida na UFMG”, destacou a professora, que reiterou a importância da atuação dos discentes na pandemia. “Não é possível fazer extensão sem os estudantes, e a Jornada nos demonstra esse protagonismo e interação dialógica adequados à nova realidade”.
Fortalecimento e desafios
Ao comentar os desafios enfrentados pela Universidade e a importância de se manter “acesa” a tradição da Jornada, a reitora da UFMG, Sandra Goulart Almeida, afirmou que a pandemia veio para ser um “divisor de águas” na Universidade e na sociedade. “Neste momento tão difícil, é muito importante realizarmos um evento como este, que nos faz repensar e refletir sobre os desafios que nos acompanham hoje e nos acompanharão para os próximos anos”, afirmou Sandra, destacando que a pandemia também “marca uma mudança de comportamento da sociedade, exigindo mais inclusão, solidariedade e responsabilidade para com o próximo e o planeta”.
A pró-reitora de Extensão da UFMG, Claudia Mayorga, abordou os principais eixos de atuação da extensão no momento e as ações que têm sido desenvolvidas durante a quarentena, agradecendo especialmente a participação dos estudantes. “A UFMG não parou quando suspendemos as atividades presenciais, no dia 19 de março. Pelo contrário, a Universidade se reinventou e fortaleceu seu diálogo com os setores da sociedade, tendo os estudantes como protagonistas neste contexto”, disse Claudia, enfatizando ainda que o momento “demostrou que é possível, sim, fazer extensão em uma conjuntura de distanciamento social”.
O vídeo da 19ª Jornada de Extensão está disponível aqui no nosso site.
Os estudantes que se inscreveram no evento poderão obter certificado por meio de resposta a formulário de avaliação. Os certificados estarão disponíveis no sistema usado para inscrição.
Confira abaixo imagens do evento.