No ritmo das celebrações dos 95 anos, UFMG dá boas-vindas aos calouros

A chegada à universidade é um momento permeado de dúvidas e inseguranças. Para ajudar os novos estudantes que ingressam na UFMG, a instituição preparou a Semana do Acolhimento, evento que ocorre, a partir do dia 22 de agosto, com uma programação com atividades de integração planejadas para os novos alunos que iniciam sua jornada na graduação.

A programação vai ao encontro das celebrações dos 95 anos da universidade, contando com duas conferências com o tema 95 anos da UFMG: passado, presente e o futuro que queremos, que integram o ciclo de conferências Futuro, essa palavra. No primeiro dia da Semana, 22, às 9h20, a conferência será feita pela professora Ana Lúcia Gazzola, reitora da UFMG na gestão 2002-2026. No mesmo dia, às 19h20, será a vez da professora e historiadora Heloísa Starling, vice-reitora na gestão 2006-2010.

As conferências ocorrem no auditório nobre do CAD 1, no campus Pampulha, com transmissão para os auditórios 1A e 2A. Segundo Ana Lúcia Gazzola, espaços de acolhimento são importantes porque a formação universitária dá aos estudantes uma inserção diferenciada nos processos sociais e na própria condução de seus  projetos individuais de vida. Em sua conferência, a professora vai abordar os desafios dos novos profissionais que ingressarão no mercado de trabalho nas próximas décadas.

Processo inacabado

“Vivemos um momento de incertezas. Dizem que, a cada cinco anos, o conhecimento mudará tão rapidamente que as profissões estarão totalmente diferentes do que eram e que ainda não conhecemos 30% das profissões que teremos em 2030. Não se pode mais pensar em formação universitária como um projeto acabado, mas, sim, em termos de processos que vão continuar ao longo da vida e que vão exigir de nós uma enorme capacidade de adaptação”, argumenta.

Ela acrescenta que as universidades devem ir muito além da simples transmissão do conhecimento, “trabalhando com novas metodologias educativas para propor autonomia crítica e a capacidade de adaptação a novos desafios.”

As duas conferências serão abertas às 9h e 19h pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida e pelo vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira, que destacam a expressão latina Incipit vita nova, que significa “infunde vida nova”, em português. “Este é o lema dos pioneiros que fundaram a UFMG em 1927. A cada período letivo, o teor desse lema é renovado com a chegada de novos estudantes, que trazem frescor e esperança para o ambiente acadêmico. Aqui, esperamos que os alunos desfrutem dos melhores anos de suas vidas”, afirmam os dirigentes em mensagem de boas-vindas publicada no Guia Viver UFMG.

Após as conferências, estão programadas apresentações do grupo Choro de Minas, da Escola de Música. Não é necessária inscrição prévia para a participação.

Dicas de ouro

Na terça-feira, 23, a programação da Semana tem início às 14h, com a mesa-redonda Viver UFMG: O que preciso saber antes de iniciar minha trajetória na graduação?, que será aberta pelo professor e pró-reitor de graduação, Bruno Otávio Soares Teixeira, e contará com a participação de Daniele Zárate, da Coordenação de Sistemas Acadêmicos, e Mara Côrrea de Souza Pires, diretora do Departamento de Registro e Controle Acadêmico (DRCA). A mesa-redonda ocorre no auditório nobre do CAD1, com transmissão pelo canal da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) no Youtube.

Segundo o pró-reitor de graduação, a ideia da mesa nasceu da necessidade de esclarecer os estudantes sobre as normas e os sistemas acadêmicos. “Percebemos que muitos alunos não conhecem e têm dificuldades de entender algumas regras da universidade, como a importância de fazer a matrícula em todos os períodos letivos. Como a matrícula do primeiro semestre é automática, muitos não sabem que nos semestres seguintes o processo precisa ser realizado por eles. A mesa é importante porque mostra para os estudantes que a dinâmica de funcionamento da universidade é muito diferente da do ensino médio”, explica.

A mesa também vai abordar as possibilidades curriculares e o uso dos sistemas Siga e Moodle. “Ao final, vamos abrir para as perguntas dos estudantes e para a fala da Nicole Dias, estudante da UFMG que dará dicas de ouro para que os estudantes aproveitem as suas trajetórias na universidade. Eles vão conseguir sair do encontro entendendo as regras de funcionamento da UFMG, seus trâmites e processos”, afirma Teixeira.

Conhecendo o campus

Para que os estudantes conheçam os espaços físicos da UFMG, a Tenda Viver UFMG, localizada na Praça de Serviços do campus Pampulha, promoverá três passeios com os estudantes que se inscreverem previamente pelo e-mail passeiosnaufmg@gmail.com. A diretora de Políticas de Apoio a Projetos de Estudantes, Márcia Maria Lousada, da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, conta que a Tenda Viver UFMG surgiu em 2017 com a finalidade de ser um espaço de acolhimento e orientação para a comunidade acadêmica.

“Realizamos muitas atividades de lazer, rodas de conversa e passeios, além de estarmos disponíveis na Praça de Serviços todos os dias, das 8h30 às 20h30. Os passeios programados para a Semana do Acolhimento apresentarão os espaços de formação complementar da UFMG. Nossa intenção é que os estudantes se apropriem do campus Pampulha de forma lúdica e integrada. Além dos passeios já programados, a tenda estará aberta na praça de Serviços até o fim do mês”, relata a professora.

Na segunda-feira, 22, às 14h30, está programado um passeio na Estação Ecológica, espaço de formação complementar que sedia projetos de ensino, pesquisa e extensão e abriga trilhas ecológicas. A Estação está localizada no campus Pampulha, e o passeio sairá da Tenda. São ofertadas 60 vagas.

Também na segunda-feira, 22, às 17h, o destino será o Jardim Mandala,  projeto idealizado por estudantes da UFMG. O Mandala é um ambiente estruturado com os princípios da geobiologia e da geometria sagrada e busca sintonizar os ciclos da vida e os modos mais naturais de lidar com o conhecimento e com o mundo. São ofertadas 20 vagas.

Na terça-feira, 23, a ‘viagem’ será para o Museu de Ciências Morfológicas, às 15h. São 60 vagas. O Museu abriga atividades com abordagem sistêmica e interdisciplinar e funciona como espaço de intercâmbio entre a Universidade e a comunidade. Seu acervo reúne coleções didático-científicas permanentes, peças anatômicas, esculturas em gesso e resina, fotomicrografias de células e tecidos aos microscópios de luz e eletrônicos, embriões e fetos em diferentes estádios de desenvolvimento, além de equipamentos de áudio e vídeo, que facilitam o trabalho didático e de divulgação científica realizados no Museu.

Acompanhe a programação da Semana do Acolhimento.

(Luana Macieira – Cedecom/UFMG)