Campus Cultural UFMG em Tiradentes seleciona estagiários para Cadastro de Reserva dos setores de Produção e Audiovisual

O Campus Cultural UFMG em Tiradentes torna pública a abertura de processo seletivo simplificado para CADASTRO DE RESERVA de estagiários para as áreas de PRODUÇÃO (destinada a estudantes de graduação ou pós-graduação) e AUDIOVISUAL (destinada a estudantes de graduação).

Produção

O estágio para a PRODUÇÃO DE EVENTOS, é de 30 horas semanais e de forma presencial, por isso, é necessário que o candidato seja morador de Tiradentes ou tenha a possibilidade de deslocamento ou permanência na cidade durante o período de estágio. Poderão se inscrever estudantes de GRADUAÇÃO ou PÓS-GRADUAÇÃO nas áreas de Teatro, Artes Aplicadas, Música ou áreas afins. O valor da bolsa-estágio será de R$ 998,00 (novecentos e noventa e oito reais)caso o estudante selecionado seja de graduação e R$ 1.665,22 (mil seiscentos e sessenta e cinco reais e vinte e dois centavos) caso o estudante selecionado seja de pós-graduação. Além do valor da bolsa, o estagiário fará jus a auxílio-transporte no valor mensal de R$259,00 (duzentos e cinquenta e nove reais)pago juntamente com a bolsa-estágio.

As inscrições serão realizadas entre o dia 21/02/2024 às 23h59min do dia 03/03/2023, mediante envio dos seguintes documentos: Curriculum vitae atualizado (em que conste telefone de contato), comprovante de matrícula (2024/01), histórico acadêmico e carta de apresentação demonstrando o interesse nas atividades que serão desenvolvidas para o e-mail campustiradentes@procult.ufmg.br,  exclusivamente.

Para acessar o edital completo clique aqui: EDITAL PARA PRODUÇÃO

Audiovisual

O estágio para a Assessoria de Comunicação do Campus, na área de AUDIOVISUAL, é de 30 horas semanais e de forma presencial, por isso, é necessário que o candidato seja morador de Tiradentes ou tenha a possibilidade de deslocamento ou permanência na cidade durante o período de estágio. Poderão se inscrever estudantes de GRADUAÇÃO nas áreas de Comunicação Social, Cinema de Animação e Artes Digitais ou áreas afins. O valor da bolsa-estágio será de R$ 998,00 (novecentos e noventa e oito reais)e além do valor da bolsa, o estagiário fará jus a auxílio-transporte no valor mensal de R$259,00 (duzentos e cinquenta e nove reais)pago juntamente com a bolsa-estágio.

As inscrições serão realizadas entre o dia 21/02/2024 às 23h59min do dia 03/03/2023, mediante envio dos seguintes documentos: Curriculum vitae atualizado (em que conste telefone de contato), comprovante de matrícula (2024/01), histórico acadêmico, carta de apresentação demonstrando o interesse nas atividades que serão desenvolvidas e portfólio com projetos já desenvolvidos nas áreas de edição de imagens e vídeos (em que conste links de acesso aos vídeos produzidos pelo candidato) para o e-mail campustiradentes@procult.ufmg.br exclusivamente.

Para acessar o edital completo clique aqui: EDITAL PARA AUDIOVISUAL

Resultado Final

Outras informações a respeito destes processos seletivos poderão ser obtidas no endereço eletrônico campustiradentes@procult.ufmg.br.

A arte da selaria no município de Dores de Campos

Entre rédeas e raízes, a arte da selaria, é o sexto episódio da segunda temporada do Con(fiar), projeto de extensão do Campus Cultural UFMG em Tiradentes, e conta a história de Ary Rodrigues de Melo, de Dores de Campos, município localizado na região do Campo das Vertentes, em Minas Gerais.

Ary é seleiro há quase 50 anos e nos conta um pouco de suas memórias de infância, em que brincava na grande figueira que existia na cidade junto às outras crianças. Ele iniciou ainda jovem o trabalho na selaria com seu pai Lindolfo Rodrigues, com quem aprendeu o ofício. Na entrevista realizada com “Seu Ary”, percebemos o amor, a ternura e o carinho expressos pelo pai e o orgulho pelo ofício da família. 

Sovela

Aos quinze anos aprendeu a fazer sela, começou com o silhão e depois sela do tipo serigote. Conhece e executa todo o processo artesanal de confecção de uma sela, desde a escolha do couro, o corte preciso com as tesouras, o grude para colar as peças até o bordado. Atualmente se utiliza também dos avanços tecnológicos, que chegaram aos poucos às selarias de Dores de Campos, para continuar a produção. 

