Em 2003 foram registrados, pela UFMG, os seguintes pedidos de registro de patentes:
ANO |
UNIDADE |
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL |
PEDIDOS NO BRASIL |
PEDIDOS INTERNACIONAIS |
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Patente de invenção | Modelo de Utilidade | Patente de Invenção | |||
2003
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Escola de Veterinária | Necessidade Animal | 03 | – | 01 |
Escola de Engenharia | Necessidade Humana e Metalurgia | 07
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01 | ||
Faculdade de Farmácia | Saúde Publica | 01 | – | ||
Instituto de Ciências Exatas | Operações de Processamento | 02 | – | 01 | |
Faculdade de Medicina | Necessidade Humana | 01 | – | ||
Instituto de Ciências Biológicas | Saúde Publica | 01 | – | 01 |
Um fato muito relevante nesta área foi a assinatura pela UFMG do primeiro contrato de transferência tecnológica com uma indústria farmacêutica nacional, em novembro de 2003. O acordo entre a Universidade e o laboratório Biolab-Sanus permitirá o desenvolvimento e comercialização de um anti-hipertensivo de longa duração. Elaborado e patenteado em conjunto por pesquisadores dos departamentos de Química, do Icex, e de Fisiologia e Biofísica, do ICB, o medicamento, administrado por via oral, é absorvido de forma gradual e mais eficaz pelo organismo. Assim, os efeitos de uma única ingestão podem durar de 3 a 7 dias.
A assinatura do acordo com o laboratório Biolab-Sanus permite à Universidade receber royalties sobre o faturamento líquido das vendas do medicamento. Os recursos arrecadados serão reinvestidos na própria pesquisa. A comercialização do composto depende agora do licenciamento e de sua certificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A expectativa é de que o medicamento chegue ao mercado em, no máximo, um ano.
O medicamento a ser industrializado pelo Biolab-Sanus é a nova formulação de um anti-hipertensivo de largo uso popular, que bloqueia as ações da angiotensina II, substância envolvida no desenvolvimento da hipertensão arterial, conhecida como pressão alta. No composto elaborado pelos pesquisadores da Universidade, a substância ativa do fármaco forma um complexo com um derivado do amido de milho. Este oligossacarídeo potencializa as características de solubilidade e estabilidade do anti-hipertensivo no organismo. Ele permite que o fármaco seja liberado mais lentamente no organismo. Ele permite que o fármaco seja liberado mais lentamente no organismo.
A partir da tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da UFMG, a necessidade de ingestão de medicamento cai vertiginosamente. Com o novo produto, os cerca de 7 milhões de usuários do medicamento mais usado no combate à hipertensão poderão substituir a dose diária por outra administrada a cada três ou sete dias, sem acréscimos de quantidade.