Mestrado profissional em Ensino de Biologia ofertado pela UFMG propõe didática baseada no método científico

Até o dia 8 de junho, professores de Biologia do ensino médio público poderão se candidatar às vagas do Mestrado Profissional em Ensino de Biologia (Profbio), ofertado na modalidade semipresencial, por 18 universidades públicas.

Ao total, serão oferecidas 446 vagas nacionalmente para professores interessados em cursar o mestrado profissional. São elegíveis profissionais que lecionam Biologia no ensino médio em escolas públicas.

Os interessados devem realizar a inscrição exclusivamente pela internet, como indicado pelo edital. Para os concluintes, os certificados serão emitidos pela instituição sede em que cursaram o mestrado.

Metodologia científica

A iniciativa está sendo capitaneada pela UFMG, que será responsável pela coordenação nacional do curso, feita pelas professoras Cleida de Oliveira e Mônica Bucciarelli, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, e pelo suporte tecnológico ao conteúdo on-line, que será hospedado no “Caed Virtual”, ambiente de aprendizagem virtual mantido pelo Caed/UFMG.

A plataforma também será usada para ministrar treinamento e mediar o contato entre os professores do curso, além de oferecer uma simulação dos sistemas de acesso que serão utilizados pelos alunos.

De acordo com a coordenadora do Profbio, Cleida de Oliveira, a escolha pelo modelo que mescla lições virtuais com encontros presenciais, um por semana, nos campi das instituições ofertantes, foi estratégica.

O escopo do programa estimula o mestrando a se apropriar da lógica do método científico de formulação de hipóteses, coleta de dados e verificação dessas possíveis respostas. Com essa proposta, os pós-graduandos são incentivados a abordar sua didática como um problema de pesquisa, testar novas formas de trabalhar as lições, analisar seu resultado e aprimorar os procedimentos, quando for o caso.

“A sala de aula atua quase como um laboratório. As disciplinas da área biológica, com conteúdo mais extenso, sempre incluirão a aplicação dessas novas metodologias e atualizações na sala de aula. O professor leva os métodos para a sala e traz a resposta, se deu certo ou não”, explica Cleida.

Para a subcoordenadora nacional do projeto, a professora Mônica Bucciarelli Rodriguez, a adoção desse método ainda é útil para a atualização profissional numa área dinâmica como a Biologia. “A ideia é que as aulas de biologia não estejam voltadas para a memorização do conteúdo, mas para o levantamento e interpretação de dados, usando a metodologia científica”, aponta.

Mônica acrescenta que o processo de etapas para análise e comparação de possibilidades e evidências, usado na ciência, pode ser muito útil na tomada de decisões no cotidiano, opinião compartilhada por Cleia. “Se tornar independente para buscar informações de fontes seguras e interpretá-las, é uma forma do professor ter autonomia nos estudos”, completa a coordenadora.

Ao total, foram propostos pelos docentes do Profbio mais de 200 projetos para serem desenvolvidos com os mestrandos em grupos de pesquisa. Agrupados em macroprojetos, as áreas incluem “Biodiversidade de Ecossistemas”, “Ensinando órgãos e sistemas nos vertebrados” e “Produção e avaliação de recursos didático-pedagógicos para o ensino de Biologia”.

Saiba mais sobre a proposta do curso na página https://www.profbio.ufmg.br.