Como o pai, acabou tornando-se mestre em seu ofício e transmite o conhecimento adquirido ao longo da sua jornada profissional, fato que acha importante pelo aspecto social de proporcionar trabalho e perspectiva de futuro aos jovens. Ary ama seu ofício e entende que o crescimento e as possibilidades na vida de alguém surgem pelo trabalho. 

Dores de Campos

Por volta do ano de 1830, a cidade de Dores de Campos, segundo a história oral, era um povoado que não tinha muitas casas, onde predominava a agricultura de produção alimentos necessária para a subsistência dos moradores. O povoado foi crescendo e a pequena população começou a ter necessidades que as atividades agrícolas não supriam. Dessa forma foi introduzida a atividade de seleiro no povoado, e com o tempo surgiu a necessidade de se comercializarem os produtos manufaturados pelos seleiros, sendo introduzida no povoado a categoria dos tropeiros.

Dores de Campos possui um número significativo de selarias, muitas sem registro ou estrutura para o trabalho, são chamadas “selarias de fundo de horta”, como o Sr. Ary menciona. É nesse local e momento que o ofício de seleiro é transmitido entre as gerações, no momento em que o filho está brincando e o pai trabalhando cria-se um vínculo e assim, instintivamente, o mesmo já está inserido no ofício.

O filme está disponível para visualização em nosso canal no YouTube e você pode acessá-lo clicando aqui. Você também pode ter acesso a todos os outros filmes produzidos pelo Con(fiar) clicando aqui.

A Força dos Orixás

Força dos Orixás é o quinto episódio da edição de 2023 do projeto “Con(fiar)”, e conta a história de Maria do Rosário Neves, mais conhecida como Dona Preta. Mãe Preta nasceu na cidade de Formiga, Minas Gerais, em 4 de abril de 1939. Sua mãe era de Caburu, como era conhecido o distrito de São Gonçalo do Amarante, pertencente à São João del-Rei. Hoje viúva e aposentada como empregada doméstica, Dona Preta veio morar em São João del-Rei aos 16 anos e reside atualmente no bairro Araçá.

Dona Preta. Foto: João Eugênio Paiva

Dona Preta nos confidencia que a sua vidência teve início aos 10 anos de idade, mas ela só foi compreender a sua missão depois de casada, em seu encontro com Maria Margarida Geraldo e a Umbanda. Para Dona Preta, Maria Margarida foi uma pessoa meiga, de palavra amiga na hora que ela mais precisava. Filha de Xangô, a força dos Orixás também a conduziu ao encontro com o Candomblé e com seu Babalorixá Edmar, com quem tem grandes momentos de aprendizado. A Yalorixá Mãe Preta carrega também a missão de ser benzedeira. Ao seu redor as pessoas cantam, dançam, amam, festejam, rezam, cultuam os orixás, constroem laços de identidade e redes de proteção social.

Mãe Preta carrega as suas origens em seu Ori, e nele estão as suas raízes visíveis e invisíveis. Em seu Ori estão presentes também os genes da resistência e onde o tempo da ancestralidade sedimentou a sabedoria. Seu Ori a orienta e se eleva, porque leva um passado que não passa. Ali nasceram linhas do tempo, fios que se trançam com histórias e memórias contadas neste documentário.

*Ori: numa tradução resumida, significa cabeça em iorubá

As tradições enraizadas das religiões de matriz africana

A “Força dos Orixás” dá continuidade ao projeto Con(fiar) em janeiro, o primeiro mês de um novo ano, onde tudo é recomeço. Nossos desejos são de que os planos e sonhos se tornem reais, que tenhamos dias melhores. Trazemos no coração a esperança de sentimentos mais puros. É um tempo novo pra se viver e rever o que precisa ser melhorado dentro e fora de nós.

Ainda que religiões de origem africana, como o Candomblé e a Umbanda no Brasil, enfrentem o racismo religioso e a demonização pública, muitas das tradições relacionadas à virada do ano estão imersas na ancestralidade da comunidade negra, com origem nas religiões de matriz africana. Todos os anos rituais são repetidos por pessoas da religião e pela população em geral, que muitas vezes desconhecem o significado dessas práticas.

O tradicional uso das roupas brancas na virada do ano, que não é comum em outros países, surgiu com as pessoas das religiões Umbanda e Candomblé, ao fazerem cerimônias em homenagem à Iemanjá – conhecida como Rainha do Mar – na virada do ano, no litoral. Também é comum ver, ao longo da praia, pessoas pulando as sete ondas. Rito, comum principalmente na Umbanda, que consiste em fazer um pedido ou agradecimento a cada pulo, tanto sobre o ano que passou, quanto para o ano que está começando. A utilização dos balaios para presentear as Yabás com flores, ou a entrega das flores diretamente nas águas, é muito comum na virada do ano.

No Brasil podemos afirmar que existe a intolerância religiosa de pessoas que vestem branco no Réveillon, e que um dia foram crianças que buscavam doces na festa de Cosme e Damião, mas que durante o ano atacam as religiões de matriz africana. O que se ataca é precisamente a origem negra e africana destas religiões, numa estratégia racista de demonizá-las, fazendo com que elas apareçam como o grande inimigo a ser combatido. São pensamentos e práticas racistas que denominamos de racismo religioso.

Desejamos que o documentário “Força dos Orixás” contribua para dar a visibilidade e respeito, e para combater o racismo religioso. Todos têm o direito de praticar sua fé com liberdade. Clique aqui, para ter acesso ao documentário e boa sessão!

Con(fiar) – Cultura e Patrimônio no Campo das Vertentes

O Campus Cultural UFMG em Tiradentes e a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade apresentam a Exposição “Con(fiar) – Cultura e Patrimônio no Campo das Vertentes”, que teve sua abertura no dia 21 de dezembro no Quatro Cantos Espaço Cultural.

A exposição é um desdobramento do Projeto de Extensão Con(fiar), do Campus Cultural UFMG em Tiradentes, que tem o objetivo de conhecer e registrar as trajetórias, os saberes, as memórias e as diversas manifestações culturais dos habitantes de Tiradentes e do Campo das Vertentes.

Confiar é tecer, é acreditar na possibilidade do encontro onde nossas linhas se fortalecem em nós, entre nós. Esse fio da confiança nos ajudou a tecer laços com pessoas que perpetuam ofícios e saberes no Campo das Vertentes. Com elas encontramos aconchego e afeto servidos com uma boa prosa, histórias, confidências e conversa fiada. Estes encontros e conversas foram registrados em curtas-documentários, disponíveis em nosso canal no YouTube, pois, nosso desejo é contribuir com a valorização da multiplicidade de saberes que marcam a região.

Percorremos as cidades e entramos nas casas destas pessoas. A cada encontro nos concentramos na escuta, nas memórias, no valor dado às coisas e ao conhecimento. Valorizamos também as emoções, as pausas, os olhares, as sutilezas da voz, os gestos que também estão presentes nas narrativas. Se “o mais importante do bordado é o avesso”, o Con(fiar) quer conhecer esses avessos, o que está por trás e que passa muitas vezes despercebido.

A Exposição ficará aberta à visitação no Quatro Cantos Espaço Cultural (Rua Direita, 5, Tiradentes) até 25 de fevereiro de 2024, de terça a domingo, de 9h às 21h. Venha conferir!

Serviço

Exposição “Con(fiar) – Cultura e Patrimônio no Campo das Vertentes”
Data: de 21/12/2023 a 25/02/2024 | Horário: terça a domingo, de 9h às 21h
Local: Quatro Cantos Espaço Cultural – Rua Direita, 5, Tiradentes
Entrada gratuita e aberta ao público

Mais informações: (31) 98378 0157

 

Convocatória para seleção de trabalhos no Festival de Fotografia de Tiradentes

O Campus Cultural UFMG em Tiradentes (PROCULT – UFMG), a Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade e o N’Foto – Núcleo de Pesquisa em Fotografia (EBA – UFMG) tornam pública a chamada para seleção de trabalhos que comporão uma projeção noturna a ser exibida no Festival de Fotografia de Tiradentes, em março de 2024.

A mostra tem como objetivo trazer a público a produção em fotografia desenvolvida no âmbito da UFMG, nas disciplinas de graduação e de pós-graduação, bem como em projetos de pesquisa e de extensão. Poderão participar estudantes (ou recém egressos), professores e técnicos-administrativos da UFMG cujos trabalhos inscritos tenham sido desenvolvidos em atividades de ensino, pesquisa e/ou extensão da UFMG.

As inscrições poderão ser feitas do dia 14 de dezembro de 2023 até às 23:59 do dia 1° de fevereiro de 2024.

Para informações completas clique aqui, na chamada de seleção.